Entrevistamos Deep Sea Arcade sobre shows no Brasil e “Blacklight”

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Atualmente em turnê na América do Sul pela primeira vez, a banda australiana Deep Sea Arcade também acaba de lançar seu novo disco “Blacklight”, em outubro.

O grupo, construído em torno de Nic McKenzie e Nick Weaver, está no Brasil, onde se apresentou na noite desta quinta-feira (06) no Largo da Batata e toca nesta sexta (07) no Aussie BBQ no CCSP, todos como parte do festival SIM, em São Paulo.

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A Nação da Música conversou com Nic McKenzie sobre a turnê por aqui, a produção do disco “Blacklight” e ele até indicou diversas bandas e artistas australianos para ficarmos de olho!

Entrevista por Marina Moia.

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—————————————————————————— Leia a íntegra:
Vocês já tocaram no Chile na última semana e agora chegam ao Brasil para alguns shows. Como tem sido a turnê até agora?
Nic: Tem sido incrível. Nós realmente aproveitamos Santiago e a linda Valdivia. O festival En Órbita foi ótimo e nós vimos muitas bandas incríveis, como Suuns e The Oh Sees.

Quando chegamos em Valdivia, nós ficamos impressionados com a beleza [da cidade] e o no festival Fluvial, nós pudemos assistir a grandes bandas chilenas. Minhas favoritas foram Barry Paquin, Maifersoni, Columpios al Seulo, Barbara Blade, Milisia.

Esta é a sua primeira vez na América do Sul, certo? Você já conhecia algo sobre nossa cultura e nossa música? Gosta de algum artista ou alguma banda brasileira?
Nic: Sim, é a minha primeira vez no Brasil e América do Sul. Eu amo a cultura e amo os locais [de shows]. Noite passada eu vi artistas incríveis no Cine Joia, chamados francisco, l hombre e Keila Ninfas. Eu amo essa energia crua e quão cativante são as seções rítmicas, assim como os fortes temas políticas que estão nas letras e nas performances.

O que os fãs podem esperar dos shows no Brasil?
Nic: Nós estamos atualmente em turnê com uma versão mais reduzida na nossa banda, geralmente temos também um baterista e um baixista. Brendan, nosso tecladista, se divertiu muito remixando nossas músicas, então é mais como um set de DJ com guitarras ao vivo e vocais por cima.

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Para esse set, nós nos influenciamos em nossos colegas australianos das bandas Jagwar Ma, The Happy Mondays e Stone Roses.

Além de Deep Sea Arcade, é claro, quais bandas e artistas australianos você recomendaria aos brasileiros?
Nic: Minhas favoritas do momento são: I Know Leopard (Sydney), Crepes (Melbourne), Good Morning (Melbourne), Phantastic Ferniture (The Blue Mountains), Amyl & The Sniffers (Melbourne) Jack River (Sydney), Parcels (Byron), Laura Jean (Melbourne), San Mei (Gold Coast), The Babe Rainbow (Gold Coast), Stella Donnelly (Perth), Gum (Perth), Moses Gunn Collective (Brisbane), The Belligerents (Brisbane), MethylEthel (Perth), DMA’s (Sydney), Confidence Man (Brisbane).

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Eu também fiz uma playlist no Spotify que eu continuo a adicionar músicas, chamada “Do The Australian Crawl”.


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Deep Sea Arcade acaba de lançar álbum novo, “Blacklight”. Como foi o processo criativo e de produção dessa vez? E como foi trabalhar com o produtor Eric J?
Nic: No início, nós trabalhamos em três músicas com Eric J, que foram “Close To Me”, “Learning To Fly” e “Joanna”. O amigo de Eric, Matt Johnson (que já trabalhou com Jeff Buckley e St. Vincent), tocou bateria nessas músicas também, então elas são bem especiais para nós.

Durante este processo, Eric nos ajudou a criar uma paleta de sons usando sintetizadores analógicos, como o Roland Juno 60 e Juno 106, assim como sintetizadores mais suaves, como Synplant, Omnisphere, Spitfire e um mundo todo de bibliotecas de samples.

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Depois disso, nós gravamos o restante do álbum no meu estúdio caseiro e Eric mixou o disco final. Foi ainda uma experiência lo-fi de certa maneira, já que gravamos alguns dos vocais em outro estúdio, acima de um pub. Foi divertido ouvir os vocais isolados porque às vezes você consegue ouvir as máquinas de poker que estavam no andar abaixo.

Quando pensa no seu disco de estreia, de 2012, você acredita que a banda mudou muito? De qual maneira? E o que continuou a mesma coisa?
Nic: Eu acho que ao invés de dizer que mudamos como escritores ou compositores, nós estamos apenas mostrando outro lado do âmbito deste projeto. No nosso primeiro álbum, estávamos muito focados em escrever músicas pop psicodélicas que fossem aceleradas e provavelmente mais adequadas para o rádio.

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No segundo álbum, nós queríamos criar um disco que o ouvinte pudesse viver com ele com o tempo e descobrir novas coisas enquanto sua relação com as músicas se desenvolve. Eu, pessoalmente, acabo amando as músicas dos meus discos favoritos que não são singles. Eu diria que sentimos que neste clima moderno, com a música sendo tão acessível no Spotify e online que o rádio não é mais um meio que precisávamos considerar na hora de compor o disco.

Esse disco é apenas nós fazendo a música que queríamos ouvir no momento em que estávamos o produzindo. Liricamente, eu acho que fui capaz de ser mais corajoso e mais sincero e possivelmente mais adulto do que no segundo disco. O que continua o mesmo é que tudo vem de nós e isso sempre vai soar como o Deep Sea Arcade.

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Gostaria de mandar um recado aos fãs brasileiros?
Nic: Sim! Nós amamos tocar aqui porque vocês são dançarinos incríveis! Vocês também possuem alguns dos locais mais lindos do mundo e deveriam estar orgulhosos da sua cena musical ao vivo. Eu estou pessoalmente muito inspirado e aprendi muito na minha passagem por aqui. Obrigado!

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Marina Moia
Marina Moia
Jornalista e apaixonada por música desde que se conhece por gente.