Resenha: “Pior Cenário Possível” (2015) – Matanza

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Lançado no dia 14 de Abril, o sétimo álbum da carreira do Matanza traz mais uma vez a produção de Rafael Ramos e duas novidades. Maurício Nogueira, que já tocava ao vivo com a banda desde 2008, passou a integrar também no estúdio como segundo guitarrista ao lado de Donida. Já o baixista China deixou a banda e Don Escobar foi recrutado para seu posto.

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O disco tem apenas 35 minutos e 38 segundos de duração e 10 faixas, mas mostra que em pouco tempo é possível tocar o terror e caprichar mais no rock. “A Sua Assinatura” inicia os trabalhos, sugerindo um pacto com o “coisa ruim” e a visão dele sobre um homem fraco e cheio de erros do passado. Mesmo com a temática sombria, a faixa possui uma tendência de se tornar uma das mais pedidas em shows. “O Que Está Feito, Está Feito” traz a visão sobre um homem que se enfurece facilmente e já cometeu um assassinato, mesmo não tendo feito da melhor maneira possível. Além de ter uma letra com um relato sincero e imperfeito sobre os problemas com a lei, a faixa tem uma melodia que propõe uma roda punk e traz um flerte com o country.

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Matadouro 18” e “A Casa em Frente ao Cemitério” trazem o elemento terror para o álbum, um dos elementos que não podem faltar no bom e velho rock. Uma vítima do azar conta sua história em “Sob a Mira”, que tem sua força intensificada pelo peso de duas guitarras. Aliás, a banda faz muito bom uso desse novo elemento durante o álbum e demonstra boa evolução em suas letras, que misturam elementos muitas vezes esquecidos no rock nacional.

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Um cenário pós-apocalíptico se forma na faixa-título e causa uma agonia. “O Pessimista” e “Chance Pro Azar” já dizem um pouco a que vêm através de seus títulos, além de fazerem bom uso da ironia peculiar das letras da banda. A segunda é um hardcore com grande potencial de fazer bonito durante os shows.

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Mais uma vez comento sobre as letras do álbum. As duas ultimas faixas, “Orgulho e Cinismo” e “Conversa de Assassino Serial”, mostram o talento de Donida, que progride contando suas histórias e fazendo imaginar a realidade através das palavras declamadas por Jimmy London. A penúltima expressa a forte tendência do futuro da raça humana de uma forma muito crua e cruel, mas bem possível. A ultima é quase um roteiro de filme ou série policial, com uma narrativa próxima de muitos casos reais.

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Indiscutivelmente, o Matanza continua em sua evolução, se distanciando do country rock (mas não o esquecendo) e adotando temáticas mais amplas. A produção de Rafael Ramos, tendo em sua vasta experiência os recentes “SETEVIDAS” de Pitty e “Nu” do Forfun, mais uma vez cai bem para um trabalho da banda, além do poder de duas guitarras e da chegada de Don Escobar. E assim, o Matanza segue suprindo muitas necessidades do rock nacional, trazendo peso, ironia, terror e muita imaginação.

Tracklist:

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“A Sua Assinatura”
“O Que Está Feito, Está Feito”
“Matadouro 18”
“A Casa Em Frente Ao Cemitério”
“Sob a Mira”
“Pior Cenário Possível”
“O Pessimista”
“Chance Pro Azar”
“Orgulho e Cinismo”
“Conversa de Assassino Serial”

Nota: 9

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Avatar de Nelson Laboissiere
Carioca, turismólogo, louco por música, tecnologia, viagens e metido a jornalista aqui na Nação da Música. Também um tanto maníaco por shows e festivais.