Resenha: “Kamikaze” – Eminem (2018)

Eminem

No final de agosto, Eminem lançou, de surpresa, seu décimo álbum de estúdio chamado “Kamikaze”.

Menos de um ano depois do disco “Revival” vir a público, o rapper divulgou seu novo trabalho justamente para se defender das críticas e atacar nomes que estão em alta hoje em dia. E se um dos pontos negativos do último foi a falta de agressividade, neste não há esse problema.

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“The Ringer” inicia com o som de uma batida e a fala do rapper com uma batida bem devagar Seus primeiros versos já deixam claro o tom que segue o novo trabalho “Só vou escrever meus primeiros pensamentos, ver até onde me levam, porque sinto que quero socar o mundo todo no meio da cara, agora”. A partir dos 3 minutos, podemos ouvir bem uma das principais características do artista: a sua alta velocidade para cantar

Em “Greatest” aparece um refrão mais forte e impactante, além de ter uma batida um pouco mais aguda do que a anterior. Ela também se diferencia por ter duas pausas grandes como se a música tivesse parado, separando os blocos de versos. Nela, ele se declara como o “melhor do mundo” e ainda satiriza que disse que o “Revival” não viralizou.

E se o tom agressivo já estava forte, em “Lucky You” aumenta um pouco com a parceria de Joyner Lucas. Os dois combinam bem o vocal, cantando forte e variando um pouco a velocidade. Aqui ele fala que apesar de ter ganhado Grammy’s precisou vender a alma para isso e volta a questionar explicitamente as críticas que sofreu com seu último álbum.

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Na sequência, há “Paul – Skit”, um pequeno recado para o rapper e uma boa sacada que tiveram. Paul Rosenberg fez a mesma colaboração no “The Eminem Show”, de 2002, e repete o formato agora. Na ligação, ele questiona se ele realmente acha que é uma boa ideia fazer um disco inteiro respondendo todo mundo que falou mal dele.

Em “Normal”, a batida e o vocal diminuem um pouco o ritmo. Ele também muda o tema aborda relacionamentos, reclamando de mulheres, falando de ex e chega até a falar de agressão doméstica.

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“Em Calls Paul – Skit” é o retorno do rapper à primeira ligação. Ele diz que não vai responder a todas as pessoas, mas que andou lendo algumas críticas negativas. Enquanto isso o GPS do carro vai dizendo o caminho que ele tem que ir e, então , o rapper diz que acha que encontrou uma das pessoas que falou mal dele em um site.

“Stepping Stone” começa como uma mudança nas estações de rádio, é uma das melhores do disco pela sua batida e relembra bem o estilo do Eminem de antigamente. O refrão é cantado com vocal feminino e é mais puxado para o pop, o que sempre encaixa bem com o rapper.

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Com Royce Da 5’9, ”Not Alike” já volta com a raiva maior que o artista vinha apresentando nas outras faixas. Para o final da canção, ele, mais uma vez, dá uma amostra de seu poder de cantar numa velocidade atingida por poucos e que sempre impressiona.

“Kamikaze” traz uma batida mais forte do que as anteriores e um refrão bem repetitivo. Aqui ele enfatiza tudo que conquistou durante seus anos na música e menospreza outros rappers com diversas indiretas durante a canção.

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Talvez uma das mais polêmicas do disco, “Fall” inclui uma grande resposta às críticas e também falas que não foram bem aceitas. Apesar de ter deixado de lado alguns termos machistas de antigamente, o rapper parece insistir em xingamentos homofóbicos e isso virou alvo de ataques, inclusive de famosos.

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Na sequência, há duas faixas em parceria com Jessie Reyes que se complementam. “Nice Guy” tem uma batida extremamente lenta e, com exceção, do refrão o vocal segue o mesmo padrão. Já “Good Guy” acelera um pouco esse ritmo e mantém a história contada na letra, falando sobre um conturbado relacionamento.

“Venom” é uma música feita para o filme de mesmo nome, então já apresenta uma diferença para o restante. Ela é bem enérgica, tem um refrão muito bem trabalhado e versos rápidos.

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Sem dúvidas, “Kamikaze” é um dos melhores trabalhos do Eminem. Feito como resposta a críticas, ele vai justamente onde é bom, que é essa agressividade na letra. Seu estilo neste disco é bem próximo do que ele fazia mais antigamente quando seu sucesso aumentou. A ideia de rebater e dar nomes a todos os rappers que o criticaram foi ótima para deixar as músicas mais interessantes e até criar uma curiosidade maior. E não que “Revival” tenha sido, de fato, ruim, mas esta reação trouxe de volta toda a atitude que consagrou o rapper. Veja também a resenha do último álbum feita pela Nação da Música aqui.

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Com a ideia de rebater críticas, Eminem faz de "Kamikaze" um de seus grandes trabalhos. Com um tom agressivo e forte batida, o álbum traz 13 faixas cheias de referências no melhor estilo do rapper.Resenha: "Kamikaze" - Eminem (2018)