Entrevistamos The Neighbourhood sobre o álbum “Chip Chrome & The Mono-Tones” e amor pelo Brasil

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Foto: Divulgação

Na última sexta-feira (25), a banda The Neighbourhood divulgou o disco inédito “Chip Chrome & The Mono-Tones” nas principais plataformas digitais. Com grandes expectativas dos fãs, o trabalho é sucessor de “Hard To Imagine The Neighbourhood Ever Changing”, de 2018.

A Nação da Música teve a oportunidade de conversar via Zoom com o vocalista Jesse Rutherford sobre a produção do álbum, a persona Chip Chrome e também sobre a relação de amor e carinho que ele tem pelos fãs brasileiros.

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Entrevista por Marina Moia.

————– Assista à entrevista na íntegra (ative as legendas!):

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————– Leia a íntegra:
Como você está hoje? O novo álbum sai do The Neighbourhood na próxima semana. Tenho certeza que vocês estão bem animados. Conta pra gente sobre essa persona, Chip Chrome, como você o criou? E também os Mono-Tones…
Jesse (The Neighbourhood): Primeiro de tudo, eu estou bem hoje. O céu está se abrindo um pouco aqui. Tem estado com bastante fumaça e assustador. Mas sabe, sou muito sortudo de poder estar aqui sentado falando com você e focado neste álbum que iremos lançar. É muito empolgante!

Basicamente, Chip… Nós precisávamos de uma liderança! Eu acho, na banda. Nós fazemos isso por muito tempo juntos e somos amigos há mais tempo ainda. E todos tentamos achar maneiras diferentes de fazer ajustes uns para os outros. Para ajudar as coisas a funcionarem, sabe? Porque algumas vezes é difícil concordar quando você tem cinco pessoas tentando decidir uma coisa. É difícil, sabe?

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Quando a banda começou, eu estava muito, muito focado na coisa toda. No contexto geral! E a estética e tudo mais. Quando começamos, estava tudo certo. Preto e branco, música “moody”… nós sabíamos tudo! Com o tempo, sabe, você tem cinco pessoas diferentes que têm cinco gostos diferentes. E nós tentamos basicamente tudo! Dai chegou num ponto que este é o nosso último disco que temos no contrato com a nossa gravadora Columbia.

Sem mencionar o estado do mundo hoje, parece que é o fim de muita coisa, sabe o que quero dizer? É tão fácil pensar sobre o fim. Conscientemente, estamos entrando na próxima parte das nossas vidas. Eu queria ser capaz de fazer uma mudança aqui antes de finalizarmos o contrato. Ser capaz de dizer que não sabemos o que acontecerá em seguida.

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Vamos viver esse momento da melhor maneira possível. E nisso, acho que acabamos fazendo a melhor versão de um álbum da Neighbourhood que temos até o momento. Acho que Chip foi a luz guia que nos levou ao caminho que nós já havíamos começado a criar, mas não conseguíamos decifrar, entende o que quero dizer?

Tem tantos caminhos que tentamos ao longo dos anos. Sabe, alternativo, pop, ou mais hip hop. Tem tantas coisas que foi preciso entender quem nós somos e o que o mundo pensa da gente E, pra mim, como tentar ser a melhor versão daquilo, mas de um jeito que me completasse também. Você vai me chamar de rockstar ou alternativo ou seja lá o que for. Não sei o quanto eu me sentia assim, mas eu quis criar um personagem que pudesse ser a versão final disso.

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Eu já ouvi o disco inteiro. É muito bom. Mas preciso te perguntar: tem alguma música nele que você está mais empolgado para os fãs ouvirem? Ou tem alguma música que você está empolgado para tocar ao vivo quando for seguro e possível fazer shows novamente?
Jesse: “Todas” acho que é a resposta mais fácil de dar. Estou empolgado com todas elas. Mas… Não sei, uma das últimas músicas nele… “Tobacco Sunburst”. Essa eu quase não quis colocar no disco porque parece algo que não faríamos nem daqui 10 anos. O que me assusta de certa maneira porque é muito madura. Pelo menos quando eu ouço, parece muito madura em comparação com o catálogo de trabalho que já fizemos.

Mas acho que é por causa do momento e de como nós fizemos. Essa música foi gravada ao vivo. Todos juntos ao mesmo tempo. É, foi um momento muito bonito. Acho que esse processo me mostrou que preciso absorver esses momentos quando faço algo ao invés de idealizar “quando você chegar lá”.

