Entrevistamos Badauí, do CPM 22, sobre o novo álbum “Enfrente”

CPM 22 Entrente
Créditos: Leo Muniz

Quando o CPM 22 lançou o disco “Suor e Sacrifício”, em 2017, sem saber, estavam marcando o encerramento de um capítulo em sua história. Isso porque, de lá pra cá, a banda passou por mudanças na formação e passou pelas dificuldades pessoais e profissionais geradas pela pandemia.

Conseguir enfrentar este período e seguir em frente para retomar o “antigo normal” simboliza um ato de resistência. Todo este contexto inspirou “Enfrente” (não à toa com o duplo sentido no título), oitavo álbum de estúdio do CPM 22 que foi lançado oficialmente no começo de maio. Além de quebrar o hiato de quase 7 anos da banda de hardcore, o disco ainda marca a chegada de Ali Zaher e Daniel Siqueira como novos membros do grupo.

- ANUNCIE AQUI -

A Nação da Música conversou com Badauí, vocalista do CPM 22, sobre os bastidores e processo de produção de “Enfrente”, desde referências musicais e histórias por trás de algumas faixas, até a escolha de “Mágoas Passadas” para lead single (acompanhado por um clipe) junto de “Dono da Verdade”, que terá seu clipe oficial lançado nesta sexta-feira (17).

Entrevista por Natália Barão
————————————– Leia a entrevista na íntegra:
Oi, Badauí! Como estamos nessa tarde mais fresquinha em São Paulo (graças a Deus)?
Badauí: E aí, Natália! Tudo bem por aqui, e o tempo ainda tá do jeito que eu gosto.

- ANUNCIE AQUI -

Nossa, que bênção! Nem sei há quanto tempo eu não uso uma calça.
Badauí: É bom, eu prefiro assim também.

Eu também. Estava quente demais, né? E em maio, daqui a pouco junho, e esse verão interminável!
Badauí: Nossa, tá louco, eu não aguento mais! 

Eu também não! Mas bora falar de música?
Badauí: Vamo!

Bem, agora no começo de maio, o CPM lançou o novo álbum “Enfrente”, e desde o ano passado você estava super ansioso promovendo esse disco, avisando no Twitter sobre as gravações, a finalização e tudo mais. Agora que ele foi oficialmente lançado, qual é a sua sensação?
Badauí: A melhor possível, a galera tá curtindo demais! Eu já tava adorando muito na demo ainda, escolhendo os timbres, vendo o disco tomar forma, e agora ver a galera pirando no disco. Tá realmente uma fase incrível. Eu tava com muita vontade de lançar um disco com essa sonoridade, e ver ele ser recebido dessa forma, sabe? Tá tudo bem no lugar.

- PUBLICIDADE -

E foi essa ansiedade toda pro lançamento talvez um dos motivos dos singles terem sido lançados duplamente (primeiro “Mágoas Passadas” e “Dono da Verdade”, e depois “Alívio Imediato” e “Covarde Digital”)?
Badauí: Isso a gente meio que entrou em comum acordo com a Ditto, que gosta de trabalhar dessa forma, as playlists também curtem que as bandas façam isso; é uma nova forma de lançamento de música que eu não me oponho, achei legal. Eu tava ansioso pra lançar o disco inteiro mesmo, mas no final das contas, dos primeiros singles até o lançamento do disco, foi coisa de um mês e pouco. Então, na verdade, muita gente não tinha ouvido ou digerido ainda. Eu queria que tivesse o impacto de ouvir inteiro o disco novo da banda, que é uma unidade; as músicas formaram um álbum mesmo e conversam entre si. Sair o disco inteiro foi realmente um alívio pra mim, sabe? Eu sou muito ansioso já naturalmente (risos), tava muito a fim de lançar esse disco.

Esse é o primeiro disco de vocês desde “Suor e Sacrifício”, de 2017, apesar de terem tido uns singles nesse meio tempo, né?
Badauí: É, e esse é o primeiro disco com essa formação depois daqueles singles que a gente lançou de forma aleatória e mais atual. Agora vem um disco como obra mesmo, feito para soar dessa forma, com um sentimento pós-pandemia muito forte e ainda muito presente; mas é um disco muito positivo, muito otimista, que faz as pessoas refletirem sobre o que está sendo falado. Não é um disco de apontar o dedo; é meio que uma lamentação com esperança, que trata de coisas inevitáveis de serem faladas.

