Resenha: “Expectations” – Hayley Kiyoko (2018)

Hayley Kiyoko


Os primeiros passos notáveis que Hayley Kiyoko deu no mundo da música aconteceram em 2015, com o clipe de “Girls Like Girls”. Eles culminaram no que, atualmente, a cantora caminha para ser com duas nomeações para o VMA e o seu primeiro LP: “Expectations”, lançado no dia 30 de março de 2018.

Aliás, nada mais justo do que uma artista que construiu sua carreira e fanbase a partir de seus videoclipes receberem o reconhecimento da MTV para o Video Music Awards. Kiyoko canta um pop mais alternativo, dança bem, atua e dirige os próprios vídeos. Todos eles têm um tema em comum: amor entre garotas. Por esse motivo, seus fãs são, em maioria, meninas lésbicas e bissexuais.

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“Expectations” tem 13 faixas, começando por uma de mesmo nome. Sem letra, o título já ganha um “overture” entre parênteses, indicando que se trata de uma abertura. Não existe letra, apenas alguns vocais e ambientações com instrumentais que já indicam o estilo e linha que estamos prestes a ouvir.

“Feelings” é um pontapé logo de cara. Agitada e dançante, a voz de Hayley Kiyoko fala sobre sentir demais: “Eles dizem que eu irei me machucar se eu não for como gelo”, canta ela, pedindo desculpas por se importar. Ela, com certeza, entra no grupo de excelentes músicas do disco.

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A primeira, e única, colaboração do álbum é “What I Need”, com a Kehlani. Esse é também o último single lançado por Hayley, com direito a clipe em que ela e Kehlani interpretam melhores amigas que fogem juntas e se apaixonam. A terceira faixa também está no grupinho das (muito) boas. O refrão fica na cabeça e os sintetizadores ditam a batida enquanto elas cantam sobre um amor complicado, em que um dos lados está em dúvida.

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“Sleepover” diminui um pouco o ritmo, com a aparição de um violão junto com as ambientações de passarinhos ao fundo. É uma balada até certo ponto, mas com elementos de eletrônico. Mais uma vez, a composição fala de amor, dessa vez não correspondido e dando a entender que a paixão é por uma amiga. O consolo de Kiyoko aqui é “pelo menos eu te tenho na minha cabeça”.

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“Mercy/Gatekeeper” é a primeira faixa dividida em duas partes, ela é seguida imediatamente por “Under The Blue/Take Me In”. Em questão de estilo, as vibes são um pouco mais sombrias, mas com refrões que entretém e continuam muito dançantes. São músicas boas que se completam. Acima de qualquer coisa, é preciso falar da ambição da cantora. O trabalho começa com uma canção sem letra feita com o único intuito de iniciar o álbum, mostrando que esse projeto tem início, meio e fim. Não é só um apunhalado de músicas colocadas em um mesmo lugar.

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“Curious” pode ser nomeado o carro chefe de “Expectations”. Com esse single e clipe que o disco surgiu para o mundo dois meses antes do lançamento oficial. Aqui, a cantora está curiosa para saber se “você o deixa te tocar do jeito que eu tocava”, mas afirma que pode aguentar. O refrão é um chiclete, fica o aviso. Ela é seguida por um interlude sem letra chamado “xx”.

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“Wanna Be Missed” é menos dançante. Hayley Kiyoko canta a primeira estrofe usando um falseto e repete novamente na segunda estrofe, antes, um refrão embala a música. É possível dizer que o forte da artista é o refrão – além de todo o resto, tipo dirigir e atuar nos próprios clipes (ao mesmo tempo) -, são todos muito bem construídos e pegajosos, o que é a intenção de um refrão.

“He’ll Never Love You (HNLY)” tem uma introdução ambientada de passos e um rádio com uma canção latina, que é trocada pela faixa de Kiyoko. “Amor, dança, chiclete” é um mantra em “Expectations”, e isso não é ruim de jeito algum, é, na verdade, uma fórmula perfeita. Junto com “Curious”, a pegada mais R&B predomina aqui também.

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Diferente das anteriores, “Palm Dreams” aposta em um baixo com presença para deixar um funk no ar, sintetizadores fazem um bom trabalho aqui também. A composição muda um pouco de foco também e a paixão é substituída por fama e fortuna em Los Angeles, o sonho do estrelado se tornando realidade. O final tem uma outra ambientação que segue até o começo de “Molecules” dando um ar de continuidade entre as faixas. É aqui que a estrofe é melhor que o refrão, uma das poucas – quiçá única – vezes que isso ocorre no trabalho, puxada por uma batida forte.

Para encerrar, “Let It Be” fecha, não só o álbum, mas também o relacionamento presente nele. Tem a vibe do disco, mas o refrão difere na “grandiosidade”, não no sentido de ser melhor que algum outro (porque tem melhores), mas de que poderia ser cantado em uma igreja, com palmas, batidas, sinos e coro. Até um solo, do que eu acredito ser um banjo, temos no final

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Hayley Kiyoko é o ícone abertamente lésbico que muita gente esperava e precisava. “Expectations”, além de ser um bom álbum de estreia, traz na voz da cantora a representatividade que muitas meninas ansiavam. É a representatividade de uma maneira mais leve e sentimental, não tão política. Kiyoko fala de amor, amizade e ela dança e simboliza, pois, os jovens, independentes de orientações sexuais, buscam nessas temáticas o refugio e, muitos deles, devido à essas mesmas orientações sexuais, não encontram.

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Giovana Romania
Giovana Romania
Música é uma das minhas coisas favoritas do mundo. Formada em Jornalismo, amante da cultura pop e little monster sofrida.
Os primeiros passos notáveis que Hayley Kiyoko deu no mundo da música aconteceram em 2015, com o clipe de “Girls Like Girls”. Eles culminaram no que, atualmente, a cantora caminha para ser com duas nomeações para o VMA e o seu primeiro LP: “Expectations”, lançado no dia 30 de março de 2018. Kiyoko e seu trabalho de estreia são o sonho de representatividade de muitas meninas lésbicas e bissexuais: vão poder sofrer por amor e dançar ao mesmo tempo.Resenha: "Expectations" - Hayley Kiyoko (2018)