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Para ser sincero, não tenho pensado muito. Passo mais tempo pensando no que eu quero para este álbum do que como os fãs vão reagir ou o que outras pessoas vão achar. O resultado disso tem sido ótimo porque os fãs têm gostado muito das coisas que temos lançado. E muitas pessoas novas estão começando a se juntar também. Estou me sentindo compreendido, o que é um sentimento estranho pra mim. Nunca senti isso. E parece que tudo está acontecendo e é interessante.

Mas “Tobacco Sunburst” será uma legal para dividir com os fãs porque eu acho que eles cresceram com a gente esse tempo todo. Mudaram com a gente, permaneceram com a gente. Provavelmente perdemos alguns pelo caminho também, mas acho que muitas pessoas ficaram com a gente. E essa música é tipo olhar e pensar “interessante, este pode ser o futuro da banda!”

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Da última vez que nos falamos foi em 2018 e foi antes de vocês virem ao Brasil pela primeira vez. Vocês estavam muito empolgados e agora vocês já vieram pra cá umas duas vezes. Como foram as experiências de tocar aqui? Tem planos para voltar?
Jesse (The Neighbourhood): Mas é claro! Digo, é incrível! Eu amo! Amo estar no Brasil. Mal posso esperar para voltar. É animador porque, como eu disse, nós crescemos uns com os outros e todos os fãs cresceram com a gente também. Vai ser legal voltar porque será como reencontrar um velho amigo que você não vê há um tempo. Mas a relação é tão próxima, especialmente na internet.

O Brasil nos dá tanta atenção e amor e eu sempre estou tentando dar isso em retorno, o máximo possível. E acho que a melhor maneira de fazer isso é ir até o Brasil pra vê-los! Eu quero compartilhar experiências com o Brasil, mais do que eu quero vender um produto para o Brasil, entende? Estou muito empolgado para voltar! É até difícil pra mim pensar nisso, tenho que me controlar. Quem sabe como será o dia de amanhã? Mas estou pensando muito nisso!

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Ontem vi alguns fãs nas redes sociais do The Neighbourhood falando sobre você com Lana Del Rey e The Weeknd. Tem algo que você pode nos contar? Ou são só interações sociais entre colegas e amigos?
Jesse: É, neste ponto, sou amigo de Lana e Abel. E é incrível! Eu sou fã deles o mesmo tanto que os nossos fãs também são. Tem sido muito legal. É algo que eu queria muito. Sentir que você tem colegas e sentir que você é visto e ouvido por estes colegas. Claro que ser visto e ouvido por fãs e pessoas de qualquer tipo é realmente algo que me faz sentir realizado. É muito especial para mim, como artista, me sentir aceito, compreendido e respeitado por esses artistas que eu respeito tanto e sou tão inspirado por eles.

Pude compartilhar momentos muito legais com ambos. Claro que a Lana me recebeu no palco e nós cantamos “Daddy Issues” juntos, o que foi legal pra caramba! Eu estive em estúdio com o Abel e nós mantivemos contato. É legal ter esse feedback! Ele postou o vídeo de “Pretty Boy” e ele gosta tanto de filmes e tudo mais. Foi legal ver que ele apreciou… Eu sinto que em “Pretty Boy” eu atuo pela primeira vez em The Neighbourhood. E isso tem sido recebido muito bem, então isso é encorajador também.

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E é claro que quero fazer música com os dois! Eu e Lana já trabalhamos juntos. Nós temos algo, mas…Quando for o momento certo, irá acontecer! Com certeza. Essas coisas levam tempo.

Jesse, por último, mas não menos importante, você gostaria de mandar uma mensagem para os fãs brasileiros?
Jesse: Vocês são a mais visceral expressão de amor que eu provavelmente irei sentir na minha vida toda. E falando sobre se sentir compreendido, sabe, tudo que nós queremos é uma conexão humana uns com os outros e poder se relacionar com diferentes tipos de pessoas.

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Por nem falar a mesma língua que alguém e sentir que estamos na mesma onda, é muito benéfico para a minha vida e me mantém vivo, me mantém indo em frente. Eu só quero voltar e vê-los, gente! Tanto! E nós falamos disso o tempo todo. Nós pensamos e falamos do Brasil talvez o mesmo tanto que o Brasil, que nossos fãs no Brasil, parecem falar da gente. Sentimos sua falta e te amamos! Tentaremos voltar o mais cedo possível.

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Jornalista e apaixonada por música desde que se conhece por gente.