Resenha: “Viva Las Vengeance” – Panic! At The Disco (2022)

Panic At The Disco
Foto: @RafaelStrabelli / Nação da Música.

Depois de quatro anos do último disco inédito, “Pray For The Wicked”, a banda Panic! At The Disco lançou nesta sexta-feira (19) o sétimo álbum da carreira, intitulado “Viva Las Vengeance”. Liderado por Brendon Urie, o grupo já havia divulgado quatro canções antes do lançamento oficial: a faixa-título, “Middle of a Breakup”, “Local God” e “Don’t Let The Light Go Out”.

Com total de 12 faixas, o álbum começa com “Viva Las Vengeance”, que dá nome ao trabalho. A faixa, que também já ganhou videoclipe oficial, não foge muito do clássico Panic! At The Disco, com guitarra bem marcada e os vocais expansivos de Urie. É um bom começo para o disco, mostrando que não perderam sua essência entre um lançamento e outro.

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Em seguida, vamos para “Middle of a Breakup”, que assim como o clipe, traz uns vocais com ar de nostalgia e é uma boa continuação da primeira faixa, com as mesmas guitarras marcadas.

Diminuindo um pouco o ritmo depois de dois singles bem enérgicos, temos “Don’t Let The Light Go Out”. A balada possui como destaque os arranjos vocais de Urie, com seus agudos impecáveis. Parece uma daquelas músicas de formatura norte-americana, que vemos em filmes de Hollywood, onde os casais dançam juntinhos no final.

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“Local God” é a próxima da lista e fala sobre a rápida ascensão da banda, que fez sucesso logo com o primeiro disco da carreira, “A Fever You Can’t Sweat Out”. A canção também faz menção ao sucesso na cidade local do grupo, Las Vegas, que também é referenciada na faixa-título.

Seguindo, temos “Star Spangled Banger”, novamente com um estilo nostálgico, lembrando o rock dos anos 70/80 com seu coro, batidas e os versos rápidos de Brendon. O tema dos desajustados na letra também lembra filmes como “Clube dos Cinco” e “Curtindo a Vida Adoidado”.

“God Killed Rock and Roll” traz de volta a combinação de voz e piano que gostamos tanto no Panic! At The Disco, mas com a adição de solos de guitarra e coro para dar um tom de grandiosidade à música, a la “Bohemian Rhapsody”. A sétima faixa se chama “Say It Louder” e é uma das que a guitarra de Butch Walker mais se destaca, assim como a temática dos desajustados que aparece novamente.

Até agora, o som de nostalgia parecia apenas uma feliz coincidência, até ler uma declaração do líder da banda que o disco realmente é um olhar para o Brendon Urie adolescente, 17 anos atrás. Tudo então fez sentido. As gravações foram feitas ao vivo em fita, com os produtores Jake Sinclair e Mike Viola.

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Continuando, “Sugar Soaker” já começa com uma vibe mais rockeira e guitarras mais pesadas. Eu diria que é uma ótima candidata a single, seguindo os exemplos de “Viva Las Vengeance” e “Middle of a Breakup”. O refrão é o ponto forte da música, daqueles de grudar na cabeça depois da primeira ouvida.

“Something About Maggie” segue o mesmo estilo da canção anterior, com refrão marcante e o coro em destaque, dando um ar de música dos anos 80. Gostei muito dos arranjos desta música no geral.

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Sem perceber, você já chega na próxima música, “Sad Clown”. Os vocais agudos de Urie estão como nunca, sendo destaque na faixa. Energética, a canção chega até a ser meio bagunçada com tantas informações presentes e simultâneas.

A penúltima faixa, “All By Yourself”, é uma das poucas baladas do álbum, sem deixar o lado grandioso do Panic! At The Disco de lado. Para finalizar, temos “Do It To Death” com o combo nostalgia, guitarras marcadíssimas e vocal afiado de Brendon Urie, características que permeiam o álbum como um todo.

No geral, não diria que é o melhor álbum do Panic! At The Disco, principalmente depois de termos hits tão incríveis como “High Hopes”, “Victorius”, “Death of a Bachelor”, entre tantos outros. É um disco que traz a essência da banda, com vocais impressionantes e solos de guitarras em destaque, mas também com músicas parecidas umas com as outras, o que pode ser difícil para fazê-las brilharem separadamente. Por outro lado, vemos que o disco realmente segue um tema e uma estética, o que pode agradar a muitos.

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Marina Moia
Marina Moia
Jornalista e apaixonada por música desde que se conhece por gente.
No geral, não diria que é o melhor álbum do Panic! At The Disco, principalmente depois de termos hits tão incríveis como “High Hopes”, “Victorius”, “Death of a Bachelor”, entre tantos outros. É um disco que traz a essência da banda, com vocais impressionantes e solos de guitarras em destaque, mas também com músicas parecidas umas com as outras, o que pode ser difícil para fazê-las brilharem separadamente. Por outro lado, vemos que o disco realmente segue um tema e uma estética, o que pode agradar a muitos.Resenha: “Viva Las Vengeance” - Panic! At The Disco (2022)