Resenha: “Nada Pode Parar Os Autoramas” (2003) – Autoramas

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Completando 20 anos de carreira, a banda carioca Autoramas é uma das principais da cena musical independente brasileira. Considerada pelos grandes críticos da música como  “Excellent Pop Garage – A banda independente mais importante do Brasil”.

A banda dançante segue uma trilha de sucessos com seus 8 álbuns lançados e muitas músicas que viraram hits nas rádios do Brasil e do mundo. Prestes a se apresentarem no Lollapalooza 2019, e em seguida embarcam em sua 16ª turnê internacional, a banda de rock’n roll que mescla rock bubblegum garage, surf, new wave e jovem guarda mostraram verdadeiramente que “Nada Pode Parar os Autoramas“.

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Lançado em 2003 pelo selo independente Monstro Discos, “Nada Pode Parar Os Autoramas” ganhou o prêmio London Burning de Música Independente nas categorias “Melhor Banda” e “Melhor Disco” de 2003, e rendeu convites para os principais festivais no Brasil. Em 2004, o Autoramas partia para sua segunda turnê internacional, em meio a um processo de transição entre baixistas e vocalistas. Com a turnê, o Autoramas atinge a marca de 96 apresentações só naquele ano, incluindo shows em 21 estados brasileiros, fato que surpreende por ser uma banda independente.

Confira as 13 canções de um dos discos mais emblemáticos do Autoramas:

O tapete vermelho do disco abre com o hit “Você Sabe” que esteve presente no top 10 das rádios brasileiras. Além dos frutos do videoclipe da música que rendeu alta rotação na MTV e venceu três prêmios no VMB de 2005.

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A psicodelia robótica do Autoramas é a marca registrada de “Nada A Ver” primeiro single do álbum, que até hoje ecoa em todo o mundo com sua batida replicante. E o clipe é uma epopeia do saudoso Dellani Lima.

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A bem humorada letra de “Megalomania” traz um riff potente e a produção do mestre Marcos Butcher (Thee Butchers’ Orchestra/Black Mambas).

Uma das marcas da banda é trazer ao século XXI o clima “iê-iê-iê” brasileiro das músicas dos anos 60 que se faz presente na excelente “Música de Amor”, um power pop romântico com sotaque de rock’n roll “eu te amo tanto/ você não imagina quanto“.

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O vocalista e compositor Gabriel e suas letras espertas, que ora optam pela ironia ferina (“você acha que fez do melhor jeito/ mas não estou satisfeito/ poderia ter feito melhor”, aponta a hilária “Rei da Implicância” e seu baladismo “la Jovem Guarda”.

“O Bom Veneno” é uma balada irônica sobre a contradição do “veneno” não ser tão mal como se parece, e conta com a parceria do carioca Nervoso – Beach Lizards.

A balada rocker “Resta Um” marca os vocais sensuais da vocalista Simone, a guitarra marota do Gabriel e a batida certeira do Bacalhau. Além de lembrar muito a banda Os Pixies, onde a até na interpretação de Simone lembra Kim Deal.

A instrumental é um atino à parte; em “Multiball” você divaga na vibe de surf music que se faz presente em cada acorde da canção.

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“Beleza” é um verdadeiro “Tremendão” do século XXI, digno de “tchu tchu ru” e escrita em parceria com o Canisso, um dos integrantes do Raimundos/Rodox.

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A famosa frase de Sartre dedilha as curvas do solo de guitarra de “O Inferno São Os Outros” que compõe a narrativa rebelde da canção existencialista e os cacoetes de autoafirmação.

“Ressaca Moral” é um baita punk rock, digno de moche e mergulhos em uma rodinha esperta. Ressaca moral é uma letra extremamente atual em tempos de hipocrisias e moralismos fajutos.

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“HxCxIx” é a segunda instrumental do álbum que dá o ar da graça e que já havia aparecido no compacto lançado anteriormente.

O disco fecha com “Caso Perdido”, uma balada que começa com uma batida oitentista e traz uma letra reflexiva sobre o que o outro pensa e a importância da opinião alheia.

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Mariana Domin
Mariana Domin
Fé, arte e cultura. Nada é secular, tudo é sagrado.
"Nada Pode Parar os Autoramas" é um disco extremamente maduro, que colocou o trio no limbo do mainstream comercial e a linha alternativa tão enraizada na banda. Entre as batidas de um rock básico – e a fórmula guitarra-baixo-bateria e a eletricidade psicodélica de um Autorama pulsante e que tocou de Tóquio ao Chuí, levando ao mundo uma batida mesclada da jovem guarda brasileira e a repitilia do rock'n roll. Sem dúvidas, nada pode pará-los. Resenha: "Nada Pode Parar Os Autoramas" (2003) - Autoramas