Entrevistamos Torre sobre novo disco da banda e festival Coquetel Molotov

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Foto: Sophia Lautert

A banda Torre está no preparo para divulgar o segundo álbum da carreira, intitulado “Pág. 72”, sucessor de “Rua i”. O lançamento será durante o festival Coquetel Molotov, que acontece no dia 16 de novembro em Recife.

A Nação da Música entrevistou Fastro e Danillo sobre as expectativas para a apresentação, a criação do disco novo e também as influências da banda.

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Entrevista por Marina Moia.

————————————— Leia a íntegra:
Olá, tudo bem? Obrigada por falar com a Nação da Música! Gostaria que vocês falassem mais sobre o novo disco da banda, “Pág 72”, que vai sair agora em novembro. Como funcionou o processo de criação e de produção, com Guilherme Assis, neste trabalho?
Fastro: Procuramos Guilherme no início do ano e dissemos, “temos essas músicas aqui, e queremos lançar ainda esse ano!”. Nós sabíamos e ele também sabia que seria um desafio e tanto, mas acreditamos que daria certo e um mês depois começamos a produção no Estúdio Zelo. A ideia era fazer o processo muito rápido e muito “cru”, por assim dizer. “Rua i” tinha levado quase um ano e meio, juntando tempo de produção, gravação e pós. A gente queria fazer tudo isso em quatro meses [risos]. Decidimos gravar ao vivo, e fazer a maior quantidade de coisas possíveis soarem vivas mesmo, trazer o estúdio pra dentro do disco. E isso é claro se deu a nosso crescimento em grupo, o entrosamento que conseguimos nesse ano de trabalho. Foi um processo muito gostoso. 

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“Pág 72” vem como um mergulho nas memórias afetivas, com olhar para o passado, mas também para o futuro, certo? Como surgiu a ideia de trabalhar com essa ideia das memórias e das sensações que elas nos trazem?
Fastro: Olhando pra trás consigo enxergar bastante saudade envolvida no meu processo, saudade da minha família e da minha vida no Rio de Janeiro, onde nasci e vivi até meus 14 anos. Eu tava lendo um livro que tratava dessa questão das memórias, e paralelo a isso eu precisava voltar a escrever, precisava de uma nova forma de escrever músicas, aí meio que juntou uma coisa na outra. Comecei a escrever sobre fotografias antigas, depois pedi fotos de alguns amigos pra tentar criar essas memórias que não eram minhas nem de ninguém, mas todas baseadas nessas fotos. Sem contexto, só as imagens, a ideia era essa. Então a gente começou a criar esse universo. Escrevi cinco músicas, e durante o tempo de estúdio surgiram mais duas. Acho que resumidamente posso dizer que o disco fala muito sobre o olhar pra trás e se reconhecer nesse lugar novo, o futuro, de forma diferente.

Vocês sentiram muito diferença ao fazer este álbum em relação ao anterior, “Rua I”? Como?
Fastro: Muita! Muito por causa da aproximação mais direta no processo de produção e gravação, mas acho que a grande mudança foram as composições, a forma como estávamos todos alinhados nessa ideia de fazer um disco sobre memórias. No “rua i” as músicas foram escritas com muito tempo de diferença, e apanhadas e pensadas pra funcionar como um “conceito” depois. É muito diferente já saber onde você quer chegar e ver todo mundo alinhado pra chegar lá.

O show de lançamento vai ser mais do que especial, durante o festival Coquetel Molotov. Como estão as expectativas para a apresentação e o que os fãs podem esperar para este dia?
Fastro: Expectativas no maior nível possível! [risos] Além de ser um show de lançamento, muito especial por si só, o Coquetel Molotov é um dos sonhos de toda banda independente de Recife, é um festival janela pro Brasil todo e estamos muito ansiosos. Estamos preparando o show mais bonito que já fizemos, e muito ansiosos pra mostrarmos as novas músicas e ver as pessoas interagindo com isso. Vai ser incrível!

Para quem ainda não é familiar com a banda, como vocês explicariam o som da Torre? E quais as principais influências que vocês trazem pra ela?
Fastro: Essa pergunta é sempre muito complicada. Algumas bandas vem na cabeça quando a gente para pra pensar nas similaridades, como Adult Jazz, Baleia, Grizzly Bear, Radiohead, mas também usamos muitas referências de rap e hip hop. Acho que cada parte do processo de construção da sonoridade passa por uma contribuição; quando a gente pensa nas relações das guitarras existem referências, relação baixo-bateria outras, os sintetizadores e demais instrumentos adicionais, tudo tem uma certa quantidade de referências pra dizer. Nesse disco novo até ouvimos Enio Morriconi, então posso dizer que é bem diverso.

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Com qual banda e/ou artista vocês gostariam de fazer uma colaboração no futuro?
Danillo: Colaboração algo que achamos muito massa. Toda a troca que rola e o resultado disso é algo bastante rico, meio que todo mundo que está envolvido aprende alguma coisa. Em nossos trabalhamos sempre buscamos fazer algo em parceria com alguém. Dizer uma banda ou artista é um pouco complicado, porque são muitos que admiramos e gostaríamos de trabalhar juntos um dia [risos]. Mas poderia dizer nomes como Caetano Veloso, Tim Bernardes, YMA.  

Gostariam de deixar um recado aos leitores da Nação da Música?
Danillo: Gostaríamos de agradecer a atenção e pedir fiquem ligadxs em nosso Instagram (@torremusica) e também peçam show em suas cidades! 

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Marina Moia
Marina Moia
Jornalista e apaixonada por música desde que se conhece por gente.