Entrevistamos a Iza sobre primeiro disco da carreira “Dona de Mim”

IZA
Divulgação

Nesta sexta-feira (27), a cantora Iza lançou o seu tão aguardado disco de estreia, intitulado “Dona de Mim”. O trabalho está repleto de parcerias – são sete no total – com artistas como Ivete Sangalo, Rincon Sapiência, Thiaguinho, entre outros.

Nação da Música teve a oportunidade de conversar com Iza na manhã de lançamento do álbum sobre o processo de produção de “Dona de Mim”, os bastidores do videoclipe “Ginga” e também sobre a responsabilidade de influenciar positivamente seus fãs.

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Entrevista feita por Marina Moia.

——————————————————————————————————————— Leia a íntegra

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Primeiro de tudo, parabéns pelo disco novo! Como é finalmente lançar esse trabalho, colocar esse filho no mundo?
Iza: Nossa… eu estava com uma expectativa muito grande! Estava louca pra lançar, a gente está trabalhando nesse álbum há um ano e meio praticamente e é um retrato de muito trabalho e de muita entrega. Eu estava muito ansiosa para saber o que as pessoas iam achar, se iam gostar, e eu estou lendo muitos comentários de gente que já está imaginando o clipe, que está curtindo, e eu estou achando tudo isso muito legal, que a repercussão está sendo positiva.

No último ano, você fez muito shows, apareceu bastante na televisão, na internet, foi realmente um ano de ascensão. Como foi conciliar a gravação do disco com essa agenda doida?
Iza: É, mais pro final do ano, depois que a gente lançou “Pesadão”, ficou um pouco complicado. Porque o legal desse álbum é que a gente [equipe] se dá muito bem. Então às vezes eu ia pro estúdio e nem sabia o que queria fazer, eu ia pra ver qual é. Dai a gente começava a conversar e acabava indo a música. Com o tempo foi ficando realmente complicado estar sempre no estúdio e foi muito corrido, trabalhando de madrugada, em horários não tão comuns.

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O disco está repleto de colaborações e uma combinação de estilos incorporando no seu som. Pode falar um pouco sobre essas colaborações, sobre como foi estar dentro do estúdio com tanta gente diferente, talentosa?
Iza: Foi muito legal poder trocar essa energia, criar com essas pessoas, foi um grande presente desse álbum. Eu queria muito falar com o brasileiro, com esse disco, então ele é muito diverso, mas continua sendo black music. Tem pop, R&B, blues, trap, hip hop, rap, capoeira, samba…

Quando a gente começou a fazer esse álbum, o objetivo era colocar tudo que eu mais gosto de cantar. Todo mundo que está nesse trabalho foi realmente escolhido a dedo e eu fiquei muito feliz que tantas pessoas toparam fazer parte disso.

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Agora com as músicas novas, o que os fãs podem esperar dos seus próximos shows?
Iza: Agora meu show vai mudar! No começo de carreira, a gente está acostumado a preencher o show cantando covers, músicas que a galera pede, o que é normal e faz parte. É um processo muito legal, agora que eu tenho essas músicas autorais, poder criar um show mesmo. A gente está nesse processo de finalizar esse show, mas quero lançar ele mais pra frente, aproveitar esse momento de divulgação do álbum agora. Mas eu já estou morrendo de ansiedade pra mostrar esse show pra todo mundo!

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Falando em covers, você começou com um canal no youtube, cantando versões de outros artistas, e agora você é o alvo disso também, com pessoas tocando suas músicas de diferente jeitos e estilos. Olhando de fora, parece que tudo aconteceu muito rápido. Como você se sente com essa evolução? A Iza de antes imaginou que a Iza de hoje estaria aqui agora?
Iza: Nossa, eu sempre trabalhei muito duro e sempre fui muito otimista também. Tenho muito fé em todo mundo que está comigo, no meu trabalho. Eu acreditava que era possível sim fazer o que eu estou fazendo agora, mas não imaginei que fosse tudo acontecer tão rápido assim.

É tão bom, tão bonito ver as pessoas abraçando esse álbum, como elas estavam esperando por ele. É muito legal ver a resposta dos fãs sobre o álbum, também ao homenagear fazendo os covers, com certeza é incrível. A gente vê que todo aquele esforço, toda aquela correria, realmente valeu a pena.

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Acho que isso é um recado positivo pra galera que está no YouTube, tentando seguir uma carreira autoral. É possível! Com muito trabalho, muita dedicação, com certeza é possível. Eu fico muito emocionada de ver todas essas homenagens que as pessoas fazem pra mim.

Sobre as influências pra esse álbum… teve algum artista ou banda que você se inspirou de maneira especial ou ouviu bastante nos últimos tempos?
Iza: A gente na verdade não ouviu muitas pessoas e ficamos focados em querer criar um negócio novo. Eram mais vibes, não tanto pessoas, que a gente acabou se inspirando. Olhando trabalhos de artistas que são completos como Beyoncé, Rihanna, Kehlani. As produções das músicas, os estilo de trabalhar desses artistas acabaram me inspirando muito neste álbum.