- ANUNCIE AQUI -

Como você comentou, esse é o primeiro disco do CPM com a formação nova, com o Ali Zaher e o Daniel Siqueira. Eu queria saber como foi trabalhar com eles nesse processo de gravação.
Badauí: Ah, pro Daniel foi muita diferença, né? Pro Ali também, porque quando eles entraram a gente logo lançou aqueles singles, mas foi meio em cima da hora, a gente não tinha entrosamento pra fazer eles criarem as linhas deles com calma. Por mais que a gente tivesse ansioso pra lançar o disco, também não botamos um prazo irrecusável, que não podia ser ultrapassado. A gente falou “vamos planejar lançar no fim do ano; se não der, lança no começo do ano e tá tudo certo”, e foi o que aconteceu. Então as músicas foram sendo lapidadas com calma; o Daniel pôde criar as linhas dele do jeito que ele quis, o Ali também, que ainda produziu o disco, já estando muito íntimo das músicas. Então, o resultado realmente é surpreendente.

A galera não tava esperando um baixo tão presente, uma bateria muito técnica e com muitas viradas, umas convenções e contratempos, que são as coisas bem diferentes que o Daniel faz. Isso tá muito latente no disco, você consegue enxergar quando é o Phil que tá fazendo alguma coisa, quem tá cantando, e isso é muito legal. Agora temos quatro membros que cantam, o que faz muita diferença, porque conseguimos executar os backing vocals do disco ao vivo. Tá sendo um desafio legal, as músicas estão bem preenchidas ao vivo, e a tendência é que a turnê seja bem legal também.

Com certeza! A era “Enfrente” começou com o lançamento de “Mágoas Passadas”, que também ganhou um clipe gravado lá no Velhão, na Serra da Cantareira – inclusive pertíssimo da minha casa – e que foi dirigido pelo Rodrigo Giannetto, que já trabalhou com vocês anteriormente. Por que essa faixa foi escolhida para ser o primeiro single, com o clipe também, e como rolou a escolha da locação?
Badauí: Ah, porque a música é muito forte, né? Ela é um contraponto também de “Dono da Verdade”, que foram lançadas no mesmo dia. É uma música mais CPM antigo, só que com uma cara um pouco mais madura. É uma das poucas músicas de relacionamento no disco e “Dono da verdade” a letra é mais paulada, mais rua. Desde que eu ouvi “Mágoas Passadas” na demo eu achei essa música muito forte, muito de verdade, então foi por isso que ela foi escolhida. Agora a gente vai soltar o clipe de “Dono da Verdade” nessa sexta-feira, 17, que fizemos num casarão lá no Centro também com o Rodrigo Giannetto; foram os dois clipes na mesma semana. 

Ah, que massa! E tem algum spoiler? É parecido com o de “Mágoas Passadas”?
Badauí: Não, não é parecido. Só que a locação é bem louca também (risos), mas não tem nada a ver uma com a outra; a estética é outra, mas é mais banda mesmo. A gente não tinha muito tempo de fazer roteiro, história, botar atores e tal. De repente, mais pra frente, com calma, agora que lançou o disco, tentamos fazer um clipe mais elaborado, com atores… vamos ver, porque é tudo muito custo. Hoje as pessoas nem assistem muito clipe, né, mas vamos ver, de repente a gente faz algo mais cinematográfico (risos).

- ANUNCIE AQUI -

Eu acho que tem que fazer mesmo! Eu adoro clipe, minha vida foi assistir MTV, TVZ, Mix TV…
Badauí: Clipe é legal, né? Eu adoro clipe!

Eu adoro! Adoro inclusive o clipe de “Um Minuto Para O Fim do Mundo”.
Badauí: É legal! A gente sempre se envolveu muito nessa parte também. Eu gosto muito de me envolver em tudo que envolve a parte artística da banda. Claro, deixo na mão do diretor, as locações que você perguntou, foi ele que escolheu. Você contrata um cara que é bom, deixa ele trabalhar, sabe? Também tem que ter o mérito dele ali, o que ele quer da música. O Rodrigo já trabalhou com a gente muitas vezes, é um cara muito presente nas nossas vidas, já sabe nossa identidade, então não tem erro.

