Resenha: Fresno celebra 10 anos de “Ciano” com show em Porto Alegre

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Eu tinha de 15 pra 16 anos quando vi a Fresno lançar o “Ciano”. Naquela época a banda já era disparada uma das minhas favoritas e, sem sombra de dúvidas, o primeiro artista nacional com o qual eu consegui ter aquele adoração e idolatria semelhante à de ídolos gringos. Lembro perfeitamente de a banda divulgar “O Que Hoje Você Vê” e “Cada Poça Dessa Rua…” pra download no saudoso Trama Virtual, o quem e fez sair correndo do colégio ao meio-dia pra chegar logo em casa e baixar.

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No último Domingo (05), a banda se apresentou no Opinião, uma das casas de shows mais famosas de Porto Alegre. O roteiro era perfeito para uma show, mas a experiência foi ainda mais acachapante do que se poderia prever. A casa recebeu um público excelente, o que contribuiu ainda mais para uma atmosfera de catarse e nostalgia. De acordo com o vocalista Lucas Silveira, esse foi o maior público que a banda já teve na casa de espetáculos.

Era visível a diferença de idade entre os presentes no público, o que só comprova a grandiosidade do que a Fresno fez há 10 anos. Pessoas que, com certeza, não tinham idade suficiente pra assimilar o que o álbum transmitia ou o que aquelas letras, escritas por Lucas Silveira, significavam na época. Mas nada disso importou, os presentes cantaram todas as músicas à plenos pulmões, tanto em letras emotivas como “Infância” e “Alguém Que Te Faz Sorrir”, como em “A Resposta” e “O Peso do Mundo”, canções mais pesadas do registro.

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Além da grandiosidade no imaginário dos fãs, “Ciano” é um disco determinante no que a Fresno viria a se tornar – e é até hoje. O álbum representa um pilar sólido na carreira da banda, um ponto de segurança. O disco foi responsável por levar a Fresno do cenário independente para a grande mídia. Como o próprio Lucas comentou no show de Porto Alegre, foi o trabalho que fez o grupo perceber que dava pra se buscar algo além do underground. Não é atoa que “Quebre As Correntes”, um dos singles do disco, foi uma das canções que mais levantou os fãs durante a performance.

No que diz respeito ao show como um todo, é impossível expressar em palavras como é assistir um de seus álbuns favoritos ser tocado na íntegra. O “Ciano” segue tão pesado, sublime e carregado de significado como era lá em 2006. Canções como “Cada Poça Dessa Rua Tem Um Pouco de Minhas Lágrimas” e “Absolutamente Nada” foram os pontos altos da apresentação, que também teve como destaque a participação do ex-baterista Cuper, um dos membros originais da Fresno.

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Avatar de Vicente Pardo
Vicente Pardo: Editor do Nação da Música desde 2012, formou-se em Jornalismo pela Universidade Federal de Pelotas em 2014. A música sempre foi sua paixão e não consegue viver sem ela. É viciado em procurar artistas novos e não consegue se manter ouvindo a mesma coisa por muito tempo. Também é um apaixonado por séries de TV e cultura pop.