Rock in Rio: uma marca, não um estereótipo

Nas últimas duas semanas, em todos os cantos, mídias, comerciais, sites e lugares só se falavam de uma coisa: Rock in Rio! Depois de 10 anos longe das terras brasileiras, o evento voltou com toda a força que poderia.

Considerado como o maior festival de música do mundo, não tem como não se orgulhar de ser brasileiro e presenciar um evento desses. Mas com a volta do Rock in Rio, muitas polêmicas também surgiram.

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Em todos os lugares, todos criticavam o fato do evento colocar no palco artistas como Claudia Leitte, Ivete Sangalo, Shakira, Ke$ha e tantas outras atrações da música Pop. Mas o que poucos sabem, ou fingem que não sabem só para crucificarem o festival, é que ele é uma marca, e não um padrão estereotipado.

O que muitos esquecem, ou nem vão atrás para saber, é que em NENHUMA edição do Rock in Rio só teve apresentações de Rock and Roll. Na sua primeira edição, em 1985, artistas como Ivan Lins, Elba Ramalho, Gilberto Gil, Moraes Moreira e tantos outros se apresentaram, diversificando o evento.

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Em 1991 não foi diferente e pudemos curtir apresentações do Roupa Nova, Ed Motta, Alceu Valença, entre outros. Já na terceira edição, em 2001, Daniela Mercury, Milton Nascimento, Orquestra Sinfônica Brasileira, Carlinhos Brown, ‘N Sync, Britney Spears, Sandy e Junior e alguns outros artistas também se apresentaram. Muitas bandas que não são de Rock, não é? Então a pergunta que surge é: quem ou da onde tiraram que o Rock in Rio é só do rock?

Além do público, esse assunto também gerou polêmica entre os artistas. Dois dos mais polêmicos, e que preciso citar, são do Tico Santa Cruz e da própria Claudia Leitte. Ambos manifestaram suas idéias e opiniões em seus blogs pessoais. Tico diz exatamente o mesmo que já disse, do Rock in Rio ser uma marca. Já Claudinha, que foi “protegida” pela rainha do rock Rita Lee, agradece pela participação no evento e tenta ignorar as críticas dos céticos que ainda acham que o evento é só do rock.

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O mais engraçado era ouvir nas filas várias pessoas criticando alguns shows e apresentações e, na hora do show, ver todo o público curtindo e cantando junto. No final das contas, a maioria sempre vence, deixando prevalecer o respeito e o bom proveito que estar na cidade do rock pode oferecer.

Acredito que o evento não deixou a desejar. Ele agradou todos os gostos; não misturou públicos, como faria, por exemplo, se colocasse Metallica no mesmo dia da Katy Perry; contou com uma infraestrutura impressionante; a localização e o número de banheiros era imensa e muito bem distribuída; a quantidade de ônibus disponíveis para levar o público à cidade do rock e levá-los de volta aos terminais rodoviários do Rio de Janeiro também foi suficiente para a demanda; os patrocinadores também conseguiram agradar ao público com os brindes e atrações que visavam sempre interagir com os mesmos. Pelo menos foi o que pude ver no último dia do evento, 2 de outubro. É claro que problemas acontecem. São shows ao vivo, improvisos são necessários e estar preparado para o inesperado é inevitável. Mas, é o que dizem, a prática leva à perfeição.

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Nos últimos tempos, shows e festivais têm crescido nas terras brasileiras. Ter de volta o Rock in Rio na sua “cidade natal” é maravilhoso! Espero que o público, em 2013, possa estar ciente que o evento é uma marca e que para que todo esse universo Rock in Rio aconteça, muito trabalho é realizado. Que poupem as vaias e críticas e apenas respeitem a diversidade musical que é oferecida, não só no Brasil, mas no mundo.

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A redação é comandada por Rafael Strabelli, Editor Chefe e Fundador da Nação da Música, que existe desde 2006. O site possuí mais de 20mil publicações entre notícias, shows, entrevistas, coberturas, resenhas, videoclipes e muito conteúdo exclusivo.