Disco do Dia #21: Guns N’ Roses – “Appetite for Destruction”

Não sabe onde vai passar ou o que fazer no réveillon? Sem problemas, pois eu, Leonardo Silva, serei seu companheiro no “Disco do Dia”, coluna diária da Nação da Música. Assim, tentarei mostrar nesta semana alguns dos vários álbuns que jamais sairão da minha playlist, vulgo vida. E para abrir a semana, começo com o disco de estreia da já considerada banda mais perigosa do mundo, o Guns N’ Roses, com clássico “Appetite for Destruction”, de 1987.

No meio da onda hair metal oitentista cheia de clichês que dominava as paradas estadunidenses, um grupo de jovens sujos, que odiava a cena glam, vivia como se todos os dias fossem os últimos de suas vidas e colocaram todas suas experiências amorosas, sexuais, ilícitas e alcoólicas em seu primeiro álbum por meio de riffs marcantes, um baixo com uma pegada punk e um vocalista com uma voz que vai de um grave pesado a um agudo rasgado que destila veneno de tanta raiva, era como se o Aerosmith, AC/DC e Ramones tivessem se cruzado e dado à luz. Esse era o Guns N’ Roses se apresentando ao mundo com um apetite constante por destruição.

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São 12 faixas com letras e melodias fortes que, na minha humilde opinião, mostram que no meio de toda aquela agressividade, existe um grande apelo emocional. Ao ouvir pela primeira vez, é impressionante ver como uma banda acertou tanto em um álbum de estreia sem quase nenhum deslize e com a verdadeira essência do termo “Sexo, Drogas e Rock N’ Roll”.

“Appetite for Destruction” se manteve no topo da Billboard por meses e é o álbum de estreia mais vendido da história da música, com mais de 28 milhões de cópias em todo o mundo. O disco já alcançou o primeiro lugar de várias listas de “Melhor Álbum de Todos os Tempos”, que a meu ver, é uma opinião bem equivocada, mas uma coisa é certa: é UM DOS melhores LPs de todos os tempos e fez o Guns se tornar uma banda clássica em menos de 10 anos de carreira.

Melhor música:
A clássica “Welcome to the Jungle”, pois logo na primeira faixa, é possível sentir que aqueles garotos vieram para cravar seu nome na história da música com muita força bruta, e demonstram o inferno que é viver em uma cidade e o quão somos dependentes dela.

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Ponto Forte: Como já foi falado, o álbum contem um apelo emocional enorme e cada música é uma experiência dos integrantes, principalmente de Axl Rose, que escrevia a maioria ou a maior parte das músicas, e tem um histórico de ser uma pessoal transtornada, perturbada, agressiva e até mesmo sensível, e o disco é uma ótima maneira de “traduzi-lo”.

Ponto Fraco: A sequência “Think About You” – “Sweet Child O’ Mine”, que são ótimas músicas, pode quebrar toda aquela agressividade das últimas faixas, não por serem mais calmas, o “problema” seria resolvido se mudassem a ordem destas duas canções.

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Avatar de Leonardo Silva
Leonardo Silva: Sonhador, estranho, inibido e estranho novamente. Às vezes engraçado, de vez em quando muito sem graça. Bipolar, talvez. Um pouco hipócrita, invejoso. Aliás, todos nós somos, afinal, fazemos parte da raça humana. Apaixonado por música, alma vendida ao rock and roll e coração dominado por bandas como: Aerosmith, Kiss, Led Zeppelin, The Beatles e Guns N' Roses. Virgiano que não acredita em perfeição, mas sim que se pode espantar os males cantando. Cursando jornalismo desde 2013 na Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), este sujeito começou a escrever para o Nação da Música em 2014 e espera relacionar suas duas paixões para sempre.