Metallica: O que podemos esperar do álbum “Hardwired… to Self-Destruct”

Foto: Divulgação.
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Foi no longínquo ano de 2008 que Metallica lançou seu último álbum de estúdio, “Death Magnetic”, e desde então os fãs estão no aguardo por material inédito. Depois de trabalhar por anos nas músicas novas, a banda está pronta para lançar “Hardwired… to Self-Destruct” no dia 18 de novembro.

O álbum é o primeiro a ser produzido pela gravadora Blackened Recordings, fundada pela própria banda em 2012, e o primeiro da carreira a não ter o guitarrista Kirk Hammett como compositor. “Hardwired… to Self-Destruct” será dividido em dois discos, de 6 faixas cada, além de possuir um terceiro na edição deluxe, com 14 músicas, entre elas covers e versões ao vivo.

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“Hardwired” foi a escolhida para ser o single de estreia do trabalho e, curiosamente, foi a última música a ser escrita. Lançada em agosto, ela ganhou de cara um videoclipe performático, todo em preto e branco e com imagens intensas, que combinam com seu tom. O lançamento da primeira música veio antes mesmo do álbum ser finalizado completamente, o que aconteceu em setembro, como foi anunciado por Lars Ulrich no site oficial do Metallica.

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Peça fundamental na gravação de um álbum, o produtor escolhido foi Greg Fidelman, que trabalhou em “Death Magnetic” como engenheiro e fez a mixagem do disco. Ulrich citou o produtor como o quinto membro da banda e a voz da razão, para a revista Rolling Stone“James [Hetfield] e eu estaríamos liderando a cavalaria numa música em particular e diríamos, ‘Isso é realmente ótimo. Funciona’. E Greg sentaria lá e falaria, ‘Ehhh’. E nós perceberíamos que ela não era boa o bastante”, explicou.

No estúdio, os integrantes do Metallica trabalharam num esquema diferente do que nos últimos discos. Ao invés de se fecharem no local por meses e produzirem todas as músicas de uma vez, eles decidiram trabalhar espaçadamente. A cada três ou quatro músicas prontas, eles paravam para tocar em algum festival, por exemplo. Foi o que eles contaram na reportagem da Billboard, no começo do mês. Segundo a matéria, os integrantes da banda e Fidelman trabalhavam das 10 às 18 num espaço de ensaios que foi apelidado de “the jam room”. Num círculo, com todos virados para Lars Ulrich, eles não chegavam a finalizar músicas, mas surgiram com mais de mil riffs.

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Ainda para a Billboard, Hetfield revelou como eles conseguem viver em harmonia depois de tantos anos de carreira. “Nós sabemos tanto sobre cada um e sabemos quais botões não apertar”, explicou. “Ele [Lars] é ótimo com setlists e para organizar músicas e negócios. Eu sou bom com melodias e visual e logos. […] [Kirk] traz uma maluquice muito necessário, porque Lars e eu às vezes ficamos muito sérios. E ao vivo, claro que sua habilidade com a guitarra é inacreditável. E Rob é tão feliz de estar vivo, isso nos faz querer fazer as coisas para que ele acompanhe”.

A faixa de sete minutos, “Spit Out the Bone”, é descrita como implacável e uma “fuzilada”, inspirada pelos perigos da tecnologia de realidade virtual. Já “Now That We’re Dead”, fala sobre como o amor dura, mas apenas no túmulo. E sobre o primeiro single, o vocalista Hetfield comenta “‘Hardwired’, que é a faixa de abertura e a mais rápida de todas, resume liricamente: Nós sempre estivemos ferrados, mas nós sobrevivemos. Toda geração diz ‘Eu sinto muito pela próxima geração’, mas tem uma fé que você deve ter na humanidade. Na maioria das vezes”.

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Escolhida como segundo single, “Moth Into Flame” foi liberada no final de setembro e é descrita por Hetfield, para a Blabbermouth como uma caixa de pandora. “É sobre como as pessoas pensam que popularidade ou fama irá resolver seus problemas. Ou se fama deveria ser um objetivo para um músico. Para nós, fama tem sido às vezes um fardo, tipo, como nos livramos dessa coisa? [risos]. É uma caixa de pandora que frequentemente te faz pensar, okay, como eu me torno ‘não-famoso’? Algumas pessoas sentem essa vontade tão fortemente que elas tiram suas próprias vidas para escapar”, explica.

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Dito isso, o vocalista revela que, de certa forma, a faixa foi inspirada no documentário “Amy”, que mostra a vida da falecida cantora Amy Winehouse. “Quando eu assisti, realmente me deixou triste que uma pessoa talentosa como ela caiu para o lado da fama disso tudo”, disse.

“Moth Into Flame” é também inspirada numa época mais sombria do Metallica, quando eles lançaram o filme “Some Kind of Monster”. “Durante aquele período, nós estávamos sendo engolidos. Nós paramos de se importar uns com os outros. Nós não ligávamos para o que Metallica significa para nós ou para outras pessoas. Nós conseguíamos apenas ver o lado feio e queríamos escapar disso. Nós não conseguíamos ver o que nossas vidas tinham de bonitas.

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O jornal brasileiro Estado de S. Paulo, em matéria replicada pela Istoé, esteve no estúdio Electric Lady, em Nova York, para ouvir “Hardwired… to Self-Destruct” e atestou que: “Em meio a toda pressa de cada faixa no disco, dá para ouvir quatro cinquentões – três californianos e um dinamarquês – tocando confortavelmente com raiva e precisão”. Já o baixista Robert Trujillo, afirmou que o trabalho é o melhor do Metallica até o momento e que “ainda há energia criativa na banda e, enquanto nossos corpos aguentarem, vamos continuar tocando e gravando. Este é um novo começo para o Metallica”.

O terceiro single – e provavelmente último a ser divulgado antes do lançamento do álbum completo – se chama “Atlas, Rise!” e ganhou um vídeo com diversas imagens da banda em estúdio, onde inclusive aparece uma bandeira brasileira. A faixa possui um pouco mais de 6 minutos de duração e foi lançada como uma surpresa de Halloween para os fãs.

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E os fãs brasileiros já possuem motivo para comemorar! Apenas alguns meses após o lançamento oficial de “Hardwired… to Self-Destruct”, Metallica estará no Brasil para show no festival Lollapalooza. A banda será o headliner do primeiro dia do evento, em 25 de março de 2017. A última vez que eles estiveram no país foi na edição de 2015 do Rock In Rio.

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Jornalista e apaixonada por música desde que se conhece por gente.