Entrevista: Milky Chance fala sobre experiência de estrada e Lollapalooza

Milky Chance


Terminar o colégio é um período de mudanças, e foi exatamente isso que aconteceu com os alemães Clemens Rehbein e Phillip Dausch, que formam o Milky Chance. Logo após a sua formatura eles lançaram a canção que mudaria a sua vida para sempre, “Stolen Dance”, que alcançou todos os cantos do mundo e transformou os recém formados em estrelas da música indie.

Com apenas 20 anos de idade, os dois divulgaram o seu primeiro disco, “Sadneccessary”, compraram uma minivan e saíram em turnê pela Alemanha e pelo resto da Europa, vivendo o sonho de muitos garotos e garotas do colégio e se tornando artistas.

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Em março de 2018, o Milky Chance traz a turnê de seu segundo álbum, “Blossom”, para o Brasil, se apresentando no Lollapalooza. A Nação da Música conversou com o vocalista, Clemens, para saber de sua experiência de estrada e o que esperar de sua participação no festival brasileiro.

Entrevista feita por Daniel Sakimoto.

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————————————————————————————————————— Leia a íntegra

NM: Como vai, Clemens?

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Clemens: Eu estou bem! Estamos no meio da nossa turnê européia, estamos na Croácia hoje. Sim, tudo bem, estamos na estrada.

NM: Logo após terminar a escola vocês lançaram a música “Stolen Dance” e foi um hit global. Qual é a história da canção e como você começou a fazer música?

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Clemens: Eu comecei a fazer música com 12 anos, comecei a ter aulas de violão com um amigo meu e desde o primeiro dia se tornou minha coisa favorita de se fazer, então eu tocava todos os dias e assim comecei a fazer músicas. A história da canção é sobre os momentos em que anseia por algo ou por alguém e não pode alcançar isso. No final das contas ela é sobre sua própria transformação em algo bom. Então, na verdade, não é muito claro sobre tudo o que ela é, eu só tentei captar o sentimento que eu sentia quando eu a fiz.

NM: Eu li que vocês compraram uma minivan e saíram pela Europa tocando música. Você tinha só 20 anos, né? Como foi essa experiência?

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Clemens: Sim, sim. Primeiro começamos a fazer só pela Alemanha, não foi logo de cara que fomos pela Europa. Então foram uns 15 dias na Alemanha, meu país natal. Tínhamos a minivan e eram só nós dois, Phillip e eu, e durante aquele tempo a gente não tinha nenhuma ideia de como a gente queria performar e tocar as coisas no palco. Não tínhamos nenhum tempo nem ideia de como queríamos ser no palco, então só pegamos as coisas e subimos na minivan.

Naquela época a gente não tinha muita ideia do que aquilo significava, sabe? Estávamos apenas nos divertindo! Estar em uma turnê, começar e se tornar uma banda, se tornar um músico. Todo esse tipo de coisa, que depois foi evoluindo passo a passo. Depois dos primeiros seis meses ou um ano de turnê foi que começamos a pensar no que queríamos no palco, como queríamos ser como banda depois dessa longa jornada. Agora eu sinto que já somos o que queremos ser, mas durante aquele tempo a gente se divertiu bastante.

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NM: O que os seus pais acharam disso?

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Clemens: Acho que eles reconhecem que queremos ser, sabe? Nós queríamos fazer isso em nossos termos e nossas possibilidades e eles nos apoiaram. Quer dizer, eu não sei exatamente o que eles pensaram, mas eu acho que eles não são do tipo de pais que vão cobrar que aos 20 você tenha um “trabalho de verdade” e tem que ganhar muito dinheiro. Eu cresci muito livre, eles deixaram eu fazer o que eu queria fazer. Então isso é muito bom.

NM: Eu também li que você gostava bastante de jazz enquanto estava na escola. Além de jazz, quais outros gêneros e artistas você usa para se inspirar?

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Clemens: Ah, é um monte e pode ser muitas coisas. Pode ser alguma música do Ben Howard, pode ser música eletrônica underground, pode ser música africana, pode ser algum som que escutamos na América do Sul, pode ser hip-hop, pode ser jazz, pode ser blues.

Nós somos muito interessados em música no geral, sabe? Nós nos consideramos como músicos, então temos que conhecer diversas músicas e saber como são tocadas. Temos nossos ouvidos e corações bem abertos para tudo do mundo da música.

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NM: São três anos de diferença entre o “Sadneccessary” e o seu último disco, “Blossom”. O que mudou no Milky Chance durante esses anos? Você acha que amadureceu com o período na estrada?

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Clemens: Sim, definitivamente! Acho que crescemos como pessoas, mas também desenvolvemos nossas habilidades. Nós amadurecemos. Tocamos em muitos palcos nesses anos, pequenos, grandes, em festivais, fizemos todos os tipos diferentes de shows. Acredito que tocar todos os dias fez com que a gente melhorasse e evoluísse.

NM: Vocês já tocaram música em diferentes partes do mundo. Como vocês mantêm a mente calma e o seu foco enquanto viajam pelo mundo. O que gostam de fazer para relaxar?

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Clemens: Bom, pra ser sincero somos todos pessoas bem relaxadas [risos]. Na nossa banda, nós quatro, somos todos cara tranquilos. Gostamos de caminhar ao ar livre durante o dia, visitar algo da cidade em que estamos, decidir o que vamos tocar naquela noite. Não é tão difícil para nós relaxar…

NM: Este mês vocês estarão aqui no Brasil para tocar para gente, o que vocês gostariam de fazer pra relaxar um pouco antes do show?

Clemens: Nossa agenda estará bem apertada, então acho que não teremos muito tempo livre para explorarmos o país, a cultura, as cidades. Mas estamos muito felizes. Quando tocamos em festivais, tentamos andar pelo lugar, ver outras bandas e conhecer algumas pessoas. Sentir a vibe do local e tentar absorver o máximo possível. Arte, pessoas, comida, moda o que seja, tentar conhecer tudo neste período curto de tempo. Às vezes é bem difícil conseguir ver tudo.

NM: E qual é a expectativa para o show aqui no Brasil, no Lollapalooza?

Clemens: Esperamos que as pessoas gostem! [risos] Que se divirtam bastante. Sabemos que os brasileiros são muito legais e que são bons em se divertir nos shows e em celebrar. Estamos curiosos e ansiosos para ver o que nos aguarda!

NM: Gostariam de mandar uma mensagem para os seus fãs brasileiros?

Clemens: Claro! Estamos muito empolgados em visitar o Brasil. Ouvimos falar muito de como é divertido, então estamos muito curiosos para experimentar isso. Venham ao show! Espero que seja uma ótima noite.

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Jornalista e Music Geek. Vive entre o indie e o folk e sonha em conhecer o Glastonbury.