Entrevistamos Pedra Letícia sobre “Histórias Com Fins” e 14 anos de banda

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A banda Pedra Letícia acaba de lançar, nesta sexta-feira (09), o videoclipe do single “Histórias Com Fins”, dirigido por André Barreto, da FØCA Audiovisual. A faixa estará presente no próximo disco deles, intitulado “Velhos Goianos Começou Risare”, que tem data de lançamento prevista para setembro.

A Nação da Música teve a oportunidade de conversar com o vocalista Fabiano Cambota sobre o mais novo lançamento, os 14 anos de banda e também sobre a turnê atual.

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Entrevista por Marina Moia.

————————————- Leia a íntegra:
O novo disco vai sair em breve, em setembro. O que os fãs podem esperar desse trabalho? Quão diferente foi o processo criativo desse disco em relação aos anteriores?
Fabiano: O trabalho novo do Pedra Letícia, o “Velhos Goianos Risare”, é um síntese do que vem acontecendo com a banda há algum tempo. A gente nunca se prendeu a nada, nunca se obrigou a fazer nenhum tipo de música específica. Inclusive, nem toda música precisava obrigatoriamente ser divertida ou engraçada. Isso está bem espelhado no novo disco. Ele tem músicas muito engraçadas, tem músicas divertidas, tem outros temas e a gente condensou isso num disco que está muito bonito e bem a nossa cara. 

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Pra esse disco, além das músicas que eu sempre gostei de escrever sozinho, diferentemente dos primeiros discos, houve uma participação mais intensa da banda como um todo. E pela primeira vez, a gente se reuniu e escreveu músicas, a banda inteira. Como é o caso inclusive de “História Com Fins”, que a gente está lançando agora, que é uma música escrita pela banda toda. A gente se reuniu alguns dias na praia de Maresias e conseguimos ter um processo criativo diferente. O que foi ótimo pra banda porque nos uniu – e a gente sempre foi muito, muito, muito amigos.

Agora nós conseguimos talvez fechar o último nó que faltava. O último laço que faltava pra esse presente que é a composição. A gente estreitou ainda mais o nosso laço através do processo da criação da música, o processo mais embrionário daquilo que a gente faz com tanto afinco e com tanto carinho.

A Maneva participa do disco, certo? Como foi trabalhar com eles?
Fabiano: A galera do Maneva sempre foi parceira nossa, sempre foram muito queridos com a gente. E terem topado participar de uma faixa do disco foi uma honra pra gente. Estamos muito, muito, muito honrados com o resultado e da forma como tudo foi feito. É uma parceria que vai bem além da própria música. É uma satisfação poder trabalhar com gente tão querida e tão amiga.

Com quem mais vocês gostariam de fazer uma colaboração no futuro?
Fabiano: A gente sempre teve colaborações de pessoas muito queridas com a gente, desde o primeiro disco com o Reginaldo Rossi. O Rick Ferreira, que fez banjo e guitarra no primeiro disco, voltou a fazer agora com a gente. E agora o Maneva que nos brindou com essa honra e realmente ficou muito legal porque além de tudo a gente gosta de trabalhar com quem a gente admira. E a gente admira um monte de gente, então futuras parcerias serão bem-vindas nesse mesmo parâmetro, de poder trabalhar com pessoas que são amigas e que a gente admira.

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Pedra Letícia completa 14 anos em 2019. Parabéns! Além do disco novo, vocês estão planejando algum tipo de comemoração a essa data e aos 10 anos de “Teorema de Carlão”?
Fabiano: A gente vive um momento muito especial da banda. Além de ser um momento muito maduro, é um momento muito íntimo porque a gente celebra a nossa própria amizade. Isso é o principal. Se vai ter algo especial, é difícil dizer e vai parecer piegas o que vou falar, mas a gente encara todo o momento, como um show novo, como uma celebração, uma comemoração. É uma forma da gente comemorar o fato de viver disso, de ter a chance e a oportunidade de trabalhar entre amigos, fazendo música. É um sonho muito adolescente, uma possibilidade que tanta gente tenta e não consegue, e a gente tem a oportunidade de seguir em frente. Pra gente é uma eterna celebração.

O som de vocês é muito único e é algo que não vejo muitas bandas fazendo no Brasil atualmente, colocando tanto humor e irreverência nas letras. Quem e o que inspira vocês criativamente?
Fabiano: São tantas inspirações que é difícil dizer, é um caldeirão gigantesco de coisas que a gente mistura e que é difícil listar especificamente. São coisas muito diversas, tanto no humor como na música, juntos inclusive. A gente pode citar as bandas divertidas dos anos 80 ou antes disso, como Secos e Molhados, que tinha uma coisa meio irreverente e transgressiva, Mutantes e tantas outras coisas, e além dessas a gente tem uma ligação muito forte com o rock, com os ritmos brasileiros, com Beatles e com o humor. Da forma que a gente enxerga o humor, que a gente conheceu o humor e consumiu quando éramos moleques. Tudo isso forma um caldeirão tão gigantesco que é praticamente impossível te listar alguma coisa. Agora, leve em consideração também que somos quatro caras de inspirações diferentes e isso é ótimo porque cada um traz o seu tipo de gosto e o seu ingrediente pra esse caldeirão.

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Após o lançamento do disco, onde os fãs poderão vê-los ao vivo? Já estão com turnê marcada?
Fabiano: A gente já está fazendo os novos shows da banda e a nova turnê já está rolando na verdade. Vamos fazer uma passagem por Minas Gerais, vamos à Belo Horizonte e interior também. A gente inclusive está programando uma pequena temporada em São Paulo, o que a gente chama de Ensaio Aberto, que é pra afinar esse show. A gente deve fazer no Clube do Minhoca, que é um clube de comédia bem pequeno, que a gente quer tocar ali na cara das pessoas e ver essa reação mais próxima de como vai ser o próximo show.

Já começou, na verdade, já estamos nesse corre e muito empolgados porque sempre que se lança um trabalho novo, diferentemente talvez pro Pedra Letícia, é menos cansativo, acredito. Muitas bandas precisam ficar trabalhando a música, e a nossa banda é meio que o contrário. As pessoas estão ávidas pelo que estamos pra lançar porque elas querem entender o que vai diverti-las. É uma nova piada que a gente está trazendo e entendemos isso com o tempo. As pessoas não tem problema nenhum em consumir uma música nova durante o nosso show, elas prestam atenção, então pra gente de certa forma é mais fácil. Já começamos a rodar com esse show e temos um monte de apresentações fechadas pelo Brasil até o final do ano. E estamos só esperando confirmar essas quatro datas em São Paulo, do Ensaio Aberto, pra galera que quiser curtir em primeiríssima mão o show da banda.

Gostariam de deixar um recado aos leitores da Nação da Música?
Fabiano: Pra galera da Nação da Música, primeiramente muitíssimo obrigado pelo espaço, pela oportunidade, pelo carinho com o qual nos tratam. Quero dizer pra essa galera que está ligada na Nação da Música que Pedra Letícia é uma banda total agregadora. Eu sempre falo que é uma banda meio sem rótulo. A gente pode parecer rock, pode parecer pop, pode parecer o que você gosta de escutar.

A única consideração que a gente faz é “esteja aberto para se divertir”. Se você está afim de se divertir, está afim de dar risada, de ouvir uma música legal com a letra legal, pode colar que você vai adorar Pedra Letícia. Muitíssimo obrigado e um grande abraço a todos vocês! Valeu!

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Marina Moia
Marina Moia
Jornalista e apaixonada por música desde que se conhece por gente.