Resenha: “If I Should Go Before You” (2015) – City and Colour

Dallas Green, ex-membro do Alexisonfire, lançou o seu primeiro álbum como City and Colour em 2005. Apesar de ter começado seu projeto solo de uma forma mais suave com o folk, em seu quinto álbum, lançado no dia 09 de outubro de 2015, intitulado “If I Should Go Before You”, o artista investiu um pouco mais em suas composições com o lado elétrico dos instrumentos.

“If I Should Go Before You” pode ser considerado um dos mais consistentes discos lançado pelo City and Colour, e podemos começar pelo fato de que diferente dos outros álbuns que contam com vários convidados especiais, aqui, as músicas contam apenas com a banda da turnê. É claro que ao ouvir o álbum, é possível notar uma semelhança com os trabalhos passados.

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O disco é aberto por “Woman” uma faixa de 9 minutos, uma das mais obscuras do disco, mas também, uma das que mais se destacam. Cheia de guitarras, uma bateria mais “cavernosa” e a confirmação do quanto Dallas progrediu no processo de arranjos musicais. “Nothern Blues” vem na sequência com alguns riffs da guitarra, uma aura melancólica, e um ritmo ditado pelo baixo. As letras, que também chamam a atenção, falam sobre a jornada de um homem em busca de clareza. “Mizzy C” traz belos vocais do Dallas, com um lado mais emocional da música acústica, mas seria facilmente esquecida se não fosse pela guitarra e teclado que foram adicionados.

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“If I Should Go” foi a primeira música que escutei do novo trabalho, e continua sendo uma das minhas favoritas. Tem uma pegada de blues, um vocal delicado e uma história sobre a morte e amor, com a promessa de que se ele for embora primeiro, ele deixará o seu fantasma. “Killing Time” segue com uma guitarra e vocais tranquilos, mas parece que falta alguma coisa. “Wasted Love” chega com mais peso, deixando de lado um pouco da melancolia das músicas anteriores. Tem um bom ritmo e uma letra interessante. “Runaway” é aquela música sobre estar livre do passado, mas continuar com a pergunta de “Por quanto tempo mais esse sentimento pode durar?”. Essas confusões sempre estiveram presentes em seus discos, e continuam aparecendo.

Em “Lover Come Back” eu achei que estava ouvindo alguma música do John Mayer, até que Dallas começou a cantar. Com uma variedade de instrumental a música traz uma declaração pedindo para o seu amor voltar. “Map Of The World” tem uma vibe mais country com um ritmo acelerado, um refrão que até chama a atenção, por ser um pouco mais vibrante do que algumas músicas presentes no disco. “Friends” começa com um belo dedilhado e sentimento. Talvez possa ser o acorde menor, mas a faixa se mostrou interessante em seu contexto geral. Para fechar o disco, temos “Blood”, uma faixa bem diferente de todas as outras já apresentadas. O violão, o dedilhado, os vocais calmos, trazem um otimismo e uma bela maneira de encerrar esse ciclo.

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Tracklist:

1. Woman
2. Northern Blues
3. Mizzy C
4. If I Should Go Before You
5. Killing Time
6. Wasted Love
7. Runaway
8. Lover Come Back
9. Map Of The World
10. Friends
11. Blood

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Nota: 8

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Metade campograndense, metade paulistana, jornalista e apaixonada por música. Escreve para o Nação da Música desde 2012, estuda música desde pequena, é obcecada por reality shows musicais, odeia atender telefone, mas não vive sem seu celular. Seriados, livros e comida também não podem faltar em sua vida.