O cantautor português Cristóvam ganhou notoriedade neste ano, após lançar a música “Andrà Tutto Bene”, que se converteu internacionalmente num hino de resistência à pandemia. Agora, o músico divulga também “Setting Sun”, primeiro single do segundo álbum de inéditas, que tem previsão de lançamento para 2021.
A Nação da Música conversou com Cristóvam sobre o sucesso e viralização de “Andrà Tutto Bene”, o processo criativo de “Setting Sun” e também sobre o que ele gosta da música brasileira.
Entrevista por Marina Moia.
————————————— Leia a íntegra:
Olá, Cristóvam! Obrigada por falar com a Nação da Música! Vamos falar do seu novo lançamento, “Setting Sun”! Você divulgou a faixa no começo do mês e ela ganhou um clipe belíssimo. Pode nos contar sobre o processo criativo de “Setting Sun”? Como foram as gravações do vídeo?
Cristóvam: Olá amigos! Muito obrigado pelo convite! O primeiro rascunho da letra de “Setting Sun” nasceu em 2018 quando estava de férias com a minha namorada na Sardenha. Na altura comecei a escrever sobre um sentimento de paz que nunca tinha tido antes, uma espécie de desprender totalmente do mundo e estar unicamente focado em passar um bom bocado longe de casa. Pode parecer estranho isso ser novo para mim, mas eu sou uma pessoa que tem sempre a mente ocupada com muitas coisas e essa foi das poucas alturas da minha vida em que me consegui verdadeiramente desprender de tudo o que fazia parte da minha rotina e desfrutar totalmente do que me rodeava. Terminei a canção já no decorrer deste ano.
As gravações foram muito bonitas. Como sou açoriano, sempre tive o sonho de ter um clipe rodado nas ilhas dos Açores e desta vez achei que seria a altura certa para isso. Filmamos nas 9 ilhas com uma equipa de 14 elementos liderada pelo diretor Pedro Varela que também dirigiu o clipe de “Andrà Tutto Bene” e com a participação da actriz Joana de Verona.
Ela está no seu segundo disco da carreira, que tem previsão para 2021. O que podemos esperar deste trabalho? O que pode nos contar sobre as novas músicas?
Cristóvam: É um disco que mantém o cerne do primeiro, na medida em que as canções partem sempre da guitarra acústica e voz. No entanto, penso que em termos de produção existem elementos novos e um pouco mais frescos, como alguns sintetizadores e instrumentos com uma sonoridade um pouco eletrônica à mistura.
No começo da quarentena mundial, você divulgou “Andrà Tutto Bene”, que viralizou e tocou no mundo todo. Como foi ter essa repercussão com uma música tão importante? Você imaginou que ela fosse tocar tantas pessoas?
Cristóvam: Foi surreal o impacto que a canção teve. Seria impossível prever algo dessa dimensão. Principalmente porque o impacto foi puramente orgânico. Não houve nenhum plano de marketing, nem nada que se pareça. Nós simplesmente colocamos o clipe no YouTube e de repente viralizou e em menos de 48 horas estava a receber centenas de mensagens de todo o mundo.
Cristóvam, você conhece/gosta de música brasileira? Se sim, quais artistas e bandas mais ouve?
Cristóvam: Conheço e gosto muito de música brasileira. Gosto muito de Gabriel o Pensador, de Charlie Brown Jr, também gosto de Tim Bernardes, Mallu Magalhães, Banda do Mar, Tribalistas e claro os clássicos como Caetano Veloso e João Gilberto que são clássicos em todo o mundo.
Você já fez shows no Brasil? Pretende fazer uma turnê por aqui quando for possível novamente?
Cristóvam: Nunca tive o privilégio de tocar no Brasil antes. Quero muito visitar o Brasil e retribuir todo o carinho que recebi. É um dos primeiros países que quero visitar quando as coisas voltarem ao normal.
Gostaria de deixar um recado aos leitores da Nação da Música?
Cristóvam: Gostaria de deixar um grande abraço a todos e agradecer todo o apoio que tenho recebido do vosso país maravilhoso.
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