Entrevistamos Paolo Ravley sobre novo EP “Lado B”

paolo ravley
Foto: Hector Amaro

Na próxima sexta-feira (24), o cantor e compositor Paolo Ravley lança o segundo registro de estúdio da carreira, intitulado “Lado B”. Natural do Maranhão, ele vive há 15 anos entre o Brasil e a França e traz em suas músicas uma grande mistura dos dois continentes.

A Nação da Música conversou com Paolo sobre o que esperar do novo trabalho de estúdio, sobre o período que ele ficou longe da música e também sobre as parcerias dos sonhos.

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Entrevista por Marina Moia.

——————————————– Leia a íntegra:
Oi, Paolo! Obrigada por falar com a Nação da Música! Você fez uma pausa musical e agora está de volta para lançar o EP “Lado B”. Como esse período parado influenciou o novo trabalho?
Paolo: Durante esse “longo” período longe da música, eu criei um empresa na área de turismo cultural em França. Vale ressaltar que minha outra paixão, além da música, é história e línguas! Quando vi esse pequeno empreendimento crescer eu parei e me perguntei: “mas como você não pensou em aplicar essa organização na realização dos seus projetos musicais?” / “Porque tanto medo de ser ‘independente’ musicalmente”? Isso me deu coragem e força pra continuar a árdua batalha de me encontrar musicalmente e fazer com que outras pessoas me encontrassem e compartilhassem tudo isso comigo. Voilà! Aqui estou eu de volta

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Apesar de morar na França há 15 anos e ter muitas influências da cena europeia musical, você não deixou de lado as suas raízes nordestinas, que transparecem em sua música. Como é fazer essa junção de sons e estilos? O que as pessoas podem ouvir do Maranhão em sua música?
Paolo: Pra mim a parte mais bacana de um projeto musical é a busca de sons e “texturas”! Algumas coisas foram estudadas, outras foi o acaso. Eu sabia que queria incluir instrumentos percussivos orgânicos muito utilizados no Nordeste, como djembé, berimbau, bongô, pandeirola etc e por isso fiz questão de chamar o Ricardo Braga, que já trabalhou com o Silva, dentre muitos outros.

Quando estive em São Paulo, um dos produtores com quem tinha me associado, o Ico dos Anjos, chamou o Dreg (guitarrista) e o Thiago Trindade (baixista) pra incrementar e trazer a pegada deles para algumas das tracks. Quando estávamos todos reunidos, conversa vai, conversa vem, ficamos surpresos de saber que TODOS nós éramos do MARANHÃO! Até o Ico! E isso realmente foi uma tremenda coincidência. Dá pra perceber o “maranhês” em tracks como “Outra Vez” e “Partiu, Sextou”. Lembra muito as “guitarradas” do Pará, aliás! Nosso país e muito rico musical e culturalmente !

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Como foi o processo criativo e de produção de “Lado B”? Para quem ainda está conhecendo o som de Paolo Ravley, quais são as suas maiores influências musicais? Com quem gostaria de fazer uma parceria no futuro?
Paolo: Durante meu período de “laboratório” em São Paulo em 2018, descobri artistas como Jaloo, Mc Tha, Duda Beat, Caio, etc e já conhecia artistas como o Silva. Parcerias com qualquer um deles seria uma honra! Percebi o quão distante eu estava da música brasileira e queria resgatar isso, Sem necessariamente surfar nos estilos desses artistas mas vi o quão originais eles eram! E isso que os faz tão especiais. Cresci ouvindo um monte de artista pop internacional  como Madonna, Beyoncé, Justin Timberlake, Bruno Mars, Michael Jackson, etc.

O processo de criação era eu, basicamente, começando sozinho no quarto, compondo e escrevendo, pra, em seguida, trabalhar com o Ico em “Pôr do Sol” e “Outra Vez”, presencialmente, e o Bruno Bonaventure (Estúdio SoundDesign – SP), a distância por causa da pandemia (eu já estava de volta a Paris). Tudo foi muito fluido. A quarentena ao menos me permitiu ir com mais calma e ser mais meticuloso ainda. Esperemos que essa crise sanitária passe logo !

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Agora que o EP está prestes a ser lançado, quais são os seus planos para o futuro? O que podemos esperar de Paolo Ravley?
Paolo: Haja visto o que o mundo está enfrentando agora, fica difícil fazer planos. Mas, se já nos for possível, quero focar na divulgação do EP, com apresentações ao vivo presenciais, ou virtuais, caso contrário. Já tenho músicas suficientes para um álbum inteiro, logo, dependendo da receptividade do público e críticos, porque não buscar investimento para terminá-lo. Já posso dizer ao menos que temos novidades pra esse semestre ainda !

Gostaria de deixar um recado aos leitores da Nação da Música?
Paolo: Nós somos o país que mais escuta sua própria música. Isso já é para se ter muito orgulho de ser brasileiro. Continuem fomentando e dando suporte a artistas, locais e nacionais, grandes e “pequenos”, como vocês vem fazendo.

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Jornalista e apaixonada por música desde que se conhece por gente.