Em primeira mão para a Nação da Música, nesta terça-feira (12), a cantora Giu Meneguini divulgou o videoclipe oficial do novo single “Tacar o Terror”. O trabalho aborda a temática social do não pertencimento de pessoas da comunidade LGBTQIAPN+ em contextos machistas, sexistas, patriarcais, moralistas e preconceituosos.
“Eu precisava fazer uma música que fosse gostosa de dançar, que pudesse ser tocada numa balada e nas festas de família. A comunidade LGBTQIAPN+ brasileira ainda sofre com taxas altíssimas de homicídio em pleno 2024. Além de me juntar na luta contra a homofobia, ‘Tacar o Terror’ também é sobre combater machismo, gordofobia, racismo, discursos de ódio e fazer uma revolução pelo amor”, conta Giu sobre a música.
No clipe de “Tacar o Terror”, Giu dá vida a uma garçonete de um bar na periferia frequentado majoritariamente por homens hétero cisgênero. A personagem sofre vários ataques machistas, o que a deixa constrangida. Em determinado momento, um dos homens passa a mão em seu corpo sem a devida permissão. A garçonete tem uma reação intempestiva, expulsa os homens misóginos deste bar e abre espaço para mulheres e pessoas da comunidade LGBTQIAPN+ poderem frequentar o mesmo lugar e serem quem são, mas de forma segura.
“Toda a estética do videoclipe é voltada para representar, de maneira eficaz, como seria um bar brasileiro numa periferia. Então a ideia é incorporar referências de filmes nacionais como ‘Amarelo Manga’”, explica o diretor Pietro Godinho que, assim como Giu Meneguini, nasceu em São Roque e já sofreu ataques homofóbicos em casas noturnas de sua cidade.
Godinho também comenta que, para além do trabalho visual em “Tacar o Terror”, a narrativa é reflexo de tristes episódios vividos por ele longe das metrópoles. “Nas cidades pequenas, hoje em dia, discutimos muito sobre empoderamento feminino e da comunidade LGBTQIAPN+. Mas tudo ainda no âmbito muito virtual. Pertencer à comunidade queer e morar no interior significa crescer com poucos amigos, quase nenhum lugar para frequentar e lidar com o preconceito de pessoas conservadoras”, revela.
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