Resenha: “Evolve” (2017) – Imagine Dragons

Imagine Dragons

Na última sexta-feira (23), o tão esperado novo álbum do Imagine Dragons chegou ao conhecimento do público. Intitulado “Evolve”, o disco possui 11 faixas e chega como sucessor de “Smoke + Mirrors”, lançado pela banda em 2015.

O álbum é definitivamente uma obra de arte no que diz respeito aos instrumentais e experimentações, ponto forte da banda e podemos perceber na análise faixa a faixa.

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“I Don’t Know Why” é a faixa de abertura do álbum e cumpre seu papel de forma ímpar. Sua melodia, seu instrumental e sua produção são generosos com os ouvintes e faz com que nos sintamos convidados a continuar ouvindo o álbum na expectativa de que as faixas subsequentes tenham o mesmo cuidado com nossos ouvidos.

Temos então “Whatever It Takes”, que é uma faixa com elementos puxados para o rock e sem muitas novidades. É uma faixa contagiante e que tem uma presença bastante agressiva para ser a segunda faixa do álbum, talvez um reposicionamento da mesma na tracklist faria total diferença. Na minha opinião, uma das melhores do álbum.

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Logo após temos “Believer”, que combinaria muito mais como segunda faixa do álbum no lugar da anterior. É uma música bastante interessante, pois ela é imprevisível; há um momento de entrada no refrão que nos cria uma expectativa de que haverá uma explosão que acaba não acontecendo, mas que não a torna menos interessante, pelo contrário, cria uma atmosfera um tanto quanto enigmática na faixa que é o primeiro single do álbum. A dinâmica dela acaba se tornando bastante rica.

“Walking the Wire” possui uma das letras mais bonitas e impactantes do CD. É uma letra motivacional daquelas que fazem com que as pessoas ergam as luzes de seus celulares no estádio enquanto balançam seus braços de um lado para o outro entoando o amor, a fé e a esperança para todos os lados em plenos pulmões. Não é algo que nunca tenhamos visto, pelo contrário, mas isso não torna a faixa menos importante. Motivação nunca é demais e é por isso que “Rise Up” vem logo na sequência, outra dessas faixas que elevam a auto-estima.

“I’ll Make It Up To You” é a música responsável por retornar o álbum para sua direção dançante após um momento mais reflexivo como o que acabamos de analisar. A faixa tem uma vibe bastante oitentista, principalmente no instrumental mais marcado de seu refrão.

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“Yesterday” é uma das mais originais do álbum e tem uma pegada bem estudada que lembra bastante Queen, reforçando a ideia de que o CD bebe da fonte dos anos 80, época em que a banda lançou boa parte de seus grandes sucessos.

“Mouth of the River” é uma faixa bastante típica do grupo, sem grandes novidades ou grandes inovações, o que não é necessariamente um defeito, apenas faz com que a faixa seja uma filler no CD, ou seja, uma daquelas faixas que entram pra cumprir o espaço da tracklist e que não são tão pensadas com relação ao restante do conceito do álbum. A faixa se encaixaria bastante em um trabalho do The Killers, por se aproximar do conceito trabalhado por eles.

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“Thunder”, segundo single de trabalho do álbum, tem uma pegada muito mais hip hop do que rock, como a grande maioria do álbum. A faixa é bastante comercial também e possui uma repetição expressiva do título da canção. Não é nem de perto a melhor faixa do álbum, mas talvez seja uma das que tenham mais apelo público por se encaixar em mais de um formato.

“Start Over” é uma faixa que surpreende por seu instrumental bem marcado e exótico para o que a banda costuma fazer. Não vemos a presença do rock novamente, dando espaço para um conceito mais pop versando com uma vibe tropical.

“Dancing in the Dark” encerra o álbum da banda e traz consigo toda a identidade apresentada na primeira faixa, do tipo que envolve o ouvinte em uma atmosfera criada especialmente para aquele momento. É uma música que auxilia na digestão do álbum por completo.

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O álbum possui uma produção muito bem amarrada e coesa, no entanto, peca no quesito originalidade própria, uma vez que a banda não apresenta uma evolução em sua sonoridade e/ou em seu estilo. Ou seja, para uma banda tão versátil, não há inovação, porém a banda entrega de maneira exemplar o que se propõe a fazer e o álbum é muito bom, por isso.

Tracklist:

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01. I Don’t Know Why
02. Whatever It Takes
03. Believer
04. Walking the Wire
05. Rise Up
06. I’ll Make It Up To You
07. Yesterday
08. Mouth of the River
09. Thunder
10. Start Over
11. Dancing in the Dark

Nota: 7,5

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Guil Anacleto
Guil Anacleto
Arquiteto e Urbanista por opção, cantor e amante de música por vocação. Uniu seu gosto por música e por escrita quando viu no Nação da Música a oportunidade de fundir ambos. Não fica sem um bom livro, um celular e um fone de ouvido. Amante de séries, televisão, reality shows, gastronomia, viagens e tenta sempre usar isso a seu favor para estar reunido com família e amigos. Uma grande metamorfose ambulante reunida em um coração sonhador com um toque de humor indispensável.