NM Apresenta (Especial entrevista): Conheça a banda The Kickdrums

A coluna NM Apresenta desta semana traz como destaque a banda The Kickdrums. O projeto é, atualmente, uma banda de um homem só. A cabeça por trás de toda esta variada sonoridade pertence ao produtor, cantor e compositor Alex Fitts. No palco, Fitts conta com o apoio de Chris Wall e Jeff DiLorenzo.

O Nação da Música conversou com Alex, que contou um pouco sobre a história do Kickdrums, que atualmente assinou contrato com a gravadora norte-americana Hopeless Records. Confira!

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Nação da Música: Você é um produtor musical, como que foi trabalhar em suas próprias músicas? Como foi este processo de transição? Existe alguma diferença entre produzir algo pra você e produzir algo para outro artista?

Alex Fitts: Não existe uma grande diferença, é o mesmo processo. Eu já fiz muitos trabalhos com hip hop, então tento refletir algo parecido com o meu trabalho. É realmente muito similar. Eu resolvi começar a fazer minhas próprias músicas porque eu queria ter a chance de me apresentar, sabe? E todas as outras coisas que você acaba não se envolvendo quando é somente o produtor.

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Eu costumava tocar em várias bandas e fazer shows quando eu era mais jovem, e eu meio que entrei nesse caminho de fazer música para outros artistas. Eu senti falta daquilo tudo, então…  Eu não queria deixar tudo de lado, eu só queria ter uma saída artística para mim mesmo. Eu estou muito feliz com isso.

Nação da Música: Eu notei em suas músicas diversas influências diferentes e, eu sei que isso é uma pergunta difícil, mas, como você define o som do The Kickdrums? Quais as suas principais influências?

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Alex Fitts: As minhas influências veem de todos os lugares, meio que como é a música mesmo. Eu cresci ouvindo muito hip-hop e rap, e também rock alternativo com bandas dos anos 90 como Nirvana. Algumas bandas que seguiam aquela cena de Seattle. Mas eu também amo Pink Floyd e bandas mais psicodélicas. Então, eu meio que pego tudo de todos os lugares e coloco elas em um mesmo pacote, ou pelo menos tento. Mas eu descrevo a minha música como um indie-eletrônico-hip-hop. Todos estes elementos estão representados na nossa música.

Nação da Música: Você recentemente lançou o seu novo disco, “Thinking Out Loud”. Como foi o processo de criação deste registro?

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Alex Fitts: Foi muito bom, foi divertido. Eu queria muito fazer um novo álbum! Eu lancei um mixtape mais cedo este ano, que foi algo mais colaborativo, com muitas músicas e artistas de hip-hop e só em algumas canções eu cantei. Então, eu realmente queria que o próximo projeto fosse um álbum.

Então eu sentei e comecei a trabalhar em algumas músicas. Eu fui apresentado a um cara chamado Andrews Rodriguez, que é um grande engenheiro aqui em Nova York. Nós acabamos nos unindo em cinco das dez músicas deste álbum. Alguns outros produtores também colaboraram com projeto.

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Na maior parte do tempo sou somente eu. Eu sento no meu estúdio em casa e junto as faixas, ai esses caras aparecem e finalizam as coisas pra mim. Porque, quando você faz tudo sozinho, tipo fazer as batidas, gravar, escrever as músicas, você acaba ficando perdido na música. Acaba não sabendo como finalizar algumas vezes, ou até perdendo algumas coisas. Então é sempre bom ter outro par de ouvidos extra para te ajudar, e eles foram incríveis com isso.

Acredito que a única dificuldade com o processo deste álbum foi encontrar um balanço entre as músicas no disco. Eu tinha diversas ideais, coisas que refletiam estilos musicais diferentes que estavam ao meu redor. Então, para conseguir fazer com que isso tudo funcionasse junto levou um bom tempo.

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Nação da Música: No estúdio o trabalho é inteiramente seu, mas nos shows você se apresenta com outros músicos. Como é esse processo? Quais são os desafios?

