O penúltimo dia de Rock in Rio ficou lotado para ver grandes nomes da música. Veja quais foram os destaques de cada show no Palco Mundo neste sábado (23).
Titãs
O grupo fincou a bandeira brasileira no Palco Mundo neste sábado. Com uma setlist que variava entre hits e canções novas, a banda fez uma apresentação animada. “Sonífera Ilha” e “Homem Primata” injetaram uma energia nostálgica nos presentes, que cantavam e mexiam seus corpos ao som dos brasileiros. Sim, os presentes mais que aproveitaram este primeiro show do Mundo e gritaram algumas vezes o nome da banda. Além dos clássicos, os Titãs aproveitaram também novas canções como a “Me Estuprem”, que fala sobre assédio e “12 Flores Amarelas”, definida como um “feitiço de morte”. “Epitáfio” sem dúvida foi um dos momentos mais bonitos da apresentação e nos vocais, Sérgio Britto, antes de começar a cantá-la, pediu que aquela fosse uma “oração em prol da paz”. O público abraçou a banda, que ainda tocou “Polícia” e a grande “Vossa Excelência”, que fechou a apresentação.
Incubus
Os norte-americanos do Incubus fizeram um show morno, com um público que só se revelava nas transições das músicas. “Ana Molly”, música do álbum “Light Grenades” foi exceção ainda que o público tenha acompanhado de forma tímida. “Wish You Were Here”, um cover de Pink Floyd foi bem recepcionada e um dos pontos altos do show, onde a voz dos presentes se juntaram em coro. Não houve muita interação com a plateia e a setlist pareceu curta, contendo também faixas como “Nimble Bastard” e “No Fun”, de seu mais recente álbum “8”, além de “Drive” e “Circles”. “Warning” foi a última canção da apresentação, terminada com palmas ansiosas pelos próximos shows da platéia.
The Who
Um dos nomes mais aguardados da noite e desta edição de 2017, The Who vem pela primeira vez a terras latinas após mais de cinquenta anos de carreira. Enquanto muitos pareciam animados e assim permaneceram durante a apresentação, a maior parte do público se ateve mais a observar, manifestando-se com palmas e gritos nos intervalos entre as canções. O grupo apresentou clássicos como “My Generation”, escrita antes de algumas pessoas do público sequer terem nascido, conforme apontou Roger Daltrey. “Behind Blue Eyes” foi outro momento de destaque, onde os presentes cantaram com afinco. “Love Ain’t For Keeping” e “Sparks” foram outras canções que compuseram a setlist do show histórico. Com a promessa de que o público voltaria para casa “em pedaços”, o The Who chegou até a passar de seu horário de término – não que os fãs estivessem reclamando. “Baba ‘O Riley” e “Won’t Get Fooled Again” fecham o show energético e cheio de disposição dos já setentões Daltrey e Pete Townshend, deixando um público – onde até tinha Chad Smith do RHCP – satisfeito.
Guns N’ Roses
Com um minutos perdoáveis de atraso, Guns N’ Roses subiu ao Palco Mundo para mais outro momento histórico da noite. Após quatro anos do último Rock in Rio, a banda foi recebida ovacionada por um público de idade diversa. “It’s So Easy” foi a primeira faixa do setlist e colocou logo a plateia para cantar, como em “Welcome To The Jungle”, um dos principais sucessos do grupo. Houveram deslizes vocais de Axl e até erros nos solos do Slash? Sim. A disposição não é mais a mesma de anos atrás? Obviamente. Contudo a maior parte dos presentes parecia extasiada demais com aquele acontecimento e não deu tanta importância a isso (embora comentassem). Com um show longo e mais de vinte e cinco músicas, o Guns procurou fazer o ingresso valer e ainda tocou versões de músicas do The Who (que mais cedo tinha comentado da amizade entre eles), AC/DC, Bob Dylan e até uma pequena homenagem a Chris Cornell. “Sweet Child O’ Mine” e “Patience” foram outros momentos de grande emoção para o público, que permaneceu fiel (pelo menos a grande maioria) assistindo até depois das quatro da manhã.
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