Resenha: “LIA, Pt. 1” – Lia Clark (2022)

Lia Clark
Divulgação / Maicon Douglas Fotografia | Arte: Wagner Almeida

A fórmula do funk é uma difícil de desvendar: será que o que mais importa são os graves da batida? As letras explícitas ao ponto que fica divertido de cantar? Ou somente a criação de algo que seja envolvente? Na verdade, essa pergunta não tem uma resposta óbvia, mas, Lia Clark parece ter chegado perto de encontrá-la.

A drag queen santista Lia Clark, nome artístico de Rhael Lima de Oliveira, soltou na sexta-feira (04), a primeira parte de seu segundo álbum de estúdio, como você pôde acompanhar aqui na Nação da Música. A compilação de seis faixas e um remix, intitulada de “LIA, Pt.1”, conta com momentos de experimentação artística, funk tradicional e uma experiência intensamente divertida no geral.

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Começando com o single “Sentadinha Macia”, produzido pelo artista TH41, já somos abraçados por uma das músicas mais intensas do disco. Um exemplo do gênero musical apelidado de ‘rave funk’, a faixa é formada por uma base de funk mais característico, com uma construção de batidas eletrônicas crescentes por cima.

Uma das faixas “menos explícitas”, não que isso realmente importe, as letras de Lia Clark são um exemplo de como acompanhar o ritmo de sua batida. As rimas da cantora combinam perfeitamente com o crescimento da produção, fazendo com que o ‘drop’ seja sinalizado tanto pela composição quanto pelos toques de TH41.

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Em “PQP! (tu fez do jeito que eu queria)”, a dona e dominante do sexo é Lia Clark e sua parceira na canção, Mc Naninha. Por cima de uma batida de funk mais tradicional, com instrumentos de sopro e sons mais metálicos, além do grave marcante, as duas conseguem ser completamente explícitas, mas daquele jeito que torna o funk charmoso.

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Permitindo que o público e a audiência se divirtam com elas, adicionando risadinhas e gemidos na produção, Lia e Naninha fazem uma música que mostra o porque o funk é tão amado, especialmente durante as festas, em que se perder na batida é o mais fácil.

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A terceira faixa é “VRAU” e Lia Clark nos mostra de novo o quanto ela realmente sabe rimar e criar uma canção viciante. O ‘refrão’ é completamente formado por versos que terminam no som “-au”, como “Eu já tô pronta pro carnaval / De calcinha fio dental”, e, com isso, as letras adicionam algo a mais em cima da batida.

Em uma das músicas nas quais Lia, com bravura, mais tenta ser experimental, o fim de “VRAU” tem um toque mais de pagode que de funk mesmo. No entanto, mesmo que o tema seja carnaval e isso se encaixe, a mudança na faixa é feita de uma maneira bastante abrupta e o retorno pro funk vem ainda mais rápido, então talvez teria sido interessante ver a cantora dedicar-se completamente a este novo gênero.

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Não Fui Eu” conta sobre Lia Clark perdendo-se em si mesma dentro de um baile, tanto que ela não lembra do que aconteceu e, nas palavras dela, “Se eu não lembro, não fui eu”. A produção dessa é perfeitamente rápida para acompanhar os versos da cantora, que são os mais velozes do disco, mas ainda assim permite que a voz dela brilhe.

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Com mais toques eletrônicos que as outras, mas, ainda assim não tão sintética quanto “Sentadinha Macia”, essa faixa é um hino para tocar no ápice de uma festa. Os sons por trás, que ressoam como gemidos, mostram o quão sem remorso Lia Clark é, e a risada dela no final é o ponto final perfeito.

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‘Safada’ no ponto certo, “Doce” é crescente como “Sentadinha Macia”, resultando em um drop não sempre visto no funk – mas que não se torna eletrônico. Continuando sua dominância, Lia usa a repetição das palavras de uma maneira que sua voz se trança com a produção e torna-se um elemento da batida.

Além disso, o segundo verso tem uma mudança de ritmo para uma versão mais leve de si mesma, só que é feita tão perfeitamente que soa como uma progressão natural para “Doce”, mesmo que não seja o funk tradicional.

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Ao lado de Pocah e com a produção do trio produtor HITMAKER, “Eu Viciei” foi o primeiro single divulgado dessa nova era. Uma das histórias tradicionais do funk, de um namorado terminando e querendo ela de volta, mas, agora ela está mais do que livre, a faixa, já foi mostrado, é um hit, com 5 milhões de views no Youtube.

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A produção é um funk clássico, no qual as vozes de Pocah e Lia conseguem lançar a composição sem serem afogadas pelos graves extremos da batida.

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“LIA, Pt.1”, pode se dizer o que quiser, é um álbum completamente focado na diversão do seu público enquanto o ouve – e Lia Clark tem sucesso sem problemas nisso. Em uma combinação de diferentes vertentes do funk, a cantora consegue juntar produções feitas com tanto esmero e suas composições criadas após anos de maestria no funk, levando o ouvinte a se perguntar o que vêm lá na segunda parte do disco.

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RESUMO DA RESENHA
Lia Clark - "LIA, Pt.1"
Estudante de jornalismo, não-binárie e apaixonade por música. Sempre aberte para ouvir qualquer gênero, artista ou década. O universo do pop, principalmente hyperpop, k-pop e synthpop, é onde eu vivo e sobrevivo.
resenha-lia-pt-1-lia-clark-2022Em “LIA, Pt.1”, Lia Clark mostra que é realmente boa no que faz: criar funk. No entanto, não para aí, se juntando a vários DJs e produtores para desenvolver um projeto que também serve como uma experimentação musical de diversos gêneros.