No final de agosto, Eminem lançou, de surpresa, seu décimo álbum de estúdio chamado “Kamikaze”.
Menos de um ano depois do disco “Revival” vir a público, o rapper divulgou seu novo trabalho justamente para se defender das críticas e atacar nomes que estão em alta hoje em dia. E se um dos pontos negativos do último foi a falta de agressividade, neste não há esse problema.
“The Ringer” inicia com o som de uma batida e a fala do rapper com uma batida bem devagar Seus primeiros versos já deixam claro o tom que segue o novo trabalho “Só vou escrever meus primeiros pensamentos, ver até onde me levam, porque sinto que quero socar o mundo todo no meio da cara, agora”. A partir dos 3 minutos, podemos ouvir bem uma das principais características do artista: a sua alta velocidade para cantar
Em “Greatest” aparece um refrão mais forte e impactante, além de ter uma batida um pouco mais aguda do que a anterior. Ela também se diferencia por ter duas pausas grandes como se a música tivesse parado, separando os blocos de versos. Nela, ele se declara como o “melhor do mundo” e ainda satiriza que disse que o “Revival” não viralizou.
E se o tom agressivo já estava forte, em “Lucky You” aumenta um pouco com a parceria de Joyner Lucas. Os dois combinam bem o vocal, cantando forte e variando um pouco a velocidade. Aqui ele fala que apesar de ter ganhado Grammy’s precisou vender a alma para isso e volta a questionar explicitamente as críticas que sofreu com seu último álbum.
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Na sequência, há “Paul – Skit”, um pequeno recado para o rapper e uma boa sacada que tiveram. Paul Rosenberg fez a mesma colaboração no “The Eminem Show”, de 2002, e repete o formato agora. Na ligação, ele questiona se ele realmente acha que é uma boa ideia fazer um disco inteiro respondendo todo mundo que falou mal dele.
Em “Normal”, a batida e o vocal diminuem um pouco o ritmo. Ele também muda o tema aborda relacionamentos, reclamando de mulheres, falando de ex e chega até a falar de agressão doméstica.
“Em Calls Paul – Skit” é o retorno do rapper à primeira ligação. Ele diz que não vai responder a todas as pessoas, mas que andou lendo algumas críticas negativas. Enquanto isso o GPS do carro vai dizendo o caminho que ele tem que ir e, então , o rapper diz que acha que encontrou uma das pessoas que falou mal dele em um site.
“Stepping Stone” começa como uma mudança nas estações de rádio, é uma das melhores do disco pela sua batida e relembra bem o estilo do Eminem de antigamente. O refrão é cantado com vocal feminino e é mais puxado para o pop, o que sempre encaixa bem com o rapper.
Com Royce Da 5’9, ”Not Alike” já volta com a raiva maior que o artista vinha apresentando nas outras faixas. Para o final da canção, ele, mais uma vez, dá uma amostra de seu poder de cantar numa velocidade atingida por poucos e que sempre impressiona.
“Kamikaze” traz uma batida mais forte do que as anteriores e um refrão bem repetitivo. Aqui ele enfatiza tudo que conquistou durante seus anos na música e menospreza outros rappers com diversas indiretas durante a canção.
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Talvez uma das mais polêmicas do disco, “Fall” inclui uma grande resposta às críticas e também falas que não foram bem aceitas. Apesar de ter deixado de lado alguns termos machistas de antigamente, o rapper parece insistir em xingamentos homofóbicos e isso virou alvo de ataques, inclusive de famosos.
Na sequência, há duas faixas em parceria com Jessie Reyes que se complementam. “Nice Guy” tem uma batida extremamente lenta e, com exceção, do refrão o vocal segue o mesmo padrão. Já “Good Guy” acelera um pouco esse ritmo e mantém a história contada na letra, falando sobre um conturbado relacionamento.
“Venom” é uma música feita para o filme de mesmo nome, então já apresenta uma diferença para o restante. Ela é bem enérgica, tem um refrão muito bem trabalhado e versos rápidos.
Sem dúvidas, “Kamikaze” é um dos melhores trabalhos do Eminem. Feito como resposta a críticas, ele vai justamente onde é bom, que é essa agressividade na letra. Seu estilo neste disco é bem próximo do que ele fazia mais antigamente quando seu sucesso aumentou. A ideia de rebater e dar nomes a todos os rappers que o criticaram foi ótima para deixar as músicas mais interessantes e até criar uma curiosidade maior. E não que “Revival” tenha sido, de fato, ruim, mas esta reação trouxe de volta toda a atitude que consagrou o rapper. Veja também a resenha do último álbum feita pela Nação da Música aqui.
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