Entrevista: Two Door Cinema Club fala sobre álbum “Gameshow”

two door cinema club
Foto: Rafael Strabelli / Nação da Música

A banda Two Door Cinema Club, composta pelo trio Alex Trimble, Sam Halliday e Kevin Baird, passou pelo palco Skol do Lollapalooza Brasil neste domingo (26). Os norte-irlandeses lançaram o terceiro álbum da carreira, “Gameshow”, em outubro do ano passado, depois de quase quatro anos parados.

Nação da Música conversou com Two Door Cinema Club, minutos antes da banda entrar no palco, sobre a produção do novo disco, a estadia no Brasil e a recente mudança de gravadora.

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Entrevista feita por Gabriel Simas e perguntas de Marina Moia.

————————————————————————————————————— Leia a íntegra

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“Gameshow” foi lançado depois de alguns anos sem conteúdo inédito. Como esse período que ficaram parados influenciou no álbum?
Alex Trimble:
Esse período foi tudo para o álbum porque nós formamos a banda no final do nosso Ensino Médio e nós saímos da escola, entramos em turnê e de repente tudo era sobre a banda, desde quando tínhamos 18 até os 24 anos. Até a pausa, tudo nas nossas vidas era relacionado à banda, era definido pela banda. E de repente, nós estávamos fora dessa bolha, estávamos vivendo no mundo real e pensando em coisas diferentes, experienciando coisas diferentes. Este álbum não teria acontecido sem isso [hiato].

Qual foi o momento que vocês decidiram que estavam prontos para voltar ao estúdio?
Sam Halliday:
Eu não acho que teve apenas um momento. Nós começamos a nos reunir novamente para se divertir e colocar o assunto em dia. Uma vez que fizemos isso, discutimos sobre algumas coisas, nós gradualmente começamos a compartilhar as músicas que gostamos e então evoluímos e compartilhamos ideias novas, para então depois ir ao estúdio. Então, não acho que teve apenas um momento… nós fomos nos falando mais e ficamos mais confortáveis naquela zona criativa novamente.

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Como foi trabalhar com Jacknife Lee novamente?
Alex Trimble: 
Ele é incrível. Nós fizemos o segundo álbum [“Beacon”] com ele também e desde então ele se tornou um amigo muito próximo. Quando você compreende alguém num nível muito profundo e eles também te compreendem da mesma maneira, isso torna o processo criativo muito… não necessariamente sempre fácil, mas muito produtivo. Ele é um cara incrível, ele tem uma mente incrível e ótimas ideias. Eu amo trabalhar com ele.

“Gameshow” tem muitas influências diferentes dos dois primeiros discos que vocês lançaram. Quais bandas vocês ouviram durante o processo? Quais as suas influências?
Alex Trimble: 
Foram muitas. No estúdio, tinha muito Prince, Fela Kuti, J Dilla, Bee Gees. Island Brothers foi outra grande influência. Nós meio que ouvimos de tudo, sabe, é uma coisa que nós fazemos sempre no estúdio. Quase passamos mais tempo ouvindo música do que fazendo música, quando estamos no estúdio. Todos os dias nós escutávamos 10, 15 álbuns diferentes.

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Vocês começaram e ficaram por anos com uma gravadora independente, mas agora estão com a Parlophone Records. Quais as diferenças?
Sam Halliday: 
É legal ter os recursos de uma grande gravadora, como o departamento de arte que eles têm lá, nós pudemos produzir a arte da capa lá, com Mike Lythgoe, o que foi muito legal.

Kevin Baird: Eles queriam que a gente focasse em algumas coisas. No passado, nós não conseguíamos lançar nosso álbum em alguns países e isso era algo que era realmente importante para nós. E numa grande gravadora eles tem os recursos para fazerem isso por nós. Então sim, acho que somos sortudos, pois nós nunca tivemos nenhum tipo de presença dominadora em nenhuma gravadora com quem trabalhamos. Nós mudamos para uma grande no momento certo, tendo já feito dois álbuns e estabelecido quem nós somos, e construindo confiança de que sabíamos o que estávamos fazendo. É, fomos bem sortudos.

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Isso é uma boa notícia! Geralmente ouvimos histórias ruins sobre essas coisas…
Kevin Baird: [risos] É, definitivamente existem histórias ruins sobre qualquer coisa, então…

Como tem sido a estadia no Brasil? Conseguiram aproveitar um pouco o país até agora?
Alex Trimble: 
Ainda não. Nós chegamos tarde ontem à noite [sábado – 25/03], então fomos ao hotel, comemos e fomos dormir. E chegamos aqui [Interlagos] de manhã, não tivemos tempo ainda.

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Vocês pretendem assistir algum show hoje?
Alex Trimble: 
Sim! Quero ficar para assistir The Strokes.

A última vez que vocês estiveram no Brasil foi no Lollapalooza de 2013. Faz um tempo, então os fãs podem esperar muitas coisas diferentes hoje, certo? E o show no Rio de Janeiro será diferente do show no Lolla?
Sam Halliday: 
Vai ser mais longo!

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Alex Trimble: É, nós temos um pouco mais de liberdade com nossos shows próprios, sabe, podemos tocar por mais tempo, colocamos algumas músicas menos conhecidas na setlist, mas simplesmente queremos dar aos fãs a melhor experiência possível, claro que queremos tocar os hits. E é, é uma vibe diferente.

Sam Halliday: Eu lembro quando nós estivemos no Lollapalooza da última vez e era um mar de gente, num ponto que nem parece real porque eles estão longe da gente, do palco. Então acho que isso é o legal de tocar num lugar menor também, no Rio, é mais íntimo para todo mundo. Só uma experiência diferente, acredito.

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E tem alguma banda dentro ou fora do lineup do festival com quem vocês gostariam de fazer uma colaboração no futuro? Uma colaboração dos sonhos…
Alex Trimble: 
O lineup é tão bom hoje e eu acredito que não diria “não” a nenhuma banda que tocará hoje. Duran Duran, The Weeknd, The Strokes, sou um grande fã de todos eles. Eu ficaria feliz de trabalhar com qualquer um que queria trabalhar comigo [risos].

Sam Halliday: Não sei, num certo ponto a gente começa a perceber que é melhor simplesmente se dar bem com as pessoas. Às vezes você sonha em colaborar com um artista, mas ele pode ser um babaca ou péssimo de estar junto no estúdio. Então se você consegue alguém legal para fazer parceria, então é legal.

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Jornalista e apaixonada por música desde que se conhece por gente.