Resenha: “Lust For Life” – Lana Del Rey (2017)

Lana Del Rey

Na última sexta-feira (21), os fãs de Lana Del Rey foram agraciados com 16 novas músicas da cantora no disco “Lust For Life”, após quase 2 anos sem nenhum lançamento. “Honeymoon” (2015) era o álbum mais recente da americana.

Em comparação aos outros trabalhos, nos quais ela falava muito sobre relacionamentos, neste ela demonstra estar mais madura em relação ao assunto. Obviamente ainda é um tema muito presente nas faixas, mas agora a cantora parece estar mais em paz com essas questões do que em seus CDs anteriores, como ela mesma relatou em entrevista concedida à revista Complex. Apesar dela já ter feito colaborações com outros artistas em seus álbuns, este é o primeiro álbum de Del Rey que contém participações especiais.

- ANUNCIE AQUI -

Ao contrário de faixas como “Dark Paradise” e “Summertime Sadness”, presentes em “Born To Die” (2012), onde a artista retratava estar angustiada com a vida, “Lust For Life” é a calmaria depois da tempestade. Não há muitas mudanças melódicas, todas as harmonias têm a assinatura da cantora, podemos reconhecê-la em cada acorde, timbre e ritmo.

“Love”, primeiro single divulgado do álbum, é um hino que ressalta o quanto a vida pode nos enlouquecer, porém consegue encorajar o jovem a se abrir mais e abraçar a vida. Afinal de contas, “o mundo é seu e você não pode recusá-lo”.  “Lust For Life” segue nesse ritmo inspirador quando Lana entoa que “nós somos os mestres do nosso próprio destino, nós somos os capitães das nossas almas”, uma grande referência ao famoso poema de William Ernest Henley, “Invictus”.

- ANUNCIE AQUI -

Inscreva-se no canal da Nação da Música no YouTube, e siga no Instagram e Twitter.

“13 Beaches” é reflexiva. A cantora expressa o fato de que ela ainda está apaixonada e não conseguir esconder, a letra é acompanhada por uma batida melancólica, bastante parecida com as faixas presentes em “Honeymoon”. Em “Cherry”, Lana expressa que o “amor verdadeiro é como não sentir medo”, mas a cantora não consegue deixar de lado o fato de se sentir triste ao estar perto da pessoa amada, apesar do sentimento ser grande. “White Mustang” é transitória, a partir dela o álbum fica mais animado e as batidas mais agitadas.

- ANUNCIE AQUI -

“Summer Bummer” e “Groupie Love”, ambas gravadas com A$AP Rocky – a primeira também teve a participação de Playboi Carti – são as faixas mais diferentes do álbum, pela influência do rap trazida pelas colaborações.

“In My Feelings” decide se abrir para seus sentimentos e expressa o quanto está angustiada por ter se apaixonado por “outro idiota”, mas ainda tenta tomar as rédeas da situação perguntando “quem é mais livre que eu?”.

- PUBLICIDADE -

“Coachella – Woodstock In My Mind” é mais uma faixa na qual Lana reflete sobre a juventude atual, mas não consegue deixar de lado o fato que largaria todas as coisas maravilhosas que ela vê e faz só pra fazer uma pergunta à alguém. Quem? Nunca saberemos.

Inscreva-se no canal da Nação da Música no YouTube, e siga no Instagram e Twitter.

- ANUNCIE AQUI -

“When The World Was At War We Kept Dancing” é a faixa mais política do álbum. Há referências bastante claras ao governo atual americano e a cantora motiva seus ouvintes à terem esperança, pois “quando o mundo estava em guerra antes nós apenas continuamos dançando”.

Em “Beautiful People, Beautiful Problems”, o dueto com Stevie Nicks, há uma menção a faixa que alavancou o sucesso de Del Rey, “Video Games”, quando a cantora canta “nós ficamos tão cansado e reclamamos sobre o quanto é difícil viver, é mais do que apenas videogame”.

- ANUNCIE AQUI -

“Tomorrow Never Came”, gravada em colaboração com Sean Lennon, e “Heroin” são faixas que parecem conversar entre si. Na primeira, a cantora conta que ela está esperando por alguém que nunca aparece e na segunda, ela fala que pensa em ir embora, mas isso é difícil pelo fato de nada ser absolutamente claro.

As últimas faixas do álbum também conversam entre si. “Change” fala sobre “alguma coisa” que está chegando e o quanto “mudanças são coisas poderosas”, para em seguida ouvirmos “Get Free”, onde Lana relata mais uma vez a guerra que existe em sua mente, assim como em “Ride”, lançada em 2012, porém, agora ela diz que quer “se mover para fora da escuridão em direção ao azul”.

- ANUNCIE AQUI -

Tracklist:

01. Love
02. Lust For Life (with The Weeknd)
03. 13 Beaches
04. Cherry
05. White Mustang
06. Summer Bummer (feat. A$AP Rocky & Playboi Carti)
07. Groupie Love (feat A$AP Rocky)
08. In My Feelings
09. Coachella – Woodstock In My Mind
10. God Bless America – And All The Beautiful Women In It
11. When The World Was At War We Kept Dancing
12. Beautiful People, Beautiful Problems (feat. Stevie Nicks)
13. Tomorrow Never Came (feat. Sean Ono Lennon)
14. Heroin
15. Change
16. Get Free

- ANUNCIE AQUI -

Deixe seu comentário no final da página, marque aquele seu amigo que também curte a Lana Del Rey, e acompanhe a Nação da Música nas Redes Sociais: Facebook, Twitter, Spotify e Instagram.


Caso este player não carregue, por favor, tente acessa-lo clicando aqui. Siga a NM no Instagram e Twitter

- ANUNCIE AQUI -
RESUMO DA RESENHA
"Lust For Life" - Lana Del Rey
Jornalista, apaixonada por música, livros e cultura em geral.
resenha-lust-for-life-lana-del-rey-2017Lana Del Rey traz a calma depois da tempestade, com letras otimistas em melodias tranquilas.