Entrevistamos Urbanites sobre novo single “On Your Knees”

urbanites
Foto: Joaquim Sarmento

Nesta quarta-feira (19), a banda Urbanites revela ao público o mais novo single e videoclipe da carreira, da faixa “On Your Knees”. As desilusões vividas por John Cusack no filme “Alta Fidelidade”, de 2000, serviram de inspiração para o novo EP da Urbanites, que tem previsão de lançamento para o final de outubro.

A Nação da Música conversou com o vocalista e guitarrista Guilherme Lazzari sobre a relação da nova música com o filme de 2000, sobre a produção do novo EP e também sobre a criatividade durante a pandemia.

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Entrevista por Marina Moia.

————————————— Leia a íntegra:
Olá! Obrigada por falarem com a Nação da Música. O novo single e clipe da Urbanites, “On Your Knees”, vai ao ar nesta quarta-feira! A música continua a narrativa de “Don’t Tell Me Why”, certo? Contem pra gente sobre essa inspiração no filme “Alta Fidelidade” e também sobre o processo criativo das faixas em cima disso!
Guilherme: Primeiramente, obrigado ao “Nação da Música” e aos leitores pela atenção!

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Nosso novo single “On Your Knees” explora o autoengano, o medo de se comprometer com um relacionamento sério, embora não tenha nada de errado com aquela pessoa. No primeiro single “Don’t Tell Me Why”, nós buscamos tratar da ilusão, de como nos deslumbramos com pessoas e experiências que mal conhecemos e toda euforia que vem disso (algo bem atual nesse mundo pós redes sociais).

Então o tema dessa segunda música (“On Your Knees”) é consequência daquela: o choque entre expectativa e realidade, momento em que passamos a conhecer os defeitos, fragilidades e demais pontos negativos sobre uma pessoa ou experiência (mesmo que não justifique você fugir disso, pois é algo absolutamente normal).

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Sobre o filme/livro “Alta Fidelidade”, nós sempre gostamos muito da obra e da trilha sonora, principalmente porque evocam aquele clima nostálgico dos anos 90 que tanto amamos e que nos influencia até hoje.

Depois de produzir essas novas músicas, nós sentimos que elas contavam uma história de autodescoberta, e foi esse o laço em comum que identificamos com o filme.

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Elas “descrevem” uma jornada de amadurecimento parecida com a do personagem principal vivido pelo John Cusack: ilusão e deslumbramento com as mulheres diferentes que ele namorou; autoengano e quebra de expectativas no relacionamento atual; percepção de que na verdade ele já tem tudo que precisa com sua atual parceira; e finalmente a superação de suas paranoias, podendo viver plenamente.

Então já dá pra dizer que o EP será formado por quatro músicas (duas delas já lançadas), que representam cada uma daquelas fases (ilusão, autoengano, percepção e perseverança).

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Essas novas faixas estarão no EP inédito. O que podem nos contar sobre esse trabalho? Quão diferente foi a produção e criação dele em relação aos dois primeiros que a banda lançou?
Guilherme: Estamos muito empolgados com essas novas músicas!

Nós conhecemos os produtores Amadeus Marchi e Gustavo Schirmmer (que produziram juntos o álbum “Violeta” da Terno Rei) e rolou uma química muito legal. Os dois são frenéticos ao produzir e desconstruir as composições, pra dar um ar mais contemporâneo a elas. Além disso são muito engraçados e descontraídos, o que ajudou a tirar um pouco o nervosismo ao gravar.

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Acreditamos que na produção desse EP nós estávamos mais maduros musicalmente do que nas produções anteriores. Conseguimos nos soltar mais e planejar melhor os arranjos e a mensagem que queríamos passar nas canções. Não vemos a hora de gravar com eles novamente. São os melhores produtores do Brasil!

O som de vocês pode ser caracterizado também como britpop brasileiro. Dentro deste gênero, quais são as maiores influências da banda? E quais os toques brasileiros que vocês trazem pra ele?
Guilherme: Os três membros possuem muitas influências diferentes, mas nossos pontos em comum são bandas como Oasis, Radiohead, Nirvana, The Verve, Green Day e Smashing Pumpkins (muita sonoridade dos anos 90 nas veias). De bandas mais recentes, podemos citar Arctic Monkeys, Black Keys e Queens of the Stone Age.

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Quanto aos toques brasileiros, não sabemos identificar isso muito bem, pois a gente se deixa levar pelas influências musicais e sentimentos na hora de compor, improvisar e tocar. Talvez o momento tenso pelo qual estamos passando como país se reflita nas letras, mesmo elas sendo em inglês. Elas tratam de temas como ansiedade social, sentimentos de desamparo, medo e excesso de informação, e infelizmente não faltam motivos pra gente sentir isso atualmente.

Como tem sido esse período de isolamento social para a Urbanites? Tem sido uma época mais criativa ou o contrário? E o que podemos esperar do futuro do grupo?
Guilherme: Nós produzimos essas músicas no final de 2019, então felizmente a pandemia não afetou essa parte do trabalho. O principal impacto foi a impossibilidade de fazer shows para promover o novo material.

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Pode-se dizer que tem sido uma época criativa sim, pois composições novas vão brotando aos poucos, principalmente nesse momento de tédio que todos estão vivendo.

Quanto ao futuro da banda, estamos motivados a não parar mais de compor, gravar e produzir novas músicas. Quem sabe role um álbum completo e uma turnê em um futuro próximo!

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Gostariam de deixar um recado aos leitores da Nação da Música?
Guilherme: Obrigado por lerem até aqui e esperamos conhecê-los em breve! Mandem mensagens no nosso Instagram ou Youtube e nos diga o que achou do nosso som! Adoramos conversar com nosso público. Abraços e muita paz pra vocês!

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Jornalista e apaixonada por música desde que se conhece por gente.