Entrevistamos Maneva sobre “Tudo Vira Reggae Ao Vivo” e parceria com a Juliette

Maneva
Foto: Rafael Strabelli

A banda Maneva lançou nessa sexta-feira (29), através das plataformas digitais, o álbum “Tudo Vira Reggae Ao Vivo”.

O projeto, que começou ainda na pandemia, é o resultado de 23 releituras que o grupo fez de diferentes clássicos da música brasileira. Como o nome indica, todas as faixas, que são de diferentes gêneros musicais, foram transformadas em Reggae e receberam o toque característico dos músicos.

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Antes do lançamento, o Maneva bateu um papo com a Nação da Música e contou alguns detalhes sobre todo o processo de criação do material e da recente parceria que fizeram com a cantora Juliette.

Entrevista por Katielly Valadão.
——————————— Leia a íntegra:
Olá, pessoal! Como estão? “Tudo Vira Reggae” foi um projeto muito bem-sucedido e bem acolhido pelo público, né?! Vocês contaram que a ideia nasceu na pandemia, então olhando em retrospectiva, vocês sentem que o conceito imaginado pra esse material foi idealizado da maneira que pensaram ou foi ainda mais surpreendente?
Diego Andrade: Prazer é nosso! Obrigado pelo espaço! É sempre muito gratificante contar com veículos tão especiais pra falar daquilo que a gente mais ama, que é música!

Claro que nos surpreendeu! Em 18 anos de carreira, essa foi a primeira vez que projetamos algo apenas com regravações. O MANEVA ficou conhecido pelas autorais e quando vemos uma live se transformar em dois álbuns, e receber uma certificação de Ouro, poxa, é muita alegria. Agora seguimos com mais um disco, “Tudo Vira Reggae Ao Vivo”, porque faltava esse encontro com o público, o calor. E isso aconteceu da forma mais linda possível, no tempo certo, como tinha que ser.

O título é bastante sugestivo e muito assertivo, afinal, vocês pegaram músicas de diferentes gêneros e transitaram entre um leque muito extenso, transformando tudo com o toque característico da banda. Como foi o processo de escolha dessas canções e que norteou o Maneva nesse repertório?
Fernando Gato: Foi um processo extremamente difícil e moroso. Revisitamos as nossas histórias pessoais, profissionais. Fizemos vários testes e realmente tudo vira reggae. Mas, algumas canções têm uma sonoridade melhor. Foi tudo muito criterioso mesmo. As músicas tinham que encaixar na voz do Tales também. Um outro grande ponto foi conseguir escolher apenas 23. Mas, as que entraram no projeto são versões lindas, uma grande homenagem pra tanta gente que amamos. São canções que marcaram diferentes épocas e, com toda certeza, viverão para a eternidade.

E por falar nesses clássicos, a exemplo de “Anunciação”, “Evidências”, “Sozinho”, entre outras, qual foi o maior desafio de reimaginar músicas tão firmadas no imaginário brasileiro?
Felipe Sousa: O maior desafio é deixar algo que foi construído com tanto brilhantismo se manter de forma linear e, claro, surpreendente também. São músicas muito intensas, que marcaram toda uma geração. Um projeto ousado, mas que tem a nossa cara.

“Péssimo Negócio” recebeu a colaboração da Juliette, que é uma artista conhecida por também ressinificar sua arte. Como nasceu essa parceria e como foi viver essa troca de experiência com ela?
Tales de Polli: Juliette é merecedora de todas as coisas lindas da vida. É autêntica, humilde, disciplinada e está escrevendo uma história incrível na música. Foi um convite de coração, simples, genuíno e ela topou. Para nós, uma honra contar com a coração e o brilho dela nessa faixa e em um projeto tão significativo pra gente.

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Ah, “Tudo Vira Reggae Ao Vivo” está quase chegando ao público e com novas faixas! O que a materialização desse audiovisual significa para vocês após anos curtindo o ciclo desse projeto?
Fabinho Araújo: Ele é a materialização de um sonho, na verdade! Quando fizemos a transmissão no YouTube, não tivemos a troca que consideramos essencial no nosso trabalho. O calor do público significa muito. E de repente vamos para o Parque Villa-Lobos, mais de 10 mil pessoas… Então foi algo bem mágico, indescritível. Não quisemos também só gravar, mas oferecer uma experiência aos fãs. Foram várias atividades imersivas. Um presente pra eles e, sem dúvidas, pra nós!

Pessoal, já que tudo vira Reggae, então contem pra gente, de um modo geral e amplo, o que mais inspira vocês a criar e a pensar em música?
Tales de Polli: O MANEVA entende que a música cura, é como um remédio. Temos essa preocupação com aquilo que escrevemos e gravamos. Então nossas letras trazem situações comuns, do dia a dia. Histórias inspiradoras. O aspecto humano, cheio de alma, é o que nos move.

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Se vocês fossem contar algo para o público que ainda não tenha sido perguntado sobre o novo lançamento e sobre os futuros planos do Maneva, o que vocês contariam?
Tales de Polli: Que para tudo na vida é preciso acreditar. Lá atrás, onde nada parecia ser visível, projetamos o que estamos vivendo hoje. Acreditar é essencial. O medo também faz parte, a insegurança… mas quando fazemos com amor, não tem como dar errado. Pode não dar certo na primeira, nem na segunda, mas um tempo depois, dará.

“Tudo Vira Reggae Ao Vivo” é uma prova de paciência, de resiliência. Outra verdade é que sentimos muito não ter o calor para a transmissão. Os tempos de pandemia mexeram com a gente demais. Vivemos da música e para a música. E essa troca de carinho inexistente naquele momento, foi dolorido. E sobre o futuro, claro, novas composições estão vindo. Faz parte um novo projeto de autorais. Nossa cabeça não para nunca e existem muitas histórias que ainda precisam ser contadas através das nossas músicas.

Gostariam de deixar uma mensagem especial para todos os leitores da Nação da Música e pra galera que vai curtir esse novo lançamento?
Tales de Polli: Poxa, que delícia essa entrevista. Amamos as perguntas, sensíveis e feitas por pessoas que acompanham realmente a nossa carreira. Muito obrigado por isso. Nosso maior desejo é que “Tudo Vira Reggae Ao Vivo” viva por toda a eternidade junto às nossas canções. Que as pessoas recebam com amor esse trabalho tão primoroso, cheio de alma e sentimento, e que ele seja a trilha para muitos momentos inesquecíveis da vida de todos vocês. Bora pro reggae, pae!

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Katielly Valadão
Katielly Valadão
Jornalista apaixonada por palavras, cultura e entretenimento.