- ANUNCIE AQUI -

Isso facilita ainda mais, né? Ainda sobre “Mágoas Passadas”, uma coisa que me chamou a atenção foi que essa faixa teve o uso de sintetizadores – que não sei se já tinha sido usado no som de vocês antes – e que, pensando na cena punk, tá mais presente no pós-punk do que no hardcore, que é o som do CPM. O que você achou de trabalhar com esse instrumento?
Badauí: O Social Distortion usa, The Clash já usou, Rancid usa bastante. Sintetizador é teclado mesmo, né, com os efeitos ali. Acho que combinou com a música, deu um clima a mais. Mas é uma cerejinha do bolo ali, não é algo que vai mudar a essência da música, sabe? Têm outras músicas que têm também além de “Mágoas Passadas”; músicas rápidas tipo “Urbano” tem bastante teclado. Eu gosto.

Eu adoro sintetizadores, sou muito fã da cena synthpop dos anos 80.
Badauí: É, mas é uma coisa sutil, não tão presente assim.

- ANUNCIE AQUI -

É, porque é totalmente diferente o synthpop do punk hardcore. Mas eu acho um instrumento legal de se usar.
Badauí: Traz um sentimento a mais, né?

Sim! Sobre sonoridade também, eu vi que esse álbum teve muitas influências do Face to Face, Green Day do Pennywise, mas ao mesmo tempo eu vi no release que a faixa “Porto Seguro” veio de um country blues feito pelo Luciano. Queria saber melhor como foram essas influências pro “Enfrente” e também se você tem ouvido alguma banda nova ultimamente (seja do rock, do punk ou de outro gênero).
Badauí: Ah, tem muita coisa que eu escuto e que está presente ali. Não que pareça alguma coisa, mas dá pra ver essas referências em Bad Religion, Pennywise, Sick Of It All, NOFX… você vê umas coisas assim de bandas punk mesmo, hardcore. Tenho ouvido muito Booze & Glory, que é uma banda que eu gosto bastante de Londres. No disco, “Urbano” é uma música bem sing along, com bastante gente cantando, que é um tipo de influência já usado antes, mais street punk com letras de bar. Letras de bar, sobre cerveja e amizade. Tem bastante influências diferentes aí dentro do mesmo contexto.

- ANUNCIE AQUI -

Era até a minha próxima pergunta: você falou de letra de bar, essas coisas, e eu achei muito interessante que “Urbano” fecha o disco e termina com o barulho daquelas portas de metal que baixam dos bares. Eu achei que isso casa muito, até com a própria capa do disco que mostra a Avenida Sumaré (e que a arte é lindíssima!).
Badauí: Esse tipo de sample que a gente põe no disco é muito dos anos 90, botar, sei lá, uma garrafa quebrando. Ali é legal porque é a última música do disco, fechando o disco ali com a porta. A letra fala que as pessoas não se veem mais, porque a vida na cidade grande tá muito corrida, você marca bar e aí o pessoal não vai, não te avisa e depois o cara te chuta do bar e a porta fecha. Cria um contexto visual na sua mente, você consegue imaginar a cena e isso é muito legal numa música. Eu pretendo fazer um clipe dessa música dentro do meu bar mesmo, vai ser bem legal!

Ai que tudo! Você estava falando sobre visualizar e eu já estava pensando “olha aí, já é uma ideia para um próximo clipe”!
Badauí: A letra já vem pronta, né? Dá pra gente pirar nisso daí!

- PUBLICIDADE -

Essa música também tem os vocais do Fernando Lamb, que é da banda punk Não Há Mais Volta. Como rolou esse convite para ele participar da faixa?
Badauí: O Lamb já era meu camarada de muitos anos, um dos meus melhores amigos. Vou encontrar ele daqui a pouco pra ir pro jogo do Corinthians (riso), eu sou padrinho da filha dele. O Ricardo Galano, que toca com ele no Não Há Mais Volta, já fez músicas com a gente, inclusive, “Dias Atrás”. O cara é amigo de muito tempo, compôs várias músicas comigo. É uma banda muito parceira, o baterista fez a capa do disco, então tá tudo ali meio em família. Eu queria fazer esse vocal duplo com uma voz mais rouca e a dele casou direitinho pra fazer aquelas estrofes junto comigo.

