Naturalidade. Esse é a palavra que expressa o sentimento ao ouvir “Twist Of Fate”, o novo álbum da banda paranaense Garden Of The Eatingtapes. O grupo, que já foi destaque na coluna NM Apresenta, lança nesta quarta-feira (06) o seu primeiro disco com exclusividade aqui no Nação da Música.
O power trio apresenta muita versatilidade na sua proposta de fazer um rock and roll sem muitas enrolações, que vai direto ao ponto. Essa personalidade da Garden Of The Eatingtapes fica evidente em todas as músicas do registro. “O grande trabalho pra captar a essência do nosso som foi deixar ele acontecer, porque a essência está na naturalidade de todo o processo. Desde a composição evitamos pensar demais sobre as coisas e seguimos nosso instinto, gravamos em estúdios diferentes, e a sonoridade orgânica vem do fato desse álbum todo ter sido gravado ao vivo, olho no olho e também por não nos preocuparmos em ‘polir’ o som, o que está no álbum realmente somos nós“, conta o baixista Felipe Hotz.
Além do talento de Felipe, Tiago Oliveira (vocais e guitarra) e Lucas Bichels (bateria e vocais), outro ponto que contribuiu para o resultado final de “Twist Of Fate” foi a ideia da banda de gravar em estúdios diferentes. No total foram três, com três produtores diferentes. O que, segundo a banda, foi o grande diferencial. Mais do que o ambiente e as diferenças tecnológicas de cada estúdio, o fator humano trouxe o toque diferenciado esperado pela Garden Of The Eatingtapes.
“Foram 3 estúdios, começamos no Passagem de Som (Curitiba) com o Lucas Arbigaus. Esse é o estúdio onde ensaiamos toda a semana, foi natural começar por ele, já estávamos familiarizados com o ambiente e com o som, além disso o Lucas é nosso amigo a muito tempo, esse estúdio é nossa segunda casa. Depois fomos pra São Paulo gravar com o Chuck Hipólitho no Estúdio Costella, foi uma experiência bem interessante, o Chuck tem uma grande preocupação com o estado de espírito dos músicos no momento desse registro tão importante, isso contribuiu principalmente na interpretação das músicas. Por fim, voltamos pra Curitiba pra gravar as músicas que faltavam, mixar e masterizar com o Tiago Brandão no estúdio Vox Dei. Ele captou a ‘vibe’ da banda e fez tudo a favor da música, houve todo um cuidado em compreender a mensagem, a energia, e essa sintonia foi essencial pro resultado final“.
Essa passagens por vários estúdios foi documentada pela a banda. As imagens serviram como base para o clipe da música “Don’t Hide”, lançado no final de julho, e que você pode assistir clicando aqui.
Pra toda banda, lançar o primeiro disco é sempre um momento importante. Além de ser um turning point na carreira de qualquer artista, uma série de experiências são adquiridas durante o período de gravação e produção. “O aprendizado é constante, manter os olhos e coração abertos, ter um mínimo de humildade que você sempre aprende alguma coisa. Tivemos o privilégio de trabalhar com pessoas muito talentosas que somaram bastante no resultado final e de uma forma ou outra contribuíram pro nosso crescimento pessoal e musical“, conta Hotz.
“Não tivemos nenhuma pressão e não criamos nenhuma expectativa, acreditamos que, a partir do momento que se espera alguma coisa da música você já espera muito, fizemos esse álbum talvez por uma necessidade nossa de criar algo que fosse honesto e que a gente se identificasse. Gostamos muito do resultado final, atingimos nossa meta e esperamos que as pessoas se identifiquem com as músicas de alguma forma“, explica Felipe, mostrando mais uma vez a naturalidade que a banda tentou colocar naquilo que está produzindo.
Ao longo das 12 faixas de “Twist Of Fate” você é transportado entre as mais diferentes sonoridades possíveis, feitas com toda a simplicidade complexa do rock. Seja com refrões marcantes como o de “Toxic Mermaid” ou com as introduções sensacionais como a de “Mysteries”, uma das melhores músicas do álbum.
“A proposta da banda sempre foi não se limitar, a música pra gente é uma forma de expressão e tentamos não racionalizar muito, exploramos tudo o que veio a nossa mente e deixamos isso levar o nosso som até todas essas sonoridades e acabamos indo de Dehli até Marte“, o conceito dado por Felipe é exatamente aquilo que a banda transmite em “Twist Of Fate”.
Chega de papo! Confira o novo álbum da Garden Of The Eatingtapes e tire suas próprias conclusões! O rock and roll brasileiro segue vivo, cru e com muito potencial!
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