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Os seus videoclipes sempre são excelentes, mas o de Ginga ficou excepcional, ganhou muito destaque e tem uma mega produção. Pode contar um pouco dos bastidores das gravações? Porque nós vemos o clipe pronto e não sabemos de todo o cuidado que teve por trás…
Iza: Engraçado porque esse clipe foi um dos trabalhos mais especiais, em termos de bastidores e de energia. Porque a gente estava dependendo da natureza pra gravar esse clipe. Eu estava muito, muito ansiosa. Não sabia o que ia acontecer. A gente gravou em Grumari, na praia, e na Pedreira, que a gente já sabia que tínhamos pra gente. Mas a praia é pública né?! Não podia tirar as pessoas da praia e eu estava preocupada se íamos conseguir gravar, se o pessoal [que estava na praia] ia filmar o clipe ou pedaços da música, se a maré ia colaborar…

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E deu tudo muito, muito, muito certo. Deu assustadoramente certo. Às 17 horas, a praia estava lotada ainda. Às 17h30 era a hora que íamos começar porque queríamos aquela luz pra gravar a cena do Totem que estou com o Rincon [Sapiência] e as cenas da praia, por causa também dos figurinos… Tínhamos que começar naquele horário e às 17h30 não tinha mais ninguém na praia! E era um daqueles dias no Rio de Janeiro que a água está uma piscina, que ninguém simplesmente vai embora da praia. Isso pra mim já foi um milagre.

Tinha um heliponto por ali também, sempre passa helicóptero à noite, e não passou nenhum! A maré vai até o restaurante que usamos de base, ali em Grumari, a água chega nos degraus, e nesse dia a maré ficou recuada a noite toda. No dia da Pedreira, tinha urubu voando, o céu estava preto e os nossos produtores saíram pra comprar capa de chuva pra todo mundo porque a gente tinha certeza que ia chover e não caiu uma gota o dia inteiro. Choveu em volta da Pedreira, mas não choveu na Pedreira em si.

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Todo mundo estava muito grato por tudo que estava acontecendo porque a natureza colaborou e a gente estava imaginando um clipe muito abstrato, com os 4 elementos. Ficamos felizes de termos conseguido até superar nossas expectativas, de imagem, edição, cores, com esse trabalho. Foi realmente uma experiência muito legal. Tudo conspirou para que esse clipe acontecesse da melhor maneira possível.

Sei que foi no ano passado, mas uma das coisas que ajudou a te alavancar foi o show no Rock in Rio com o Cee Lo. E você também abriu um dos shows do Coldplay por aqui. Como foi essa experiência de se apresentar no palco de um dos maiores festivais do mundo e estar ao lado de artistas de renome internacional?
Iza: Foi uma das experiências mais gratificantes do meu trabalho. Eu digo isso porque fico grata de conseguir fazer essas coisas porque antes de entrar no palco eu estou sempre em pânico [risos]. São coisas muito, muito grandes e ocasiões especiais. E eu sou humana, óbvio que eu fico morrendo de medo antes de entrar no palco.

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Foram dois presentes porque esses dois eventos repercutiram na minha carreira e um monte de gente começou a me conhecer por causa disso. O Rock in Rio foi um divisor de águas na minha carreira. Foi muito legal poder ter conhecido o Cee Lo e ter a oportunidade de estar no show do Coldplay também. Tudo isso me deu muita força pra continuar, sabendo que o nosso trabalho estava na direção certa!

Você se tornou uma grande influência também e agora com esse disco, cheio de músicas em que você toma o poder, em que a mulher é a protagonista das suas vontades e ações, em vários sentidos, sinto que vai ser ainda mais uma influência positiva para o empoderamento feminino. Você sente isso no dia a dia? Sente uma certa responsabilidade?
Iza: Sinto com certeza! E fico muito feliz com isso. Você sendo uma pessoa pública, naturalmente você já pensa muito no que vai falar porque hoje em dia, com as redes sociais, tudo que você fala tem um impacto muito grande e muitas vezes bem maior do que você imagina. Eu sempre tive muito cuidado com isso.

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A partir do momento que eu entendi que eu estava representando várias meninas e meninos e que estavam se espelhando em mim, nas roupas que eu visto, no cabelo, no meu discurso e esperando que eu me posicionasse sobre determinados assuntos, aí que a minha preocupação triplicou. Eu realmente acho que o espaço que nós temos é pra isso também. Faz parte do nosso trabalho. É uma função que temos também.

Fico muito lisonjeada de saber que outras pessoas se espelham em mim e acho que estou caminhando na direção certa…

Gostaria de mandar um recado para os leitores do Nação da Música?
Iza: Muito obrigada a todos vocês que se importam comigo e me enchem de carinho, querendo saber quando que vai sair o álbum e saber mais das parcerias. Quero que vocês saibam que esse álbum é pra vocês e aconteceu por vocês. Se eu não estivesse cercada de tanto carinho e tanta admiração e de tudo que fazem por mim, nada disso teria acontecido. Muito obrigada pelo carinho! Amo vocês.

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Jornalista e apaixonada por música desde que se conhece por gente.