Em meados de outubro, o músico Gustavo Fofão divulgou o EP “True North”, que conta com seis faixas instrumentais que trazem experimentações de fingerstyle. O artista também lançou um mini doc de toda a trajetória criativa do trabalho.
A Nação da Música teve a oportunidade de conversar com Fofão sobre a produção do EP, o método fingerstyle, as colaborações que ele deseja fazer e também sobre o mini doc.
Entrevista por Marina Moia.
————————————- Leia a íntegra:
Obrigada por falar com a Nação da Música, Gustavo! Você acaba de lançar o seu EP de estreia, “True North”. Como foi o processo de criação deste trabalho? Pode nos contar sobre a experiência imersiva no Sonastério?
Gustavo Fofão: Por nada, gente! Eu que agradeço. A criação desse trabalho é um processo longo e que foi cuidado com muito carinho, desde o início das composições (quando tinha uns 16 anos) até hoje.. essas músicas definiram muito a minha forma de abordar o instrumento e pensar música como um todo.
Eu e Sonastério já éramos conhecidos de trabalhos anteriores com o Cifra Club e a Universidade do Áudio, então a afinidade foi aparecendo sem forçar a barra, e eles acabaram conhecendo algumas das composições.
No ano passado recebi o convite para ser o primeiro artista do selo Sonastério, e pulei de cabeça. Desde então, cuidamos de todo o processo – seleção das músicas; conceito; plano para lançamento; gravação, etc .. até chegar no material pronto.
O True North é o marco inicial, que direciona e comunica nosso caminho de trabalhar e fortalecer algo que faz parte da nossa identidade, e que agora precisa ser colocado para fora e seguido como prioridade e destino.
Para quem não é familiar com o conceito técnico, poderia contar mais sobre o fingerstyle? Por que gosta tanto desta técnica e a escolheu para ser um de seus diferenciais?
Gustavo Fofão: O fingerstyle é uma maneira de abordar o instrumento utilizando recursos para construir arranjos que possuem diversos elementos da música, inseridos na performance do mesmo instrumento.
Então, geralmente tocamos fingerstyle com dedilhado + diversos recursos (afinações diferentes, técnicas de tapping, toques percussivos no instrumento…), de forma a alcançar uma performance que contenha esses vários elementos.
Eu esbarrei com essa forma de tocar e pensar o instrumento por acaso, experimentando e gostando de resultados diferentes. Sempre fui de girar tarraxa, testar sons diferentes com acordes que não soam tão convencionais… então acabei encontrando o fingerstyle no caminho. Meus amigos viram algumas coisas que eu tocava e fizeram a ponte com uns vídeos do YouTube… foi aí que descobri o Justin King, Andy Mckee e cia.
O que você espera que as pessoas absorvam deste seu trabalho de estreia? E o que mais podemos esperar pela frente agora que o EP está no ar?
Gustavo Fofão: Eu gostaria que esse trabalho fizesse bem para as pessoas, de alguma forma. Música instrumental tem dessa entrega grande para o ouvinte, que passa a ser um dos protagonistas de todo o contexto, uma vez que não existe uma letra, e a imaginação corre facilmente como um dos afluentes que define qual é o resultado daquela música na pessoa, para a pessoa.
Espero que o ouvinte se lembre de momentos, faça planos, sonhe e compartilhe da música com pessoas queridas e ocasiões especiais. E espero também que ajude a fortalecer o próprio norte de cada um, tão necessário.
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Como surgiu a ideia de fazer e lançar o minidocumentário “TrueNorth.doc”?
Gustavo Fofão: Essa ideia foi da minha equipe maravilhosa! Eu tô cercado de pessoas ultra capazes e criativas.. então a Ana Trolezi e o Luquiras pegaram pra valer nessa ideia do doc, para chegar nas pessoas de maneira direta, sensível e sem soar forçado.. uma boa forma de me descrever como artista, na verdade. Depois da ideia, fizemos reuniões para discutir o conteúdo, planos e logística para gravação, e mandamos ver!
Com quais músicos você gostaria de colaborar no futuro?
Gustavo Fofão: Os nomes são muitos! Eu admiro muitos artistas, e gostaria de tocar com algumas das referências de gêneros e grupos que me inspiram muito: Pessoal da música celta (Talisk, Lúnasa…), galera do Bluegrass dos EUA, músicos que tocam gêneros folk/étnicos…
Aqui no Brasil, admiro muito os sanfoneiros, violonistas, percussionistas, cantores… são tantos nomes, que fica difícil escolher… Desde os amigos talentosíssimos que tenho até pessoas distantes que admiro, todo mundo pode chegar chegando!
Gostaria de deixar um recado aos leitores da Nação da Música?
Gustavo Fofão: Com certeza! Obrigado pelo carinho e atenção, de coração. Escutem muita música, procurem um momento para deixar ela te transformar e servir como vetor para que você sonhe e faça coisas com significado na vida. Espero que gostem do EP e dos próximos trabalhos. Um abração!
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