Bem massa! E, apesar de “Enfrente” ser um álbum marcado por letras que trazem uma mensagem positiva, como você já comentou antes, também têm outras músicas, como “Dono da Verdade” e “Covarde Digital”, que criticam justamente esse ódio propagado nas redes sociais e que, pra mim pelo menos, se encaixam tanto na época da pandemia – quando eu disse começou a ser produzido – que tinham muitos “donos da verdade”, pensando em questões referentes à saúde pública; quanto agora mesmo nessa situação que está acontecendo no Rio Grande do Sul, que têm os extremos das pessoas “não é hora de apontar culpados” e “isso é culpa do show da Madonna no Rio de Janeiro”.
Badauí: É a narrativa do ódio, né? De ignorar o campo das ideias e dos argumentos, e simplesmente mandar tomar no cu uma pessoa que você não concorda ou nem ouviu o argumento. Essa banalização da discussão só tem gerado ódio, desunião e um atraso como crescimento da sociedade. “Dono da Verdade” eu nem pensei em internet; na verdade foi na pessoa que só fala de si mesma e que tem um pouco disso de ser dona da verdade, como o próprio nome já diz. Mas pode ser na rua também, que foi como eu imaginei a situação da letra, não só na internet; mas claro que combina também. Agora “Covarde Digital” sim é pro hater mesmo, aquele que quando acorda já abre o computador e sai xingando para tudo que é lado. O cara não fez nada na vida dele nem na sociedade pra somar; já acordou descarregando merda. Esse daí para mim é um ser humano desprezível, que só atrapalha, não serve pra nada. Tem também “O Ano em que a Terra Parou”, que fala claramente sobre o momento pandêmico e todas as negligências e lamentações. Essa música eu fiz na pandemia, que é quando era pra ser lançada. Eu até mudei o tempo verbal do refrão de “já pensou quando voltar” pra “como é bom poder voltar”, mas faz sentido do mesmo jeito agora.

Pensando no ambiente de ódio digital, como você enxerga o papel da música?
Badauí: Eu acho que a música já teve muito mais influência na vida das pessoas, sabe? Hoje em dia eu vejo que pra esse tipo de gente, que já atingiu um nível de ignorância e que sente ódio de verdade sobre tudo e todos, é quase impossível filtrar a mentalidade. Isso vale por ser bitolado por causa de alguma religião, ou por causa de uma teoria da conspiração, uma forma até meio alucinada de pensamento. Essas pessoas acham que a música não faz diferença nenhuma; na verdade, acho que elas nem ouvem música mais, já estão mortas por dentro. Agora, as pessoas que ainda têm dúvida, que têm minimamente um senso de mudança ou de melhoria do convívio, se, de repente, uma música pegar no momento certo, pode fazer com que elas reflitam e façam alguma diferença. Não que eu seja dono da razão, o erro faz parte da evolução; o que não faz é o ódio, a ignorância e usar a verdade como sua.

Sim, justamente não ser um “dono da verdade”, né? (risos).
Badauí: Isso aí (risos).

Mudando de faixa, eu vi que “Alívio Imediato” foi composta pelo Luciano, a princípio achando que era uma música sobre ele, mas que, quando ele te mostrou e você falou “nossa, isso sou eu”, virou sobre você. Como essa letra te descreve?
Badauí: Ah, uma pessoa ansiosa, com a memória comprometida (risos) – eu tô brincando. Eu quero resolver tudo numa semana ou às vezes fico adiando pra depois sair correndo, deixo a Taís, minha assessora, muito louca aqui (risos) Parece muito com alguns aspectos da minha rotina desorganizada, eu não sou um cara nada metódico. Eu nunca consigo chegar pontualmente numa reunião.

Eu também não! Eu sou uma mulher atrasada, eu já falo isso pra todo mundo “eu tenho muitas qualidades, mas a pontualidade não é uma delas”! (risos).
Badauí: Eu sou ansioso, muita fumaça, como fala na música (risos)… É isso, tudo isso aí sou eu!

Eu te entendo! E mudando pra outra faixa, uma curiosidade que eu fiquei em “Feriado Punk” foi nas partes “feriado punk impossível de esquecer” e “41589 cola ae”. Eu queria saber que feriado punk foi esse, se ele existiu e se foi inesquecível pra inspirar essa música.
Badauí: Eu fiz essa música quando fui num festival de hardcore lá em Las Vegas chamado Punk Rock Bowling, que é um festival punk mesmo que rola durante um feriado deles. As bandas ficam ali circulando nos mesmos hotéis que a galera que vai no festival, então você tromba eles ali no saguão, na piscina do hotel, fica todo mundo no mesmo contexto. NOFX, Pennywise, as bandas, tudo ali. E fui com um monte de amigo meu, foi muito louco! Claro que, num festival de punk rock de vários dias em Vegas, cada um tava num quarto. Então a gente se falava tipo: “ou, tá onde?”, “to no meu quarto”, “qual o número?”, “41589, cola ae” (risos). Foi um texto que eu fiz e que eu mandei pro Luciano musicar, eu falei pra ele fazer uma música bem hardcore. Tenho vontade de escrever em inglês, dar uma adaptada na letra para mandar para o festival.

