Resenha: “Shawn Mendes” – Shawn Mendes (2018)

Shawn Mendes


Na última sexta-feira (25), Shawn Mendes lançou seu terceiro álbum de estúdio, que leva o nome do próprio cantor e tem 14 faixas. O trabalho é uma clara evolução do canadense e pode ser entendido quase como uma reintrodução à sua música e ao seu novo “eu” de 19 anos.

As influências de Shawn Mendes no homônimo são bem perceptíveis: John Mayer – que já chamou Shawn de “John 2.0” e “versão melhor de mim, ele não é tão volátil” -, Michael Jackson, Justin Timberlake e, até mesmo, Kings of Leon.

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“In My Blood” abriu a nova era como primeiro single e ficou encarregada também da abertura do álbum. O começo da música é composto somente pela voz de Shawn e um dedilhado de guitarra. Conforme o seu andamento, instrumentos são adicionados, a voz de Mendes vai crescendo e junto com ela a sensação de que a canção vai explodir. No refrão isso acontece. Uma ótima música que resgata um pouco dos trabalhos antigos do cantor ao mesmo tempo que dá um gosto das suas novas pretensões.

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A mudança para a segunda faixa é drástica. “Nervous” é um funk pop cheio de falsetes, uma mistura perfeita que traz ao paladar um pouco de Justin Timberlake. A composição é de Julia Michaels e uma das melhores do álbum.

“Lost In Japan”, que também já tínhamos ouvido, é a que tem mais gosto de Michael Jackson – sem polêmicas comparações, só uma influência clara. A música é guiada pelo baixo de maneira magnífica, começa com um piano e se torna um funk incrível. O refrão é a parte que mais me lembrou do Rei do Pop.

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A quarta faixa, “Where Were You In The Morning”, é a preferida de Shawn Mendes. Talvez seja também a que mais deixa clara a maturidade adquirida no quesito romântico, já que com a idade novas experiências menos romantizadas tomaram espaço. Mais uma vez o falsete do canadense toma conta do refrão com um clima bem R&B.

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“Like To Be You” é a primeira parceria do disco e tem a produção de John Mayer. A harmonia entre as vozes de Shawn e Julia Michaels – que já havia aparecido como compositora de “Nervous” – funciona muito bem, principalmente acompanhada da sintonia dos violões ao fundo. Particularmente, é meu feat preferido do álbum, talvez seja uma das minhas favoritas entre todas.

“Fallin’ All In You” é claramente uma composição de Ed Sheeran, só de ouvir a construção melódica, a letra, violão e batida… é quase possível ouvir o ruivo cantando. O estilo dessa música cai muito mais para as vibes do “+”, primeiro álbum do britânico. Johnny McDaid, do Snow Patrol, também participou da composição. Como quase tudo o que Ed Sheeran toca, a balada tem um grande potencial para ser hit.

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Mais uma vez eu ouço Justin Timberlake, dessa vez na faixa 7. “Particular Taste” é outra que esbanja falsetes e uma linha de baixo que puxa a música. Produzida por Ryan Tedder, vocalista do One Republic, ela é chiclete e lembra também “Nervous”. Imediatamente depois, o clima do álbum cai drasticamente com “Why”, mas não de uma forma ruim. Aqui o gosto fica por conta do “antigo” Shawn. É quase a troca de uma pessoa falando de paixão e outra de amor.

“Because I Had You” é uma bad um pouco mais acelerada que “Why”. Aqui Shawn canta sobre tentar esquecer a pessoa amada, mas não consegue encontrar ninguém que preencha o espaço vazio tão bem. Ela é seguida por “Queen”, deixando todo o romance de lado e jogando uma “shade”.

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A parceria com Khalid gerou expectativas grandes desde o anúncio oficial da tracklist. Quando lançada, confesso que achei a música meio genérica e repetitiva, considerando que Khalid fez um disco inteiro sobre o mesmo tema. A faixa, inclusive, tem uma composição toda que explora o estilo do cantor de “American Teen” – ou talvez sua voz única tenha o poder de fazer isso em tudo o que ele canta. Depois de ouvir algumas vezes e de saber que foi composta pensando nos ataques terroristas de Machester, “Youth” subiu no meu conceito, mas ainda continua atrás da colaboração com Julia Michaels.

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“Mutual” resgata mais uma vez o “antigo” Shawn. O pré-refrão é a parte mais parecida, para o refrão em si faltou um pouco de força para poder ser comparada com sucessos como “There’s Nothing Holding Me Back”.

Para encerrar o álbum, Shawn Mendes diminui bastante o ritmo. A romântica “Perfectly Wrong” é comandada por um piano e letras como “não adianta/fomos feitos para dar errado/eu sei a verdade/e é tarde demais/você é perfeitamente errada pra mim/e é por isso que é tão difícil ir embora”. A última faixa é “When You’re Ready”, que segue a linha da anterior, mas com uma batida mais rápida, parecida com algo que Ed Sheeran faria.

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Em geral, “Shawn Mendes” cumpre muito bem o papel de dar uma nova versão ao cantor. É o álbum mais maduro dele até agora, tanto na parte das letras quanto na musical. As parcerias com Julia Michaels em “Nervous” e “Like To Be You” são algumas das partes mais fortes do disco. As influências claras encontradas em Michael Jackson e Justin Timberlake também são pontos altos do trabalho. Talvez ele pudesse ter encerrado com o ritmo um pouco mais acelerado, mais isso é questão de gosto. Nada mal para o terceiro projeto de um garoto de 19 anos que ainda tem muito mais a oferecer e crescer daqui pra frente.

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RESUMO DA RESENHA
"Shawn Mendes" - Shawn Mendes
Avatar de Giovana Romania
Música é uma das minhas coisas favoritas do mundo. Formada em Jornalismo, amante da cultura pop e little monster sofrida.
shawn-mendes-resenhaEm seu álbum homônimo, Shawn Mendes tenta se reintroduzir ao público, buscando e arriscando novos estilos e resgatando o que ele ofereceu de melhor no passado. Apostando no ritmo funk, Mendes se inspira em Justin Timberlake e Michael Jackson, além de contar com grandes parcerias - tanto em voz, quanto composição e produção - com John Mayer, Julia Michaels e Khalid.