Entrevistamos El Paco sobre “Chumbo” e inspiração em “Dark”

el paco
Foto: Reprodução / Youtube

No dia 02 de outubro, o músico El Paco liberou a canção e o videoclipe de “Chumbo”, que possui fortes inspirações no seriado “Dark”, transmitido pela plataforma Netflix. O lançamento marca a estreia da videografia do produtor.

A Nação da Música conversou com El Paco sobre os bastidores da inspiração em “Dark”, o que podemos esperar dos próximos lançamentos e também sobre as parcerias que ele gostaria de fazer.

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Entrevista por Marina Moia.

————————————- Leia a íntegra:
Oi, El Paco! Obrigada por falar com a Nação da Música! “Chumbo” foi lançada na última sexta-feira, já com videoclipe. Como foi o processo criativo desta faixa?
El Paco: Esta música nasceu de um sonho. Acordei com aquele peso no coração, uma poesia e uma ideia. O processo desde acordar até a música pronta levou 3hs. A ideia foi traduzir muitos sentimentos diferentes, desde o fim do sonho até nossa situação atual de mundo.

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O nome justamente surgiu disso, “Chumbo” traz esse peso, essa sensação de tristeza e desesperança. Mesmo parecendo muito negativo, sou super pra cima, prometo (risos).

Este é o seu primeiro videoclipe e ele vem com uma estética muito bonita e com inspiração na série “Dark”, da Netflix. Como surgiu a ideia de usar o seriado como base para o vídeo? O que você diria que ele e a música possuem em comum?
El Paco: “Dark” foi uma loucura pra mim, eu pirei na história, pirei na estética, pirei em tudo. Sou apaixonado por esse tipo de conceito e quando eu terminei de maratonar a série e entreguei pro Wesley Aguiar, que foi o diretor do clipe, ele me falou que estava terminando também de assistir.

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Eu gosto de dar muita liberdade pra quem trabalha comigo, principalmente porque ele entende de visual, eu entendo de música e quando ele retornou com o roteiro e com as referências eu só agradeci.

Acho que essa busca que o seriado mostra de se libertar, de quebrar o que sempre acontece é muito apropriada para o contexto do sonho, e também o final da série que, sem spoilers, comunica diretamente ao final do clipe. Tudo se fecha e se encerra.

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Podemos esperar mais músicas de El Paco em 2020? Pretende lançar EP ou disco num futuro breve? O que pode nos contar?
El Paco: Até dezembro tem mais dois lançamentos planejados, em novembro agora lanço a música “13º andar”, inclusive em parceria com o Wesley cantando comigo e depois “Requiem”, que vai ser uma música pra lá de psicodélica.

Não gosto de me prender a estética nenhuma, gosto de traduzir a verdade que sinto e por isso, pode ser esperado um disco sim, 2021 vai ser muito especial, todo ano ímpar na minha vida é especial, só não posso confirmar quando e nem onde, porque ainda nem comecei a produzir.

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Para quem está conhecendo o seu trabalho, como você começou na música? Quais as suas maiores referências musicais hoje em dia?
El Paco: Nossa, comecei faz muito tempo na música, já passei por muitos lugares, estéticas e movimentos. Mas nada disso importa, o passado, o presente e o futuro são todos parte de um infinito, de um movimento.

Carrego comigo minhas referências do “dark 80’s”, da nova geração, minha maior inspiração hoje é The Cure e Joy Division, bandas que conheci na adolescência. Mas já tive um passado muito forte com o Rock, com a música brasileira, já passei por tudo.

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Agora eu gosto de pensar que sou novo, mesmo com todo esse passado que não posso contar, porque daí as pessoas vão descobrir quem está por trás da máscara e da toca amarela.

Se pudesse trabalhar com alguém no mundo da música, quem você escolheria?
El Paco: Fora do Brasil, com certeza eu adoraria fazer uma música com o Robert Smith, do The Cure, esse cara é um gênio, e no Brasil, queria muito convidar o Esteban Tavares para fazer alguma coisa juntos. Meu parceiro de Porto Alegre é um gênio em si.

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Gostaria de deixar um recado aos leitores da Nação da Música?
El Paco: Não tenham medo de ouvir e não entender, porque a música é feita pra sentir e não racionalizar. Não quero te convencer que sou bom, quero te convencer que mexo com você de alguma forma.

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Jornalista e apaixonada por música desde que se conhece por gente.