Bebe Rexha contagia público do The Town com viagem por sua carreira

Primeira atração internacional do Palco Skyline na noite deste domingo (03), Bebe Rexha talvez não tenha sido à primeira vista um dos nomes que mais chamaram a atenção no line-up do segundo dia do The Town – especialmente por anteceder o show de Bruno Mars. Mas a cantora norte-americana revelou ser uma agradável surpresa no festival.

Introduzida por um intenso jogo de luzes roxo e azul, Bebe Rexha foi recebida de prontidão pelo público brasileiro com o coro em peso do público no “uh hu” da letra de “Me, Myself & I”, que abriu sua setlist. “Olá, São Paulo! É muito bom estar de volta!”, disse a cantora referindo-se à sua apresentação no Rock in Rio do ano passado.

Chamando a atenção do público pela roupa mais provocante que vestia e lhe dava um ar de certo modo “vampiresco”, Bebe soube adaptar sua estética para a seguinte “I’m A Mess”, que foi marcada por pesados acordes de guitarra, distorções e um intenso solo, ao passo que fluiu naturalmente para o dance e eletrônico que marcaram as performances de “Call on Me” e “Sacrifice”.

Apesar do autotune ter marcado o show de Bebe do início ao fim, nem por isso a artista deixou de impressionar com sua potência vocal, como evidenciada numa de suas músicas favoritas e de maior sucesso, “I Got You”, que como teve como clímax a aparição inesperada de Luísa Sonza, incentivando ainda mais que parte do público cantasse versão feita pela banda A Favorita em 2017, “Só da Tu”.

Demonstrando uma atenção especial para com os fãs brasileiros, após “Say My Name”, a cantora chamou o mesmo fã que ficou marcado por ter subido em seu show no palco do Rock in Rio, além de outros dois homens para realizar um desafio de dança na frente de todo o Palco Skyline ao som de “Hey Mama”; abrindo espaço na sequência para outras três garotas, que tiveram como seu veredito o meme que viralizou da cantora em 2017 dizendo “SLAY… SLAYYY” enquanto se maquiava.

Contagiando o público com o ritmo dançante dos hits “Heart Wants What It Wants” e “No Broken Hearts”, Bebe Rexha pediu licença ao público para desacelerar um pouco o compasso, trazendo uma versão acústica, e nem por isso menos intensa, do primeiro single de sua carreira “I’m Gonna Show You Crazy”, mantendo ainda a energia em “Meant To Be”, dedicada especialmente aos fãs brasileiros: ”Toda vez que eu venho ao Brasil, me impressiono por ver fãs tão apaixonados. Então essa é pra vocês, obrigada!”, disse ela.

Próximo de terminar sua apresentação, o ato final do show de Bebe Rexha exaltou as parcerias de sua carreira, desde a recentemente lançada “One In A Million” e o embalo gerado pelo sample de “When Love Takes Over”, de David Guetta e Kelly Rowland, até as mais antigas “Take Me Home” e “In The Name Of Love”, parcerias feitas respectivamente com Cash Cash e Martin Garrix.

Diante do clima de nostalgia imposto ao público e as expectativas para o encerramento do show, Bebe Rexha pediu para que todos contassem 30 segundos enquanto deixava o palco, que também se escurecia, reaparecendo ao lado da plateia enquanto a introdução de “I’m Good (Blue)” contagiava todos os presentes no Palco Skyline, que se exaltaram ainda mais com a artista segurando a bandeira do Brasil e, em seguida, a da comunidade LGBTQIAP+.

O ânimo do público era tanto que Bebe Rexha teve um retorno positivo imediatamente após perguntar se gostariam de um bis da música, agora com ela em cima do palco (e sob a condição de que guardassem os celulares para evitar o incidente que viveu em junho). Assim, a cantora ressaltou a mensagem de que grandes festivais como o The Town devem sempre reservar um espaço no line-up para divas pop.

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