Resenha: “Palo Santo” – Years & Years (2018)

Years & Years


No dia 06 de julho o trio britânico Years & Years – formado por Olly Alexander, Mikey Goldsworthy e Emre Türkman – lançou seu segundo álbum de estúdio, “Palo Santo”. Com 14 faixas e uma média de 81/100 no Metacritic, o disco segue “Communion”, de 2015, mesmo ano que os caras ganharam a votação “BBC’s Sound Of…”.

O Years & Years pode ter seu som definido como um eletro-pop com uma pegada mais indie alternativa. Isso já pode ser ouvido logo na abertura de “Palo Santo”, com “Sanctify”. Uma batida eletrônica e percussões se unem com a voz aguda de Olly Alexander para criar o som pop que leva a letra sobre masculinidade, sexualidade e crença.

- ANUNCIE AQUI -

Inscreva-se no canal da Nação da Música no YouTube, e siga no Instagram e Twitter.

“Hallelujah” também tem o título ligado à espiritualidade e sexo, a música é um upbeat muito acelerado e o vocalista aqui traz traços marcantes que lembram algumas características de Michael Jackson no canto. Logo em seguida, o single “All For You” desacelera um pouco, mas mantém o clima para cima e com a pegada bem eletrônica. O refrão tem, inclusive, a cara das músicas que tocam na rádio no verão norte-americano.

Inscreva-se no canal da Nação da Música no YouTube, e siga no Instagram e Twitter.

“Karma” continua com a mesma pegada pop eletrônico e as referências à expressões religiosas – que pode ser vista logo no título. Essa e outras faixas mostram o potencial pop de “Palo Santo” e Olly Alexander, que é quem realmente coloca sua identidade do álbum, isso pode ser entendido pelos co-autores: Greg Kurstin (“Hello” – Adele), Justin Trenter (“Sorry” – Justin Bieber) e Julia Michaels.

A primeira balada do disco pode ser encontrada em “Hypnotised”. A vibe eletrônica ainda é presente com uma climatização grandiosa, mas quem chama para si a condução da música é o piano com a ajuda da voz. “Rendezvous” acelera novamente, foi chamado pelo NME de “euro-pop-era Jennifer Lopez”, o que é altamente perceptível tanto nos versos quanto no refrão.

“If You’re Over Me” é tem como marca a melodia feita por sintetizadores. “One minute you say we’re a team / Then you’re telling me you can’t breathe / Well you should set me free / Baby if you’re over me” canta Olly sobre relacionamentos que vivem seus altos e baixos. Um aviso: a música gruda na cabeça.

- PUBLICIDADE -

Inscreva-se no canal da Nação da Música no YouTube, e siga no Instagram e Twitter.

“Preacher” é mais uma que recorre a termos religiosos, mas na batida é a faixa feita para dançar. O pré-refrão que vai subindo até explodir no “ooho” do refrão criam um clima contagiante na voz do vocalista. No calor do momento, eu diria que é a minha preferida de “Palo Santo” e que um clipe cairia muito bem.

- ANUNCIE AQUI -

Inscreva-se no canal da Nação da Música no YouTube, e siga no Instagram e Twitter.

Para diminuir o ritmo mais uma vez, “Lucky Escape”, mas dessa vez a vibe é mais leve, apesar das letras falarem de um término de relacionamento. O destaque vai novamente para a voz de Olly Alexander, que não deixa nada a desejar a grandes nomes masculinos do pop. Em seguida, a faixa-título, “Palo Santo”. “Holy wood” em inglês; “palo santo” em espanhol; “madeira sagrada” em português: é um trocadilho sexual e reforça o principal tema do álbum. O Years & Years não tem vergonha de escancarar a sexualidade, o amor e a tristeza.

“Here” mostra a feminilidade da voz de Olly Alexander, podendo até confundir algumas pessoas que não conhecem o trio. A canção faz também uma acapella, utilizando a voz principal, backing e um coro que dita a melodia, nada mais. Calma, simples e bonita. Ela é seguida por “Howl”, que vai mostrando desde o princípio que vai crescer, e não decepciona. O drop da batida no refrão contagia por duas vezes.

A penúltima música é “Don’t Panic”, que soa como um aviso, inclusive no coro. Mais uma dançante e pegajosa dos britânicos do Years & Years. Não deixa nada a desejar para o pop mainstream atual e traz referências muito boas de décadas passadas. O encerramento é com “Up In Flames”, que deixa essa influência bem clara com uma intro, batida e sintetizadores dignos dos anos 1980. Não tão agitada como algumas anteriores – cresce com o passar da track -, ela ainda é dançante e chama quem está ouvindo.

- ANUNCIE AQUI -

“Palo Santo” é um trabalho sobre sexualidade, queerness e Olly Alexander. Years & Years é um trio, mas como a própria capa do disco mostra, o segundo álbum dos britânicos tem um lado pesadamente pessoal do vocalista. Como som pop, muito bom, excelente. Dá para cantar, dançar e sofrer. Refrões e batidas muito bem trabalhadas clamam por um destaque maior para o Years & Years.

Confira abaixo um curta lançado para a divulgação do álbum:

- ANUNCIE AQUI -

Inscreva-se no canal da Nação da Música no YouTube, e siga no Instagram e Twitter.

Muito obrigado pela sua visita e por ler essa matéria! Compartilhe com seus amigos e pessoas que conheça que também curtam Years & Years, e acompanhe a Nação da Música através do Google Notícias, Instagram, Twitter, YouTube, e Spotify. Você também pode receber nossas atualizações diárias através do email - cadastre-se. Caso encontre algum erro de digitação ou informação, por favor nos avise clicando aqui.

- ANUNCIE AQUI -


Caso este player não carregue, por favor, tente acessa-lo diretamente no player do Spotify. Siga a NM no Instagram e Twitter

Giovana Romania
Giovana Romania
Música é uma das minhas coisas favoritas do mundo. Formada em Jornalismo, amante da cultura pop e little monster sofrida.
“Palo Santo” é um trabalho sobre sexualidade, queerness e Olly Alexander. Years & Years é um trio, mas como a própria capa do disco mostra, o segundo álbum dos britânicos tem um lado pesadamente pessoal do vocalista. Como som pop, muito bom, excelente. Dá para cantar, dançar e sofrer. Refrões e batidas muito bem trabalhadas clamam por um destaque maior para o Years & Years.Resenha: "Palo Santo" - Years & Years (2018)