Resenha: “Hollywood’s Bleeding” – Post Malone (2019)

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Foto: Rafael Strabelli / Nação da Música

No início de setembro, Post Malone divulgou seu terceiro álbum de estúdio, o “Hollywood’s Bleeding”, com a grande responsabilidade de superar ou ao menos igualar os feitos por seus lançamentos anteriores. Com versatilidade e convidados mega importantes, o rapper chega com a intenção de entreter.

A faixa-título do álbum é também a responsável por abrir a produção. A primeira parte de “Hollywood’s Bleeding” tem uma pegada dramática, a voz de Post está clara como poucas vezes pudemos ouvir e é aí que chegamos na segunda metade da canção e o ritmo acelera, um hip hop fortemente influenciado pelo pop remete certeiramente ao som que o rapper costuma apresentar.

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O título “Saint Tropez” praticamente anuncia a temática da faixa, não é mesmo? Ostentação, muita grana, carros luxuosos e tudo o que se tem direito. Como algumas das presentes, a canção é bem curtinha e tem pouco mais que dois minutos e meio.

A primeira parceria chega em “Enemies“, que conta com DaBaby e já começa com uma mensagem direta no primeiro verso: “Costumava ter amigos, agora tenho inimigos / Costumava mantê-los perto, agora estão mortos para mim“. E, bom, a letra toda é baseada em ressentimento e como isso afeta as relações.

Allergic” é ousada, dançante e temos aqui um Post Malone cantando no tom mais alto que provavelmente pode alcançar. É divertida, o título da faixa é meio que gritado durante alguns versos e nessa também há uma pequena mudança de ritmo, não a deixando cair em repetição.

Em “A Thousand Bad Times“, algumas coisas ruins provavelmente aconteceram e o cantor não está sendo lá muito amigável com a garota para quem direciona a canção. Apesar das reclamações, a faixa também é um pop rock animadinho e entretem durante todo o seu curso.

A versatilidade de Malone já foi mostrada, mas é interessante ver como o artista consegue se concentrar em produzir um disco muito mais cantado do que rimado. “Circles” é um grande exemplo de canção que poderia ser ouvida sem termos ideia de que a abordagem inicial do cantor era focada no hip hop.

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Convidados de peso? Temos sim. Halsey e Future chegam em “Die For Me” para cantar sobre traições, corações partidos e decepções amorosas. O refrão é bem chiclete e o verso cantado por cada presente é bem honesto e sincero, trazendo a sensação de que os artistas se deixaram vulneráveis ao cantá-los.

E tem mais espaço para nomes importantes do rap sim, como Meek Mill e Lil Baby em “On The Road“, que são certamente uma das melhores adições presentes no disco. As batidas da canção, porém, remetem bastante a um hit velho conhecido de todos nós, “Rockstar”.

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Aparentemente surpresas nunca são demais e chegamos em “Take What You Want” com a primeira estrofe cantada por Ozzy Osbourne, isto mesmo. É realmente divertido ver como Post não tem medo de arriscar e trouxe também Travis Scott para esta mistura fantástica.

A este ponto, Post Malone não se importa mais com a opinião dos outros e faz o que bem entender. Pelo menos é isto que ele canta em “I’m Gonna Be“, que trabalha de forma interessante seu vocal durante o refrão.

O R&B de “Staring At The Sun” chega com tudo na voz de SZA, outra boa parceria presente no disco. Leve, dançante e com bons momentos para ambos os cantores, a canção consegue equilibrar tudo e ser extremamente interessante.

Um dos maiores destaques fica para “Sunflower“, colaboração com Swae Lee. Essa nós já conhecíamos por ter sido uma das principais faixas presentes na trilha sonora de “Homem Aranha no Aranha-verso”. Mais um hit para a conta de Malone, a canção gruda na cabeça e é basicamente impossível não gostar.

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Um coro melodramático e versos rimados de maneira bem rápida, chegamos em “Internet“, que trata de assuntos bem importantes como a pressão das redes sociais, a imprensa e sobre não entender mais o que se passa no mundo online. Um detalhe importante é que Kanye West está listado como um dos produtores desta faixa.

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Canção sobre término também pode ser good vibes, e Post aparece com Young Thug para provar isto. “Goodbyes” é sobre despedidas (como o próprio nome já diz) mas não abusa do drama e consegue criar um clima bem legal mesmo que cantando sobre frustrações.

Estar nos holofotes o tempo todo não é fácil, Post abre o coração sobre o assunto em “Myself” e fala que gostaria de ter sido ele mesmo mais vezes. O ritmo desacelera um pouco nessa e podemos ouvir bastante a banda por trás, não apenas batidas e um leve uso de autotune.

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Referência? Também temos. Post já havia citado os Jonas Brothers em “Better Now”, os irmãos retribuíram em “Cool” e o rapper voltou a citar o trio, desta vez em “I Know“. Apesar das cortesias, a canção fala sobre término e a dificuldade em sair de um relacionamento.

O melhor fica sempre para o final e Malone aparentemente concorda. A batida de “Wow.” é ótima, a letra é extremamente egocêntrica e funciona de maneira divertida e é hit na certa. Sabe aquela faixa despretensiosa que acaba se tornando brilhante? É certamente esta.

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Artistas que alcançam o topo de maneira rápida demais possuem a tarefa de se reinventar a modo de continuar onde estão. Neste caso, é notável que Post Malone optou por reforços com grandes nomes da indústria mas também melhorou sua desenvoltura tanto no vocal quanto nas composições. Já considerado uma das principais estrelas da indústria, é possível que continuemos vendo seu rosto por aí por bastante tempo.

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