Resenha: “Make My Bed” (EP) – King Princess (2018)

King Princess
Foto: CLARE GILLEN

“Make My Bed”, EP lançado no dia 15 de junho de 2018, é uma das melhores coisas que eu ouvi nos últimos tempos. Daqueles que te pega desprevenido e, de repente, é o favorito dos fones de ouvido. Quem dá voz a ele é a jovem de 19 anos, Mikaela Straus, nascida no Brooklyn, em Nova Iorque, e com o nome artístico de King Princess.

O maior problema de “Make My Bed” são os curtos 15 minutos de duração. Na verdade, para a artista isso seja positivo, já que deixa um gostinho de “quero mais” desesperador com apenas 5 músicas.

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O primeiro single lançado por Straus foi “1950”, que está também no EP, e que teve alguns empurrões para estourar. King Princess assinou com a gravadora Zelig Recordings, criada pelo produtor e músico Mark Ronson. A foto dele no Twitter é, inclusive, a capa de “Make My Bed”.

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Outro grande ponto de visibilidade veio pelas mãos de Harry Styles. Em março, o membro do One Direction tuitou “I love it when we play 1950”, também letra do single de estreia de Mikaela. A partir daí, o crescimento da música foi enorme, já que os fãs de Styles se dedicaram a descobrir o que era aquilo e espalhar. Vale lembrar que a gravadora de Harry é a Columbia, que tem ligação direta com a Zelig.

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O EP inicia com a faixa de mesmo nome, “Make My Bed”, que é a mais curta e funciona como um interlude. Com uma construção feita em cima de um piano mais sombrio, a voz da cantora é ecoada em efeitos e as frases são proferidas de forma bem lenta. “Dezoito anos eu gastei, esperando por isso”, canta ela, dando a entender que o mundo finalmente pode ouvir seu trabalho.

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“Talia”, além de ser, na minha opinião, a melhor canção do projeto, explica muitas coisas, inclusive o nome artístico de Mikaela. A artista deixa a entender que essa segunda faixa é sobre outra mulher (pelo próprio título e a parte “eu posso sentir o gosto do seu batom”), inclusive no vídeo, mas não usa pronomes femininos em nenhum momento. Isso entra em algo chamado de “queerness” em inglês, ou seja, pessoas que preferem não viver pregadas a um estereótipo de gênero. Por isso também o nome King Princess (Rei Princesa).

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Como dito anteriormente, a cantora é de NYC, e a próxima música leva o nome de um dos bairros da cidade: “Upper West Side”. Localizado no distrito de Manhattan, ele se situa entre o Central Park e o Rio Hudson e é conhecido como um dos lugares de classe mais alta da cidade (alô, Gossip Girl). A faixa fala sobre estar apaixonada por uma garota de Upper West Side, criticando ela e suas atitudes, mas não conseguindo se afastar. A sonoridade é parecida com a de “Talia” na questão do clima e estilo musical, mas cada uma com sua marca própria, lembrando até mesmo Lana Del Rey em alguns momentos bem pincelados.

“Holy” é mais pop, mas não tem nenhum grande “drop”, a vibe indie ainda governa. É possível comparar o som de King Princess com o de Hayley Kiyoko nesta faixa. As duas têm muito em comum, aliás. Mais uma vez a temática LGBT+ é o destaque, já que a letra de “Holy” deixa claro a temática sexual e as pistas de um amor lésbico – mesmo ainda sem os pronomes.

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“1950”, o single de estreia, fecha o álbum. “É uma canção de amor contada através da lente do ‘queerness’”, explicou King Princess na época do lançamento da música. “O amor queer só foi capaz de existir de forma privada por muito tempo, expresso na sociedade através de formas artísticas codificadas”, afirma.

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“Eu escrevi essa música como uma história de amor não correspondido em minha própria vida, fazendo o meu melhor para reconhecer e homenagear essa parte da história”, admite. A faixa dá a impressão de ser algo já ouvido no mainstream, na voz de Alessia Cara provavelmente.

King Princess é um achado para o pop mais alternativo e também para as meninas da comunidade LGBT+. E que maravilhoso achado. As músicas são ótimas e relevantes, tanto na sonoridade quanto na qualidade das letras. Vale ressaltar ainda que Mikaela Straus tem participação integral em tudo isso, já que é compositora, vocalista, toca violão, baixo, bateria e piano.

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“Make My Bed” é um ótimo trabalho de estreia. É consistente e tem qualidade. Agora é torcer para que Mark Ronson invista suas grandes fichas na cantora, o que já parece estar acontecendo. O gostinho de “quero mais” deixado pelas 5 músicas cria uma expectativa enorme no futuro de King Princess.

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RESUMO DA RESENHA
"Make My Bed" - King Princess
Avatar de Giovana Romania
Música é uma das minhas coisas favoritas do mundo. Formada em Jornalismo, amante da cultura pop e little monster sofrida.
resenha-make-my-bed-king-princessKing Princess é um achado para o pop mais alternativo e também para as meninas da comunidade LGBT+. E que maravilhoso achado. As músicas são ótimas e relevantes, tanto na sonoridade quanto na qualidade das letras. Vale ressaltar ainda que Mikaela Straus tem participação integral em tudo isso, já que é compositora, vocalista, toca violão, baixo, bateria e piano.