Resenha: “Simulation Theory” – Muse (2018)

Muse
Foto: Patrick McPheron

O Muse lançou seu oitavo álbum de estúdio “Simulation Theory” na última sexta-feira (9) junto com diversos clipes e lyric videos como você pode ver aqui.

Este trabalho traz um novo tom aos ingleses e é uma ótima mudança realizada aqui. Eles conseguiram mesclar bem diferentes ritmos e manter um nível de qualidade alto entre as faixas. No “Super Deluxe” disponibilizado nas plataformas de streaming ainda há versões diferentes para as canções e, em alguns casos, elas são ainda melhores.

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O disco começa com “Algorithm” que tem quase dois minutos de puro instrumental no início, misturando teclado, sintetizadores e instrumentos de corda. A partir daí o vocal entra lentamente e mantendo este ritmo ao fundo. Com o passar do tempo, a voz fica mais forte, explorando bem os agudos e deixando a música mais intensa. E como a letra fala de guerra, faz sentido que caminhe por este lado.

The Dark Side” já é mais agitada do que a anterior e ainda possui um refrão mais forte e que se repete mais vezes durante a faixa. Com dois minutos e meio, aproximadamente, há uma parte instrumental muito boa e que dá uma bela mudada na música.

Na sequência vem “Pressure” que surpreende bastante. Ela começa de um jeito um pouco estranho com a batida dando pausas e o vocal acompanhando o ritmo. No entanto, passando o tempo, ela acelera e fica mais próxima do rock com uma grande presença da bateria e da guitarra.

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Propaganda” muda o estilo e traz um vocal mais fraco quase que como se estivesse sussurrando durante toda a faixa. Sua batida ao fundo praticamente não muda, com exceção dos segundos iniciais e finais, quando há uma força grande diferenciando bem do restante da música.

Break it to Me” tem um início bom com um ritmo interessante e o vocal bem rápido, dando pausas em determinados momentos. Passando um minuto mais ou menos, ele fica um pouco arrastado e repete desta maneira mais algumas vezes. Já para o seu final há uma mistura de efeitos com a batida que chega a ser algo excêntrico.

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Logo depois aparece “Something Human” que se difere de tudo que foi apresentado até o momento. Ela não possui grande presença de sintetizadores, é uma faixa bem leve se comparada com as restantes. A melodia é tranquila para se ouvir, o vocal chega a ficar mais potente no decorrer dela, mas nada muito agressivo. É uma ótima faixa, principalmente por esse contraste dentro do disco.

Thought Contagion” retorna ao estilo predominante no novo álbum e tem um instrumental bem forte e a voz já é mais gritada do que a anterior. Além disso, eles incluem pequenos coros ao nos refrãos, que são cantados de maneira bem aguda, e isso deixa a faixa mais cativante também.

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Uma das melhores deste trabalho, a “Get Up and Fight” já começa bem agitada com uma batida ao mesmo tempo leve e bem ritmada. O vocal é sutil e durante o verso, em determinados momentos, ele estica bem para o agudo. O refrão é a melhor parte, aumentando bem a intensidade da música e toda sua parte instrumental.

Continuando no mesmo nível de qualidade, “Blockades” tem um uso de efeitos mais fortes no seu início. A voz chega a pontos mais potentes em seu verso e abaixa o ritmo para vir com toda força no refrão. Ela é muito boa, bem energética.

Dig Down” já apresenta seu um volume mais baixo, tanto do vocal, que é mais grave do que as anteriores, quanto da batida.  Ela não é uma música tão forte, seu refrão mesmo é feito de maneira bem leve. E isso combina com a letra que fala de achar um caminho quando tudo parecer perdido e achar a fé mesmo se estiver no abismo.

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Na sequência vem “The Void”, que é uma faixa meio obscura com tons mais graves e voz bem lenta. Para o final, ela aumenta essa ideia com um piano fazendo a principal parte ao fundo e levando para um fim melancólico.

Com essa faixa, encerra a parte do álbum “básico”. Depois disso, entram diferentes versões das mesmas músicas que compõe o “Super Deluxe” lançado pelo Muse.

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Já dá para notar a diferença da versão de realidade alternativa de “Algorithm” em seu tempo, essa possui quase trinta segundos a menos do que a original. O vocal não demora tanto para aparecer e ela tem um início mais lento também. No entanto, no final há um bom uso de efeitos, deixando ela mais potente.

A de “The Dark Side” parece outra música completamente diferente. Nessa versão, há um início mais grave com um belo toque de piano ao fundo, que deixa mais densa do que a original. Foi uma mudança positiva e que é ótimo ver que disponibilizaram nesta edição.

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Com a participação de UCLA Bruin Marching Band, “Pressure” manteve o seu estilo original, mas, com a presença da banda destacam-se, mais os instrumentos de sopro.

Propaganda” ganhou uma versão acústica, mas sem alterar a estrutura da principal. Como a batida fica mais leve, o vocal ganha força e é interessante ver como exploram bem os agudos nesta faixa.

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Outra que mudou bem a cara foi “Break it to Me” com o remix de Sam de Jong. Todo o ritmo bem instrumentado que tem na primeira é deixado de lado no início, mas apresentado alguns efeitos do meio para a frente.

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Something Human” também ganhou uma versão acústica e conseguiu ficar ainda melhor. A música já era bem leve como mostrado antes, agora fica ainda mais tranquila e o backing vocal dá um bom suporte e deixa ela ainda mais interessante.

Já a “Thought Contagion” tem nesta edição uma versão ao vivo e a escolha foi ótima. Quando se ouve a faixa original, já conseguimos imaginar como seria ao vivo pela quantidade de instrumentos. E, para melhorar, o coro que existe nela é feito pela plateia, o que é bem mais emocionante.

Dig Down” recebeu uma versão gospel acústica ficou ainda mais bonita. A letra já contribui bastante, falando de fé e esperança como já foi dito. Com a harmonia feita e um coral ao fundo, ela ficou realmente comovente.

A acústica de “The Void” dá continuidade ao tom melancólico que a principal tinha, mas com um destaque maior ao piano. Num todo, a estrutura da faixa se mantém. Para o final, o vocal ganha muita força e mostra toda a sua qualidade, alternando graves e agudos.

E, para encerrar o álbum de vez, há uma versão toda instrumental de “The Dark Side”, que ficou interessante também. Ela é feita com base na versão de realidade alternativa, então se difere da faixa original.

O “Simulation Theory” é um ótimo álbum. Ele conseguiu misturar bem toques de pop, eletrônico e uma excelente presença de rock com grande intensidade nos instrumentos. Ele é um dos grandes lançamentos de 2018 e muda bem para os últimos trabalhos do Muse.

E se você gostou do álbum e é fã da banda, poderá vê-los de perto no ano que vem. Junto com Imagine Dragons, Nickelback e Paralamas do Sucesso, eles estarão no line-up do Rock in Rio 2019.

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Com 11 faixas no "Simulation Theory" básico e 21 na versão "super deluxe", o Muse conseguiu reunir faixas leves e pesadas numa boa mistura de rock e eletrônico com toques de eletrônico.Resenha: "Simulation Theory" - Muse (2018)