Organizador do Lollapalooza garante edição em 2013 e pensa em abrir mais um dia de festival

Em dois dias de festival, o Lollapalooza Brasil mostrou que, sim, temos a capacidade de organizar um evento deste porte, sem atrasos e com uma qualidade extremamente alta, o que fez com que, muitas vezes, ele fosse comparado com festivais internacionais. Hoje entrevistamos o CEO da Geo Eventos, Léo Ganem, o principal responsável pela organização da versão brasileira do Lollapalooza.

Primeiramente, obrigado pela entrevista pós Lollapalooza Brasil e a dúvida que nos ocorre é a seguinte: está garantida a versão do Festival para 2013? Vocês realmente estão com cinco anos garantidos do festival?

- ANUNCIE AQUI -

Léo: A edição 2013 está garantida, claro! Temos um contrato de longo prazo que vai além dos cinco anos que você menciona, pois ele é renovável automaticamente. E a julgar pela felicidade dos nossos sócios gringos nesse fim de semana é capaz de desenvolvermos até outros projetos juntos.

 

- ANUNCIE AQUI -

Já tem alguma ideia de artistas para a versão do ano que vem, já iniciaram alguma negociação? O que você pode adiantar pra gente?
Léo: Posso adiantar que teremos o mesmo nível de curadoria musical, o mesmo cuidado com a seleção das bandas e a mesma atmosfera rock. Mais que isso não dá, pois temos competidores de todos os lados nos cutucando.

 

- ANUNCIE AQUI -

Com headliners voltados para o rock na versão de 2012, em 2013 esse será um dos objetivos a serem mantidos?
Léo: Sim! Nosso festival é sobre rock e rock indie, e assim será, exceto pela tenda eletrônica que continuará firme também – foi um sucesso total esse ano.

 

- PUBLICIDADE -

Acontecerá no Jockey a versão 2013? Ela continuará tendo 5 palcos?
Léo: Por enquanto vamos manter tudo muito semelhante, estamos pensando em abrir mais um dia, mas isso não é garantido ainda.

 

- ANUNCIE AQUI -

Teve algum artista internacional com o qual vocês chegaram a iniciar uma negociação, mas acabou não rolando no festival esse ano?
Léo: Sempre tem… Acho que Arcade Fire e Hot Chip foram dois que não aceitaram propostas porque estavam com a agenda fechada. E tem outras bandas que eu curto, mas não deu pra encaixar na programação, então, nem entramos em contato. Foi o caso do Noah and the Whale, um dos meus favoritos em Chicago ano passado, e do New Pornographers, que tem uma das sonoridades mais gostosas hoje.

 

- ANUNCIE AQUI -

Conversando com o público, muitos se surpreenderam com o Foster The People no festival. Alguns até afirmaram que “não esperavam por um show tão bom quanto foi”, outros comentaram sobre a apresentação do MGMT que fez com que todos cantassem as suas músicas mesmo debaixo de chuva. Dos shows que você pôde acompanhar, qual foi o show que mais te surpreendeu positivamente e qual foi o melhor show do Lollapalooza Brasil desse ano?

Léo: Muita gente me falou do Foster também, mas eu não consegui ver. Aliás, não consegui ver muito porque você imagina a correria que foi. Adorei Gogol Bordello – os caras entraram com um nível de energia fantástico e levantaram o público. Além disso, o lead singer se fez de DJ na nossa after party da produção, que rolou até as 5 da manhã lá mesmo, no backstage. Agora, foram muitos shows bons – Friendly Fires arrasou, Skrillex, que eu consegui ver quase todo, foi excelente, e óbvio, o Foo Fighters fez um show antológico!

- ANUNCIE AQUI -

 

Não tem como não perguntar sobre o palco Kidzapalooza. A ideia em si é genial, porém muitas vezes o local estava com pouquíssimas pessoas. O que você acha que aconteceu para não vingar a ideia de trazer o palco para crianças para a versão brasileira do Festival?
Léo: É, foram poucas pessoas para essa área espetacular do festival. Nos EUA ela funciona super bem porque, na média, o festival atinge um público um pouco mais velho, isto é, com filhos. O pessoal lá tem o hábito de levar a criançada a este tipo de evento. O Chile, no primeiro ano, teve o mesmo problema que nós, mas no segundo já ficou bem melhor. Enfim, nós vamos manter a área, talvez redimensioná-la, e esperamos que a galera que agora conhece se anime a levar a molecada. Eu levei os meus, de 14, 11 e 7 anos, e eles curtiram muito o Kidzapalooza, mas também se esbaldaram no Foo Fighters, no Gogol e em outros shows.

- ANUNCIE AQUI -

 

75 mil pessoas no primeiro dia de festival com direito a soldout e 60mil no segundo dia. Missão cumprida?
Léo: Missão muitooooo cumprida: foi muita gente, o saldo foi muito positivo, nossos patrocinadores ficaram felizes e os que não entraram ficaram com aquela dorzinha… Temos alguns retoques a fazer para o ano que vem, o que é natural, temos que melhorar o sistema de compras de fichas de alimentação e bebidas, vamos reduzir um pouco o número de pessoas – o segundo dia ficou mais maneiro que o primeiro. Enfim, detalhes que a gente precisa ajustar pra melhorar ainda mais a experiência da galera.

- ANUNCIE AQUI -

 

Parabéns pelo festival, foi de fato uma experiência incrível pra quem teve a oportunidade de acompanhar de pertinho, e obrigado pela entrevista.
Léo: Eu que agradeço pelo espaço. Em breve estaremos juntos de novo, adianto que já estamos pensando em Lolla parties ainda esse ano em preparação para o Lollapalooza 2013. Espero vocês lá.

- ANUNCIE AQUI -

 

Muito ativo no Twitter, você também pode acompanhar os planos futuros de Léo Ganem no @leodageo e também seguir a @geo_eventos.

- PUBLICIDADE -
Avatar de Redação
A redação é comandada por Rafael Strabelli, Editor Chefe e Fundador da Nação da Música, que existe desde 2006. O site possuí mais de 20mil publicações entre notícias, shows, entrevistas, coberturas, resenhas, videoclipes e muito conteúdo exclusivo.