No último domingo (29), a norte-americana Halsey fez a primeira apresentação ao vivo do álbum “If I Can’t Have Love, I Want Power”, sobre o qual você pode ler aqui. A era gótica da cantora marcou presença durante a performance que foi ao ar mundialmente pelo serviço Moment House, pontualmente às 22h (horário de Brasília).
O direcionamento criativo da produção ficou a comando da própria artista em colaboração com a Moment Factory, enquanto Dani Vitale deu as ordens na direção. Ela já havia trabalhado com a compositora coreografando o clipe de “clementine” e a experiência cinematográfica que acompanha o novo disco.
Em uma publicação promocional da nova era, ela declarou: “Esperei a minha vida toda para estar exatamente onde estou agora e, em alguns momentos, eu saboreei a obscuridade ao longo do caminho. Agora é a sua vez”. Logo, não é surpresa alguma o fato de que elementos mais soturnos, misturados à maquiagens mais carregada tenham sido utilizados ao longo dos pouco mais de 40 minutos de concerto que os fãs curtiram digitalmente.
Assim como no disco, a faixa de abertura foi a poderosa e impactante “The Tradition”, cantada a meia-luz pela artista, imitando uma peça de teatro onde os holofotes estão todos sob ela, mostrando toda a sua potência vocal, já conhecida pela audiência. Em seguida, dentro de uma banheira e exibindo a barriga que ainda gerava seu filho, Ender, ela performou “Lilith”.
Nota-se o quanto o videoclipe de “Nightmare” teve influência na produção durante “Easier Than Lying”, que trouxe os mesmos jogos de luzes e flashes brilhantes sobre o qual o telespectador foi alertado sobre no começo. Aqui, a tão conhecida pelos fãs potencial vocal da artista foi completamente utilizada, sem uma perda de fôlego sequer ao longo da performance. Quebrando o ritmo de músicas inéditas e dentro do que aparentava ser uma caixa de madeira, a cantora apresentou a faixa “You Should Be Sad”, último single promocional de “Manic” (2020). Esse trabalho garantiu a artista o certificado de platina no mercado norte-americano, em junho de 2021. Em meio um jogo de luzes azuis e verdes e mantendo a persona de palco, ela cantou “Girl is a Gun”.
Com o ambiente iluminado por uma luz vermelha, acompanhada por um grupo de dançarinas, chegou a vez dos fãs ouvirem a muito conhecida e previamente citada, “Nightmare”, lançada em 2019. A música permaneceu na tabela “Mainstream Top 40 Airplay” da Billboard por 12 semanas, alcançando a 13ª posição em dado momento. Em uma edição especial de “If I Can’t” comercializado pela rede Walmart, a faixa foi reprisada. Halsey apareceu novamente sozinha para entoar “You Asked For This”, cujo lyric video você confere no final dessa publicação, com luzes vermelhas ainda envolvendo a cantora. Apesar de estar grávida, ela não se conteve em qualquer momento, dedicando tudo de si para entregar um espetáculo, pulando como se estivesse realmente em frente a uma plateia ao vivo.
O cenário foi completamente modificado para a faixa seguinte, cores mais coloridas foram utilizadas e a artista apareceu caracterizada com um vestido rosa para a estreia da balada “Darling”, dedicada ao seu filho recém-nascido, Ender. Durante esse trecho, é notável o quanto a cantora ficou emocionada e está feliz em sua nova fase. O ritmo da performance foi acelerado durante “Honey”. A compositora utilizou um vestido branco contemporâneo e e em certo momento foi banhada por nada menos que mel. Vale mencionar que essa não é a única vez que a cantora faz algo parecido durante esse set!
Com vestes brancas que lembram a representação de deusas do Olimpo em inúmeras obras conhecidas pela sociedade, chegou a vez do single “I Am Not a Woman, I’m a God”. Conforme a canção cresce, os jogos de luz, dessa vez azuis e vermelhos, ficaram mais intensos e, eventualmente, sangue falso começou a ser jogado na cantora. Ela teve algo a comentar sobre esse trecho no chat, após a apresentação:
“Não é fácil se concentrar quando tem sangue falso sendo jogado em você, mas eu estou tão feliz com o resultado”, revelou.
A conclusão ficou a cargo da modificada “Gasoline”, presente originalmente em “Badlands” (2015), ambientada em um cenário que foram utilizadas fogueiras atrás da cantora. Com a nova roupagem, os arranjos totalmente remodelados e um sample de “Hurricane”, também do trabalho citado anteriormente nesse mesmo parágrafo, foi adicionado. No final do espetáculo, a autora de “Room 93” agradeceu aos fãs pelo apoio, declarando no chat da plataforma:
“Muito obrigada pelas suas palavras gentis sobre o álbum e performance. Eu estou tão orgulhosa desse trabalho e feliz que ele tenha encontrado um lar”.
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