Em setembro, a banda Oruã parte para os Estados Unidos para fazer uma bela turnê com a banda americana Built To Spill. Eles, que recentemente lançaram o terceiro disco da carreira, “Íngreme”, também divulgaram o importante curta-metragem “Outros Santos/Essência Bruta”.
A Nação da Música conversou com Lê Almeida sobre os preparos para a turnê internacional, o processo criativo de “Íngreme” e mais.
Entrevista por Marina Moia.
————————————– Leia a íntegra:
Obrigada por falar com a Nação da Música! Vocês estão prestes a sair em turnê pelos EUA com a banda Built to Spill. Como estão as expectativas para os shows?
Lê Almeida: Estamos muito animados, a coisa anda meio esquisita por aqui e uma possibilidade de respiro em outras terras fazendo o que gosta é uma benção. Estamos no momento criando uma campanha de crowdfunding na Benfeitoria para tentar arrecadar fundos que possam cobrir gastos com passagens áreas e vistos.
Há algumas semanas, vocês lançaram o curta-metragem de “Outros Santos/Essência Bruta”. Como foram as gravações do trabalho? Qual a importância deste lançamento para a banda?
Lê Almeida: Parte da banda morou um tempo em Búzios, em um bairro chamado Emerências. Lá a gente construiu uma base forte para gravações e um ritmo de produção mais relaxante e contemplativo. O roteiro surgiu com o Jorge Polo, que é um grande colaborador de longa data do Oruã. Trilhando o caminho que dá até a praia das Emerências é possível sentir algumas vibrações do que já se passou naquele lugar em outros tempos, no vídeo queremos cruzar isso com a nossa vivência de banda viajando dentro de um carro.
O disco “Íngreme” possui muitas temáticas extremamente importantes, principalmente no estado atual do nosso país e do mundo em geral. Como foi o processo criativo deste álbum?
Lê Almeida: Parte dele já vinha sendo gravado em 2019, enquanto estava em tour nos EUA com o Built to Spill. A situação no Brasil de lá pra cá só foi piorando e vivendo o mundo que vivemos aqui é praticamente impossível não cruzar com temáticas mais politizadas ou às vezes até se posicionar dentro do que você faz. O Íngreme é o nosso disco na fase mais dura dentro desse momento fascista e agressivo, se tudo der certo e vai dar em outubro isso muda!
Podemos esperar uma turnê em solo brasileiro?
Lê Almeida: A gente já tem feito algumas, por São Paulo, Minas e Litoral Fluminense. Nosso carro não tá legal, a fase tá difícil. Com certeza quando voltarmos dos EUA faremos uma tour por mais territórios nossos. Até lá o Lula já vai ter apaziguado esse furacão.
Para quem ainda está conhecendo o trabalho da Oruã, como vocês definiriam a sua música e seu estilo? Quais as principais influências musicais?
Lê Almeida: Atualmente definiria como música de passe, existe uma mensagem pra cima e astral elevado nos shows. Música para não ficar parado e ao mesmo tempo relaxar. De influência citaria Broadcast, Curtis Mayfield, Evinha e Homeboy Sandman.
Gostariam de deixar um recado aos leitores da Nação da Música?
Lê Almeida: Vão aos shows do Oruã, procurem saber, acessem www.transfusao.com. Vida longa!
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