Resenha: “Blush” – Moose Blood (2016)

Moose Blood

Há alguns anos surgiu toda uma comoção na mídia especializada a respeito de um revival do emo. Entre as diversas bandas que eram colocadas no meio dessa teoria estava o Moose Blood, que em 2014 lançou o excelente “I’ll Keep You In Mind, From Time to Time”, seu álbum de estreia. Desde então os britânicos acabam pipocando como um nome promissor de sua geração.

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Essa tal “volta do emo” é muito controversa, afinal de contas sempre existiram bandas que trabalhassem no estilo por ai, as pessoas apenas não estavam prestando atenção. Em 2016 ficou muito difícil não prestar atenção no Moose Blood, que assinou contrato com a Hopeless Records e no começo de agosto lançou o seu segundo disco, “Blush”.

A carta de entrada do material é a excelente “Pastel”. Intensa na medida certa e com uma letra carregada de sentimentalismo é uma das melhores músicas do álbum e aumenta ainda mais a expectativa de quem está ouvindo. É interessante ver o Moose Blood se aproximando de sonoridades diferentes sem perder a mão do que se está fazendo.

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Na sequência temos dois singles do registro. O primeiro “Honey”, que foi divulgado logo em seguida de a banda anunciar sua ida para a nova gravadora. É uma música que tem um upbeat interessante. É possível entender porque ela é single, cativa rapidamente tanto pelos seus acordes como pelo lado lírico.

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Depois temos “Knuckles”, outra canção que foi música de trabalho e um dos destaques do disco. Ela segue quase que toda a fórmula apresentada na música anterior, mas tem um refrão muito mais jovial e intenso. Em certos pontos, essa música me lembra bastante alguns trabalhos do Biffy Clyro. Pra completar, o single ganhou um clipe inspirado no filme “Pequena Miss Sunshine”.

A sequência traz “Sulk”, outra excelente composição. Essa é um pouco mais melancólica e traz diversos elementos que remetem bastante há algumas baladas pop punk. É uma música que faz parte da porção mais melancólica do disco.

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“Glow” retoma a pegada das três primeiras canções de “Blush”. É uma composição muito fácil de agradar e rapidamente gruda na sua cabeça, ainda mais por conta do refrão fácil de decorar e riffs simples.

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“Cheek” é a primeira baixa no registro como um todo. É difícil explicar, pois a música não é necessariamente ruim, mas soa como se algo estivesse faltando no produto final. Ela não casa com o restante do álbum e não é tão fácil de ser degustada como suas antecessoras.

Após temos “Sway”, uma música que tenta uma abordagem diferente do restante do disco. Os acordes remetem muito a uma versão mais rápida de “A Movie Script Ending” do Death Cab For Cutie. É uma música que remete bastante às origens britânicas do grupo, sendo facilmente confundida com algum som alternativo da Terra da Rainha.

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A porção final do disco tem “Shimmer”, uma música que começa bastante melancólica e segue este rumo por quase toda sua duração, até chegar a um ápice incrível que demonstra a facilidade do Moose Blood em casar caos e simplicidade. Aqui começamos a ver “Blush” reduzir um pouco a sua intensidade.

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“Spring” é o ápice dessa redução. Essa música tem algo que gosto bastante em diversas produções: a capacidade de criar uma atmosfera que combine perfeitamente com a melancolia que a letra transmite. Ela é totalmente diferente do que se ouviu até aqui, mas é uma música interessante.

“Freckle” encerra o disco e traz novamente os upbeats e estrofes joviais que abriram o material do Moose Blood. Os acordes são cativantes e o refrão lembra bastante nomes como Saves The Day em seus materiais mais antigos.

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O Moose Blood é uma banda muito promissora. Ao mesmo consegue abordar sonoridades alternativas e, também, uma musicalidade mais pop e facilmente executada nas rádios. Essa combinação é arrebatadora e colabora pra tornar “Blush” um disco perfeito. Por se tratar do segundo material de um artista novo, esse é o disco que determina se a banda pode dar um passo a frente na carreira.

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Quando acerta, “Blush” acerta em cheio. Em compensação, nas poucas vezes que errou, errou feio. Normal tratando-se do contexto da banda em que o material foi lançado. Como foi possível perceber no texto, o disco remete à diversas influências diferentes – e muito boas – o que torna ele facilmente apreciado por quem tenha intimidade com alguns dos artistas que citei.

Enfim, “Blush” é um disco de transição de uma banda com um grande potencial. É acima da média, ainda mais por tratar-se de uma cena musical que parece ter saturado todas suas novidades.

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Tracklist:

01. Pastel
02. Honey
03. Knuckles
04. Sulk
05. Glow
06. Cheek
07. Sway
08. Shimmer
09. Spring
10. Frecklee

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Nota: 7

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Avatar de Vicente Pardo
Vicente Pardo: Editor do Nação da Música desde 2012, formou-se em Jornalismo pela Universidade Federal de Pelotas em 2014. A música sempre foi sua paixão e não consegue viver sem ela. É viciado em procurar artistas novos e não consegue se manter ouvindo a mesma coisa por muito tempo. Também é um apaixonado por séries de TV e cultura pop.