Resenha: “V (Five)” do Maroon 5 (2014)

Maroon5

Você provavelmente já ouviu alguma (ou algumas) músicas do último trabalho do Maroon 5, o “V (Five)”, mas o disco gerou tanta controvérsia quando foi lançado em 2014 que hoje ele ganha uma resenha na NM. Sim, de todos os quatro álbuns do Maroon 5, sem dúvidas o “V” é o mais pop de todos. Houveram, é claro, críticas sobre a sonoridade do álbum em seu lançamento, já que as comparações com a primeiro disco da banda, “Songs About Jane” (2002) mostraram que o grupo passou por uma mudança desde o início da carreira, deixando o pop rock que o fãs estavam acostumados de lado e seguindo uma sonoridade mais genérica, mas não menos cativante.

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Vamos lá.

O disco começa com a contagiante “Maps”, faixa que já dá o gostinho que o CD todo terá: muito pop, um pouco de eletrônica e cheia dos famosos falsetes de Adam Levine. O ritmo da música, com o som da guitarra crescente, é gostoso e não ficaria deslocado numa balada nem como música de fundo. A letra, para variar nas músicas do Maroon 5, fala de um amor difícil, impossível de ser esquecido. O refrão é fácil de ser lembrado e a música é umas das melhores de todo o disco (olha o spoiler!), assim como o clipe, que você confere abaixo.

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Seguindo temos “Animals”, composição de ninguém menos do que Sia. É verdade que nessa faixa, o vocal de Levine está um pouco mais fino do que estamos acostumados, mas a música ( e o clipe) é bem sedutora, e faz várias alusões ao sexo. Quanto ao ritmo, é bem pop, mas de uma maneira um pouco mais pesada. É ouvir para entender:

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A terceira faixa do álbum é “It Was Always You”, e talvez seja uma das músicas que mais lembra o Marron 5 de antigamente, já que a faixa é mais pesada, mais pop rock. Depois temos “Unkiss Me”, música mais calma do que as suas anteriores, e a que mais difere até o momento. Embora tenha o eletrônico já habitual do disco, a música é quase uma balada e é a que menos impressiona, a mais “simples”.

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“Sugar” ficou famosa por seu clipe, em que a banda aparece tocando em casamentos, e a faixa combina com esse tema. Ela tem uma pegada meio anos 80, com batidas mais leves e animadas, e o mais importante dela é o vocal de Levine, que está impecável (mesmo que meio fino em algumas partes).

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Se em “Unkiss Me” nós tínhamos quase uma balada, em “Leaving California” temos uma balada completa. A faixa completa o espaço que todo disco tem para músicas mais calmas. É boa de se ouvir, mas pode enjoar alguns ouvidos.

Depois temos “In Your Pocket”, que levanta um pouco o ritmo, com batidas fortes e a eletrônica recuperando o seu espaço perdido nas últimas canções. A letra, no entanto, talvez decepcione, já que trata da neura dos casais com os celulares dos parceiros. Em termos líricos, a música fica perdida com o resto do álbum, que trata o amor de forma mais profunda.”New Love” continua com o ritmo mais calmo estabelecido pela sua antecessora, com as batidas eletrônicas aumentando, mas não surpreende quando comparada com as outras músicas do disco.

“Coming Back For You” traz de volta as novidades do álbum, e lembra de leve algumas músicas antigas, com uma pegada oitentista. A música é um das potenciais do disco, animada e dançante. “Feelings” é mais animada ainda, muito pop e com muita cara de discoteca, com a voz de Levine mudando a cada segundo. Ela é dançante e provavelmente é uma das preferidas de todo o disco.

Para finalizar temos “My Heart is Open”, feita em parceria com Gwen Stefani. É a música que mais destoa de todo o álbum, uma balada acompanhada principalmente de piano e do dueto de Levine e Stefani. O álbum, que apresentou em todas as faixas batidas eletrônicas e a exploração da voz de Levine ao máximo, finaliza sem os seus dois principais componentes, o que de certa forma dá um alívio, mas também deixa em dúvida se o desfecho foi apropriado para um disco que apresentou tantos elementos em 10 músicas e deixou a faixa final apenas com dois.

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Tracklist:

  1. Maps
  2. Animals
  3. It Was Always You
  4. Unkiss Me
  5. Sugar
  6. Leaving California
  7. In Your Pocket
  8. New Love
  9. Coming Back for You
  10. Feelings
  11. My Heart Is Open (Feat. Gwen Stefani)

NOTA: 7,5

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Lígia Berto
Lígia Berto
Lígia Berto: Aspirante a jornalista que dormiu demais e perdeu a hora para nascer durante a Geração Beat. Desde que entrou na faculdade, não sabe para qual lado atira: literatura, política ou cultura. São 19 anos de indecisão. Para tentar descobrir, escreve sobre os três assuntos em diferentes veículos, entre eles o Nação da Música. Irritantemente obsessiva por sagas literárias e constantemente envolvida por alguma banda britânica.