Acho muito legal, apoio totalmente!
Badauí: É uma história real mesmo!

Quem tocou nesse festival além do Pennywise?
Badauí: Vish, tocou um monte de banda, cara: Specials, Adolescents, Black Flag, Descendents… foi muita banda.

Se um festival desse estilo acontecesse aqui em São Paulo até, qual seria o seu line-up? Quem você gostaria de assistir os shows, trombar, trocar uma ideia?
Badauí: De banda gringa ou brasileira?

Nacional.
Badauí: Ah, botaria Garotos Podres, Cólera, Dead Fish, Blind PIGS, Não Há Mais Volta, Faca Preta, Dance of Days, Chuva Negra, Gritando HC, Zander… essas bandas aí, dos meus amigos, que são bons pra caralho!

E o CPM, obviamente, a tocar também? (risos).
Badauí: Claro, a gente também, né, porra! (risos). Quem sabe um dia eu tenho um festival desse?

Seria o meu sonho! (risos).
Badauí: É, mas agora eu não tenho tempo e nem quero lidar com artista, nem fudendo! (risos).

Mas planos futuros, né, vai que?
Badauí: Vai que… eu sou jovem! (risos)

Lógico! (risos). Você falou essa galera toda, e eu conversei com boa parte pro meu TCC, que foi sobre o movimento punk paulista. Eu falei com o Mao, com o Clemente, com a Alê do Gritando HC, com a Nenê Altro antes da transição. Foi bem massa!
Badauí: Daora demais! Tirou quanto no trabalho?

Dez, pô! (risos).
Badauí: Aí ó! Tá vendo, temos nossa relevância! (risos).

Com certeza! (risos). Pra mim mudou muita coisa, eu tatuei um “Do It Yourself”, não sei se dá pra ver.
Badauí: Style! Dá pra ver sim, daora demais!

Eu curto pra caramba a cena punk.
Badauí: Que bom! Vai no nosso show então, dia 13 de julho, na Audio. 

Eu vou tentar! Ano passado eu fui com o meu primo no meu primeiro show de vocês lá em BH, no 2000 Rock Fest. Foi muito legal!
Badauí: Nossa, foi legal hein! Foi foda esse festival! 

Foi demais! Badauí, pra finalizar nossa entrevista, eu vi que o CPM está com a agenda de shows lotada até o final do ano! Além dos shows, eu queria saber o que mais vem aí do CPM 22 em 2024 (como o clipe de “Dono da Verdade” que você comentou que sai nessa sexta) e se podemos esperar alguma comemoração especial pros 30 anos da banda no ano que vem.
Badauí: Agora é focar na trilha do disco mesmo, de repente fazer mais um ou dois clipes além desse que a gente vai lançar agora. E sobre 30 anos, não vou conseguir falar agora. Eu já tenho algumas ideias na cabeça que soltei pro pessoal que trabalha com a gente, mas vou mergulhar de cabeça nisso a partir do segundo semestre mesmo, porque é só no segundo semestre do ano que vem. Eu preciso lançar esse disco agora, que pra gente tá espetacular, então tô focado nele mesmo.

Certíssimo! Eu adorei o disco, achei um trabalho super CPM, que vai desde “Mágoas Passadas”, que é mais uma balada, até outras mais hardcore, tipo “Feriado Punk”. Gostei muito de falar com você também! Muito obrigada pelo seu tempo e pelo nosso papo, Badauí! Espero que a gente se trombe mais vezes, não só nos shows, mas em entrevistas também.
Badauí: Valeu, Natália! E aparece no show, pô! Tá legal as músicas novas.

Muito obrigado pela sua visita e por ler essa matéria! Compartilhe com seus amigos e pessoas que conheça que também curtam CPM 22, e acompanhe a Nação da Música através do Google Notícias, Instagram, Twitter, YouTube, e Spotify. Você também pode receber nossas atualizações diárias através do email - cadastre-se. Caso encontre algum erro de digitação ou informação, por favor nos avise clicando aqui.



Caso este player não carregue, por favor, tente acessa-lo diretamente no player do Spotify. Siga a NM no Instagram e Twitter

Natália Barão
Natália Barão
Jornalista, apaixonada por música, escorpiana, meio bossa nova e rock'n'roll com aquele je ne sais quoi