Alex Fitts: Na verdade isso foi crescendo conforme os anos foram passando. Nós fomos descobrindo como fazer funcionar. No começo era meio ‘bem, as músicas estão prontas. Como vamos fazer pera apresenta-las ao vivo? O que podemos fazer para parecerem melhores ao vivo? O que podemos fazer com a nossa performance?’. Mas eu acho que agora estamos muito bons nisso (risos)! É um processo que nós aprendemos ao longo do ano.

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E os caras com quem eu toco ao vivo, Chris Wall e Jeff DiLorenzo, são incrivelmente talentosos. Então é realmente muito fácil. No próximo álbum, que pretendemos trabalhar logo, eles definitivamente estarão mais envolvidos no processo de produção. Nós estamos realmente pensando como uma banda agora.

Nação da Música: Este é o seu primeiro grande lançamento pela Hopeless Records. Como é trabalhar com uma grande gravadora como essa?

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Alex Fitts: Eles são demais! Absolutamente incríveis! Eu tinha acabado de gravar um álbum e eu estava procurando uma gravadora para lançar. Estávamos pensando se deveríamos lançar independentemente ou talvez achar uma gravadora. Nós não queríamos entrar em uma situação ruim só para lançar um disco.

Mas ao conversarmos, eles foram incríveis! Eu pensei ‘Uau! Uma gravadora assim realmente existe?’, tipo, pessoas legais e ótimas. Eles são mais conhecidos por lançar mais artistas pop-punk e de rock alternativo, mas eles acharam que o meu som era semelhante ao que eles fazem. E eu tinha aquele sentimento que eu queria fazer algo que muitas das bandas da Hopeless fazem. Eu quero entrar nas turnês de hardcore, eu quero fazer parte da cena de rock alternativo. Acho que eles podem me ajudar com isso e eu posso ajudá-los em expandir o seus horizontes.

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Nação da Música: O som do The Kickdrums é bem versátil. Existe algum artista com quem você queira trabalhar junto? Alguma colaboração peculiar?

Alex Fitts: Sim! Eu cresci tocando em algumas bandas de hardcore no colegial, eu estava muito envolvido com isso. Eu definitivamente me envolvi muito com o punk. Sinto que passei por diversas fases fortes enquanto cresci (risos). Hardcore, punk, hiphop e todas essas coisas. Mesmo com a música eletrônica, eu adorava o Prodigy e toda essa cena pesada do eletrônico.

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O legal de fazer parte da Hopeless é que, sabe, eu provavelmente vou fazer algumas sessões com os caras do All Time Low e alguns outros artistas com quem quero trabalhar. Eu acho que pode ser muito interessante essa combinação, eu sendo um produtor. Eu sei o meu caminho com um disco de rock, mas também sei com hiphop e eletrônico. Então, talvez possamos fazer algo novo e interessante.

Nação da Música: Alex, muito obrigado por esta entrevista! Para finalizar, quais são os planos para o futuro do The Kickdrums? Deixe um recado para os leitores irem conhecer um pouco mais do seu trabalho!

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Alex Fitts: Bom, o futuro do Kickdrums é fazer shows. Cair na estrada e seguir promovendo nosso disco e tentar fazê-lo chegar a um maior número de novas pessoas. Se tem alguém interessado em nos conhecer melhor, a melhor maneira de se manter atualizado e me seguir no Twitter e curtir nossa página no Facebook. Você também pode visitar o nosso site oficial, o disco novo está a venda lá, vídeos, então você pode ter uma prévia da nossa música.

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Vicente Pardo: Editor do Nação da Música desde 2012, formou-se em Jornalismo pela Universidade Federal de Pelotas em 2014. A música sempre foi sua paixão e não consegue viver sem ela. É viciado em procurar artistas novos e não consegue se manter ouvindo a mesma coisa por muito tempo. Também é um apaixonado por séries de TV e cultura pop.