Resenha: “Pausa” – 5 a Seco (2019)

5 a seco
Reprodução

O 5 a Seco surpreendeu e liberou, nesta segunda-feira (05), seu quarto álbum de estúdio intitulado “Pausa” nas plataformas de streaming.

Ele vem após o grupo anunciar que pararia a carreira por um tempo indeterminado. E, como noticiamos, pelo Instagram eles explicaram que cada faixa conta um pouco de sua própria trajetória. “No repertório, onze canções inéditas: uma para cada ano da história e uma que sinaliza e aponta o futuro. É nosso presente pra vocês nestes dez anos, em gratidão a tanto carinho e tanta devoção. É nosso presente para nós mesmos: uma auto celebração coletiva deste encontro que transformou nossas vidas. Tomara que vocês gostem.”

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Com um violão lento e um vocal mais agudo, o disco começa com a faixa-título “Pausa”. Ela é mais lenta, bem melódica e passa uma tranquilidade ao ouvir. Seu refrão é ótimo, prende bastante e fala da necessidade da pausa.

Como Quero Demonstrar” tem um ritmo mais alegre e seu refrão conta com um backing vocal que suaviza ainda mais a canção. Um belo destaque desta é o conjunto de versos que vem no final, fugindo do padrão da música e acompanhado de um assobio ao fundo, aqui eles brincam tanto com a velocidade que cantam quanto com os tons, o que ficou ótimo.

Duas Jornadas” talvez seja uma das melhores do álbum. Sua melodia é bastante atraente e uma das principais marcas do 5 a Seco, sua excelente composição lírica é destaque nesta faixa também. Com frases bonitas, eles cantam sobre pessoas que tomam dois caminhos diferentes, ressaltando coisas boas e mantendo um bom sentimento. “Outra vez o amor venceu, vá, por nós, espalhar sua luz por outras estradas”.

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Já em “Vai Vendo”, a música fala sobre como a vida passou a ser depois que outra pessoa chegou nela. “E é tão bom assim, você pra mim e eu pra você”. Ela inicia um pouco mais lenta, mas no meio tem uma virada e o violão ao fundo acelera um pouco. É outra ótima faixa dentro deste álbum.

Com uma suavidade bem maior, vem na sequência “Vem Ver”. Ela é extremamente agradável, trazendo aqui um vocal um pouco mais grave do que nas anteriores. Nela, diferentemente das outras, os versos são compostos por mais jogos de palavras, o que fica bem interessante.

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Outra que tem uma composição maravilhosa é “Coisas Dentro das Coisas”. Construíram a letra para que, nos versos, a última palavra da primeira frase tenha continuidade na seguinte, fazendo uma brincadeira bem atraente. Como por exemplo: “Era um amor desmedido / Medido pela velocidade de um ciclone / Clone de um outro amor não vivido / Ido onde a gente vivia em sossego / Cego”. Seu refrão é um dos mais cativantes nesta nova produção, o que torna a faixa ainda melhor.

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Em “Interior”, o grupo canta sobre a vida no interior, descrevendo tudo que passa, sobre a ótica de quem vive ali. Como bem observou Ana Caetano, do duo Anavitória, em seu Twitter, ela funciona muito como uma resposta a “Lamento Sertanejo”, do Gilberto Gil, o que torna a criação ainda mais brilhante.  Comparando as duas músicas, podemos ver a relação que o grupo fez e no começo já há a semelhança com o cantor dizendo “Por ser de lá” e a banda “Por ser daqui”. Sem dúvida, uma excelente canção.

Outro Big Bang” é mais uma que traz uma bela letra falando de, como o nome diz, outro big bang, que seria formado quando um olhar encontra o outro, como percebemos no final. O tempo todo descreve sobre essa nova explosão e seu ritmo pouco muda, sendo bem agradável.

Começando de maneira mais lenta, “Centro” é uma faixa que traz uma calmaria maior dentro do álbum, falando bastante sobre emoções como nos versos “Vezes demais falhei / Silêncios desatam nós / Momentos que chorei”.

Invenção” vem na sequência e ela trabalha com um violão bem tranquilo ao fundo. Ela trata aqui sobre o amor, mas ele sendo uma invenção, falando, inclusive, que as pessoas confundem o sentimento. “Que a gente confunde / E acha que o amor é um evento /Acontece que o amor é um invento”. Ela é mais uma faixa incrível e com uma composição digna do grupo.

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O disco não poderia acabar de uma maneira melhor, “O Fio e a Teia” encerra o trabalho com chave de ouro, apesar de ser uma canção curta. Uma das partes mais interessantes é quando cantam que a teia de transmissão de amor fica cada vez maior e, com várias vozes, eles passam essa impressão de crescimento.

“Pausa” é um álbum maravilhoso, composto por 11 ótimas faixas, recheadas de letras muito bem-feitas, metáforas, jogos de palavras e trabalhando sentimentos de um jeito que só o 5 a Seco faz. Se os fãs da banda estavam tristes com o hiato do grupo, pelo menos este disco foi uma despedida à altura de toda a carreira que eles trilharam até aqui.

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Com 11 faixas, "Pausa" consegue fazer uma bela síntese da década de carreira do 5 a Seco. O disco é recheado de ótimas músicas e destaca-se a excelente composição lírica, algo marcante da banda.Resenha: “Pausa” – 5 a Seco (2019)