Resenha: “Bluesman” – Baco Exu do Blues (2018)

Baco Exu do Blues

Na última sexta-feira (23), o Baco Exu do Blues lançou seu segundo álbum de estúdio chamado “Bluesman”. E é usando a essência do blues, como ele explica na faixa-título, que o rapper trabalha neste novo projeto.

Trazendo críticas sociais e músicas mais românticas, ele apresenta, mais uma vez, um excelente disco, se firmando no cenário do rap nacional.

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A primeira faixa, “Bluesman”, já dá o tom do que podemos esperar. Misturando uma boa batida com leves toques e o vocal alternando entre algo mais melódico e um rap forte. Nos primeiros versos ele fala sobre o blues e como ele e outras coisas só foram aceitas depois que pessoas brancas entraram. No final a mensagem fica mais intensa dando tom principal do dico: “Eles querem um preto com arma pra cima/Num clipe na favela gritando cocaína/Querem que nossa pele seja a pele do crime/Que Pantera Negra só seja um filme/Eu sou a porra do Mississipi em chama/Eles têm medo pra caralho de um próximo Obama”.

Com a participação de Tim Bernardes, “Queima Minha Pele” já tem um estilo mais romântico e com uma base instrumental mais bem tralhada, com belos toques de piano ao fundo. Ela toda tem um ritmo muito viciante, desde os versos quanto o refrão.

“Me Desculpa Jay Z” vem com a parceria de 1LUM3 e é outra excelente faixa deste novo projeto. Ele trata nela da inconsequência que está ligada à superficialidade que homens tratam as relações, e aí entra a figura do Jay Z na letra. Ela também entra na questão de não assumir sentimentos e o receio de compromissos sérios.

Começando com uma batucada, “Minotauro de Borges” retoma os versos de fortalecimento da população negra. Logo após o primeiro refrão há uma leve pausa e então o vocal retoma sendo cantado de maneira mais agressiva. É mais uma boa música e que contém muitas referências.

”Kanye West da Bahia” tem a participação de DKVPZ e Bibi Caetano. A música é quase que dividida em duas, na primeira parte sua batida é mais animada, com toques de instrumentos de sopro ao fundo, e a segunda mais densa com versos mais fortes.

Veja o filme lançado junto com “Bluesman”:

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Com Tuyo, a “Flamingo” chega com um tom mais sensual em sua batida e também na letra, é uma música mais leve e que fica bastante na cabeça. No final, ela ainda tem um solo de guitarra muito bom.

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Com batidas mais lentas, o toque de sedução continua em “Girassóis de Van Gogh”, a obra do artista é relembrada na música quando comparam a liberdade com a flor do pintor. E tanto no início quanto no final há a presença de um backing vocal que dá uma boa melhorada na música.

O discurso contra opressão volta em “Preto e Prata”. O ritmo nela acelera, assim como seu vocal que trabalha com versos bem rápidos e com mais potência, principalmente no refrão.

E encerrando o álbum aparece a “BB King”. Aqui o rapper já faz uma letra falando mais de si mesmo e destacando suas conquistas. “Cê entrou duas vezes pra história em dois anos/Só com 22 dois anos/Você rima como se fosse o BB King solando/Autoestima, eu te amo”

O “Bluesman” é um dos grandes lançamentos de 2018 e ele ainda consegue manter o alto nível de seu disco anterior “Esú”. Este novo disco ainda consegue mesclar bem tons de samba e R&B junto com seus grandes versos de rap.

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Ouça o disco pelo player do Spotify abaixo:

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"Bluesman" traz em seus versos fortes críticas sociais, com muitas referências em excelentes faixas. Misturando um pouco de R&B e até samba, Baco Exu do Blues apresenta também músicas românticas.Resenha: “Bluesman” – Baco Exu do Blues (2018)