Rock in Rio: O melhor e o pior da edição de 2017

Alice Cooper
Foto: Diego Padilha – I Hate Flash / Rock in Rio – Divulgação.

Após sete dias de muito show e atrações diversas na nova Cidade do Rock, resolvemos fazer um balanço do Rock in Rio 2017 a partir de nossas experiências. Afinal, o que funcionou e o que ficou a desejar?

No geral, o transporte público foi uma das coisas que deixou a desejar. Para chegar e sair do festival, foi indicado que a pessoa utilizasse o BRT, acrescentando a integração do metrô quando necessário. Quem precisava ir de BRT até o terminal Alvorada, por exemplo, não teve muita sorte. Na edição de 2015, uma plataforma especial, separada de onde o restante da população seguia com sua vida, foi criada no terminal e nele o público pegava linhas especiais para o evento, disponibilizadas com bastante frequência. Neste ano, não houve tal plataforma e o terminal facilmente ficava com uma mobilidade ruim. Além do mais, as linhas especiais passavam apenas a partir das 14 horas, o que foi uma contradição da própria orientação do evento, que pedia que todos chegassem cedo. Quem quis se aventurar a seguir a sugestão teve que enfrentar ônibus lotados, com pessoas que sequer iriam ao Rock in Rio, ou seja, transtorno para ambos. A volta também poderia ter sido melhor e o problema começava no acesso ao terminal Centro Olímpico, por onde as pessoas deveriam subir escadas estreitas e que lentificaram bastante a ida para casa.

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Localizada onde aconteceram alguns dos jogos das Olimpíadas de 2016, a nova Cidade do Rock tinha o dobro do espaço e comportou muito mais atrações inéditas e bem legais, como por exemplo a Digital Stage que trouxe humoristas como Maurício Meirelles e o grupo Barbixas, e a Game XP, que tinha a super tela, simulador, brinquedos de obstáculos, entre outras coisas.

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Foto: Wesley Allen – I Hate Flash / Rock in Rio – Divulgação.

Contudo, levando em consideração que nem todo mundo consegue ir a mais de um dia, a nova Cidade do Rock peca em termos de aproveitamento para o público. Uma vez dentro do local às 14 horas, a pessoa apenas tinha uma hora em média antes do início das apresentações no Palco Sunset. Considerando que as diferentes atrações eram mais distantes uma das outras, o que já deixava o público cansado, e que aqueles que quisessem aproveitar e curtir algum brinquedo perdiam um tempo na fila (sem garantia de conseguir horário disponível), tentar aproveitar tudo era missão impossível. O que é bem triste, visto que, como dito acima, tinha muita coisa legal acontecendo pela Cidade do Rock. Abrir os portões mais cedo poderia ajudar.

Nesta edição, o agendamento de brinquedos foi realizado de maneira presencial, pela pulseira/ingresso da pessoa, diferente de 2015, onde utilizou-se um aplicativo de celular como opção ao presencial. Como resultado, foi comum ver filas imensas na frente dos brinquedos e os horários disponíveis iam embora feito água. Além disso, podia acontecer de você não entrar no brinquedo exatamente no horário agendado, o que pode ter atrapalhado a programação já apertada do público. Voltar com o aplicativo em 2019 pode ser uma boa pedida.

Por falar em aplicativo de celular, a edição de 2017 contou com um aplicativo que fez um bom trabalho em centralizar as informações do evento, disponibilizando-as na palma de nossas mãos. Sem ocupar muito espaço no aparelho, quem foi a mais de um dia de evento, especialmente, tinha um recurso potente para ajudar na organização, contendo horário e localização de todas as atrações. Porque não incrementá-lo e utilizá-lo para agendar os brinquedos?

Tyler Bryant and the Shakedown
Foto: Alex Woloch – I Hate Flash / Rock in Rio – Divulgação.

O Palco Sunset do Rock in Rio se destacou com apresentações que surpreenderam e até ofuscaram algumas do Palco Mundo, se formos comparar. Alice Cooper convida Arthur Brown, Tyler Bryant & The Shakedown e CeeLo Green convida IZA foram apenas alguns dos destaques. Além disso, o Sunset trouxe atrações bem interessante de outros paises além dos Estados Unidos, como Titica da Angola e os artistas HMB, Virgul e Carlão de Portugal. Os artistas brasileiros encontraram no Palco Sunset um espaço e proporcionaram ao público momentos especiais como as apresentações O Grande Encontro convida Banda de Pífanos Zé do Estado e o Grupo Grial de Dança, Baiana System, Rael convida Elza Soares, Ego Kill Talent, Blitz convida Alice Caymmi e Davi Moraes, entre outros.

Quanto ao Palco Mundo, bem, já é sabido desde a divulgação do line-up que o público não ficou tão empolgado assim com as atrações que seriam as principais do evento. De fato, alguns nomes não foram novidades e entre estes, alguns decepcionaram. Todavia shows inéditos no evento como Aerosmith, Shawn Mendes e Fergie agradaram o público. Até entre os “repetidos”, boas apresentações foram feitas como Alicia Keys no primeiro final de semana e Red Hot Chili Peppers e The Offspring (primeira vez no Palco Mundo) no segundo. Além disso foi bacana que cada noite do Palco Mundo era aberta com uma atração brasileira.

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Confira nossos resumos de cada dia de festival e as setlists dos shows!

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