Resenha: “Uptown Especial” de Mark Ronson (2014)

Sim, a gente já sabe que você  A-D-O-R-A ouvir “Uptown Funk!”, do Mark Ronson com o Bruno Mars, e já até cansou de escutar a faixa em todas as playlists e rádios brasileiras por aí. O incrível é que essa música faz parte do disco “Uptown Special” do Mark Ronson, lançado em 2014 pela gravadora Columbia, e é recheado de participações especiais (além, é claro, do Mars). Por esses motivos, hoje o álbum ganha resenha aqui na Nação da Música.

Vamos lá.

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Mark Ronson é um produtor de peso e isso é inegável. Além de seu último hit de sucesso, Ronson coleciona trabalhos com artistas renomados, e mesmo que você não saiba, provavelmente já ouviu algum dos projetos do artista (vide “Back to Black”, de Amy Winehouse).

“Uptown Special”, quarto disco do cantor (fora, é claro, as mais de 40 produções que o artista participou) tem uma pegada toda setentista, começando com a faixa “Uptown’s First Finale”, em parceria com ninguém menos que Steve Wonder e Andrew Wyatt. É uma melodia, e dá uma introdução bem calma – mas muito bem feita – ao disco de Ronson.

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Seguindo temos “Summer Breaking”, que conta com a participação de Steve Parker (do Tame Impala), e a música já dá o contexto do disco: fortíssimas influências da década de 70 misturadas ao soul e R&B da época. É uma música suave, mas gostosa de ouvir. Em terceiro temos “Feel Right”, feita com o Mystikal , faixa mais agressiva (e cheia de palavrões), mas com um ritmo que remete aos passinhos usados nos anos 70.

Em quarta posição temos a “Uptown Funk!”, em parceria com Mars. A música tem  um refrão chiclete impossível de não decorar e um ritmo funk bem setentista que dá um toque antigo, mas gostoso. Foi um dos “hits do ano” de 2014 e você provavelmente já ouviu, dançou ou cantarolou a faixa.

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Seguindo o ritmo dançante do disco, temos “I Can’t Lose”, que também não ficaria deslocada nas discotecas antigas. A música tem a participação de Keyonne Star, e traz uma mistura  de instrumentos e sintetizadores.  Depois temos “Daffodils”, feita mais uma vez em parceria e Kevin Parker, e embora a música seja mais leve que sua antecessora, ela também se encaixaria numa playlist do filme “Nos Embalos de Sábado à Noite”, bem dançante e com muito soul, quase psicodélica. Dá até para imaginar John Travolta dançando ela no filme.

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“Crack In The Pearl”, feita com Andrew Wyatt, ocupa o espaço das músicas lentas do disco, uma balada com mix de vozes que dá uma quebrada em todo aquele ritmo alucinante que o disco estava alcançando, mesmo usando bastante os sintetizadores.

Seguindo temos “In Case of Fire”, que retoma o ritmo dançante do disco, mesmo que mais calmo. A faixa abusa dos vocais de Jeff Bhasker numa mistura de sintetizadores, vocais e riffs de guitarra que dão uma sensação gostosa. É uma boa música para ouvir na volta do trabalho, por exemplo. Ela relaxa, mas não entedia. “Leaving Los Feliz” traz a calmaria do disco, outra vez com Parker, que abusa dos sintetizadores com a sua voz.

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“Heavy and Rolling” tem um fundinho de teclado no final, e também é mais calma, embora dê para dançar, igual o resto do disco. A guitarra também aparece na faixa, mas de forma tímida; ela dá ritmo para a música, mas não toma conta dela.

Para finalizar, temos “Crack in the pearl, Pt. II”, em que Steve Wonder volta com sua gaita mostrando o talento e o soul do disco. A música finaliza deixando o gostinho de que não só é possível reviver os ritmos dos anos 70, mas de forma atual e muito bem produzida.

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Tracklist:

  1. Uptown’s First Finale
  2. Summer Breaking
  3. Feel Right
  4. Uptown Funk!
  5. I Can’t Lose
  6. Daffodils
  7. Crack in the Pearl
  8. In Case of Fire
  9. Leaving Los Feliz
  10. Heavy And Rolling
  11. Crack in the Pearl pt II
Nota: 8,5
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Avatar de Lígia Berto
Lígia Berto: Aspirante a jornalista que dormiu demais e perdeu a hora para nascer durante a Geração Beat. Desde que entrou na faculdade, não sabe para qual lado atira: literatura, política ou cultura. São 19 anos de indecisão. Para tentar descobrir, escreve sobre os três assuntos em diferentes veículos, entre eles o Nação da Música. Irritantemente obsessiva por sagas literárias e constantemente envolvida por alguma banda britânica.