A segunda edição do festival Summer Breeze Brasil, originado na Alemanha, mostrou que veio para ficar. Realizado de 26 a 28 de abril no Memorial da América Latina, em São Paulo, o evento este ano apresentou – além de belos shows em cima dos palcos – uma organização exemplar.
No quesito de ótima experiência do público, um importantíssimo fator foi a localização do festival. O Memorial da América Latina, situado na região central da capital paulista e encostado na estação de metrô Barra Funda, agregou facilidade e economizou tempo na locomoção do público, diferente de outros festivais que normalmente acontecem no Autódromo de Interlagos, região sul da cidade.
A disposição dos palcos do Summer Breeze Brasil também foi muito bem pensada: o som de um não interferia no do outro, pois foram muito bem distribuídos por todo o espaço do Memorial, incluindo um bem em frente ao Auditório Simón Bolívar. Já a qualidade sonora, que na edição de 2023 foi bastante criticada por causa do excesso de volume alto, foi arrumada neste ano e agradou aos ouvidos do público, que estava preparado para receber decibéis em cima de decibéis.
O conforto também predominou nesta edição. A estrutura do Memorial ajudou na locomoção das pessoas entre os palcos, os banheiros não eram os famosos e desagradáveis “banheiros químicos” e a variedade de comidas era farta, com muitas opções de food trucks. Também não havia filas, nem para pegar cerveja – e olha que o publico de heavy metal é conhecido por enxugar uma boa breja. O único porém ficou por conta dos preços dos alimentos, que desagradou o bolso dos presentes.
Mais um ponto positivo foi a grade de horários dos shows. Além de poucas atrações de peso coincidirem, possibilitando a todos assistirem a maioria dos shows, os mesmos acabavam por volta das 22h em cada dia, possibilitando que os fãs voltassem tranquilamente para casa.
Line-up
Das atrações, divididas nos três dias, todas as vertentes da música pesada foram representadas: do hard rock de Mr. Big e Sebastian Bach ao thrash metal de Anthrax e Overkill, do metal moderno e gótico de Within Temptation e Epica ao rap metal do Biohazard, e do extremo do Carcass ao metal core do Killswitch Engage.
Os destaques ficaram para o show teatral de Mercyful Fate, liderado pelo icônico King Diamond, que encerrou o festival, e para a presença ilustre de Gene Simmons na sexta-feira, que, sem sua maquiagem e desacompanhado de integrantes do Kiss, despejou hits de sua conhecida banda ao lado de seu grupo solo.
Os brasileiros também representaram muito bem o metal nacional. Angra, Ratos de Porão, Korzus, Nervosa e Dr. Sin fizeram shows memoráveis. Até Andreas Kisser, guitarrista do Sepultura, deu às caras ao tocar uma música com o Anthrax.
Que a próxima edição do Summer Breeze Brasil, confirmada para acontecer nos dias 3 e 4 de maio de 2005, continue com essa excelência de organização. Os headbangers agradecem.
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