Disco do Dia #20: Arctic Monkeys – “Humbug”

Último dia de coluna, último dia de discos favoritos (os meus, pelo menos). Chateada.

Mas, para fechar a semana com ouro, vamos de “Humbug” do Arctic Monkeys. O Arctic é uma banda que conseguiu se reinventar ao longos dos anos. Amadureceram – física e musicalmente – e hoje não dá pra falar de indie, se não falarmos do grupo. O som dos caras, que no primeiro álbum (“Whatever People Say I Am, That’s What I Am Not”) já causou frisson quando lançado lá em 2006, só foi melhorando com o tempo.

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A mudança da sonoridade da banda é óbvia, e é por isso que gosto tanto do “Humbug”: ele marca uma das fases do grupo antes das mudanças mais drásticas – e benéficas –  que a banda passou. A sonoridade do disco já não é mais a mesma dos dois primeiros álbuns da banda, mas também não é  aquele som maduro de “AM”.

“Humbug” foi lançado em  2009 e teve produção de James Ford e Josh Homme (você já conhece ele por seu trabalho no Queens of The Stone Age). O disco é, sem dúvidas, psicodélico. As letras são mais sombrias, um pouco mais maduras, mas ainda marcam a fase mais adolescente do Arctic. A guitarra tem papel quase que principal nas músicas, dando uma sonoridade taciturna. As letras também são mais fortes, mais irônicas (com aquele “toque” de Alex Turner).

Melhor Música: “Crying Lightning”.

Pontos Fortes: O contraste de ritmos de uma música para outra. De “Dangerous Animals” temos um contraste de ritmos com a faixa seguinte, que é “Secret Door”. Na primeira faixa temos um ritmo mais animado; já na segunda, o ritmo é lento, mais denso. Esse contraste torna uma surpresa ouvir o cd todo, já que toda música é uma surpresa.

Pontos Fracos: O disco é diferente dos primeiros trabalhos da banda, o que pode influenciar os que gostam muito da pegada inicial dos “Macacos do Ártico”.

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Lígia Berto
Lígia Berto
Lígia Berto: Aspirante a jornalista que dormiu demais e perdeu a hora para nascer durante a Geração Beat. Desde que entrou na faculdade, não sabe para qual lado atira: literatura, política ou cultura. São 19 anos de indecisão. Para tentar descobrir, escreve sobre os três assuntos em diferentes veículos, entre eles o Nação da Música. Irritantemente obsessiva por sagas literárias e constantemente envolvida por alguma banda britânica.