Entrevistamos Kell Smith sobre novo álbum e influências na hora de compor

kell smith

Com apenas 24 anos, a carreira musical de Kell Smith chegou como um estouro. Dona da voz que canta a nostálgica “Era Uma Vez”, a paulista fez sucesso com a canção e chegou à lista das 20 músicas mais tocadas nas rádios brasileiras, segundo a Billboard. A faixa ultrapassou grandes nomes do pop internacional, como Justin Bieber e Harry Styles, e se manteve no topo das paradas por diversas semanas seguidas.

Com três EPs no currículo, Kell Smith se prepara para lançar seu primeiro álbum de estúdio. Intitulado “Girassol”, o disco será disponibilizado nas plataformas de streaming no dia 27 de abril.

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A Nação da Música teve oportunidade de conversar com Kell Smith por telefone na véspera do lançamento de seu álbum de estreia. Direto de São Paulo, a cantora contou o que o público pode esperar do disco, falou sobre a importância de criar letras que refletem a realidade das pessoas e suas influências na hora de compor.

Já conhecida por flutuar entre diversos gêneros musicais, Kell garante que o novo disco não será diferente. Com inspirações que vão desde Rita Lee, Caetano Veloso, Milton Nascimento e Lupicínio Rodrigues – sem esquecer de suas duas principais influências: Elis Regina e Belchior, Kell traz ao público uma combinação eclética de faixas, com canções mais voltadas à MPB como “Girassol”, o pop de “Capuccino”, a fusão de reggae com roupagem francesa de “Viajar é Preciso”, além de o hip hop feminista de “Bem Mais que Refrão”. “Eu sou um filtro de tudo aquilo que eu ouço e eu ouço muita coisa boa”, ela explicou.

“Eu vou sempre usar do rap, da MPB, do jazz e de influências do reggae, tudo isso porque eu acredito que nós não somos bossa nova todos os dias”, ela resume. “Eu ouço muita bossa nova, mas às vezes eu preciso ouvir um rock’n’roll. A gente é assim, a nossa playlist de vida não tem só uma coisa. Se não, nós não teríamos uma evolução como pessoas. A música é a expressão da alma, então o que a sua alma sente hoje, amanhã provavelmente ela sinta uma outra coisa”.

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A jovem também explicou que, na hora de compor, não são apenas os cantores de outras épocas que a inspiram: “É engraçado porque eu não uso só músicas como influência. Eu leio e amo ler há muito tempo, então eu tenho um pouco de Clarice [Lispector] nesse CD, tem um pouco de Adélia Prado também. Um pouco de Vinicius [de Moraes], um pouco de cada autor que eu leio”.

Depois do sucesso estrondoso da canção “Era Uma Vez”, a cantora passou por um processo de adaptação à fama e de amadurecimento como artista. “Esse álbum simboliza toda uma entrega à essa Kell Smith que até eu mesma ainda estou conhecendo [risos]”, disse ela em tom descontraído. Durante esse processo de gravação do novo disco, Kell foi se descobrindo artisticamente e refletindo sobre quais as histórias que ela gostaria de contar. “Eu descobri, juntamente com o Rick [Bonadio], a minha liberdade musical. Então como eu faço música para pessoas reais, eu tenho que falar de momentos reais, sensações reais, sentimentos reais e nada mais real do que a mudança”.

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É bem fácil perceber que Kell não tem problema algum em levantar bandeiras de causas sociais e usar sua música como uma forma de colocar o dedo na ferida. “Bem Mais que Refrão” e “Respeita as Mina” têm letras feministas fortes, que retratam como o machismo aflige diariamente a vida de mulheres brasileiras. A cantora também participou da gravação da faixa “Filhos do Arco Íris”, em prol do movimento LGBT, juntamente com outros grandes nomes da música brasileira como Fafá de Belém, Sandy, Carlinhos Brown, Daniela Mercury, Pabllo Vittar e Glória Groove.

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Quando questionada sobre o quão importante são essas causas para ela, Kell deixou claro que sim, essas temáticas fazem parte do seu trabalho e ela sente uma necessidade de abordá-las. “Como eu faço música retratando a realidade das pessoas, eu preciso sim falar sobre as coisas ruins também. Eu quero fazer música para ser cura, dar uma voz praquelas pessoas que não se sentem representadas porque um dia eu me senti assim”, ela contou.

Filha de pastores missionários evangélicos, a artista natural de Presidente Prudente leva os ensinamentos da família para a carreira artística. “Eu cresci vendo os meus pais levando uma mensagem de amor para as pessoas e é isso o que eu também estou fazendo. Eu posso estar afastada da igreja – de forma literal mesmo, por não estar mais presente lá -, mas também quero levar uma mensagem de amor, compreensão e carinho para pessoas que possam se identificar com a minha música”.

Durante a entrevista, foi possível perceber que fazer música com significado é algo muito importante para a artista. “Não tenho nada contra as músicas só pela diversão, até curto e danço elas também. Mas sinto que eu preciso fazer uma música com conteúdo, com mensagem, preciso falar a verdade das pessoas”, Kell declarou.

A última vez que Kell Smith conversou com a Nação da Música, a artista estava se preparando para lançar seu segundo EP, “Marcianos”, e sair em turnê. Desta vez, na véspera do lançamento de seu primeiro álbum, Kell vê um futuro com muita música e pretende focar na divulgação do trabalho para levar “Girassol” para todo o Brasil.

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